terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

TU ÉS PEDRO

Está em Mateus 16, 15 Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que eu sou? 16 Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! 17 Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus. 18 E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19 Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

Hoje a Igreja comemora a festa da “Cátedra de Pedro”. Cátedra significa cadeira, e tem o mesmo sentido de trono – dos antigos reis – e simboliza não somente o poder e o direito de comandar a Igreja, como acima da tudo a UNIDADE. De fato, esta ordem de Jesus e este mandato expresso tão claramente nas palavras Dele em Mateus, não pode ser negada por quem quer que seja e mesmo que tentem os protestantes jamais serão capazes de explicá-las com outro sentido: Há UMA SÓ IGREJA, e um só pastor!

Desde criança, na minha catequese dada pelo saudoso Padre Otto e minha mãe e tias, eu sempre aprendi a ter um profundo respeito pela figura do Papa. Ainda criança de apenas seis para sete anos, eu já tinha este sentimento arraigado da importância da figura de Pedro, e via no então Papa Pio XII um símbolo da pujança e da unidade da nossa amada Igreja Católica. De fato, sem querer me engrandecer – porque isso não veio de mim mesmo, mas daqueles que me ensinaram – se eu pudesse voltar atrás no tempo, e se fosse possível colocar de frente aquela criança de sete anos que fazia a 1ª Comunhão, com muitas das autoridades da Igreja de hoje, não tenho dúvidas em afirmar que eu já entendia mais da importância de Pedro, do que a maioria absolutas dos bispos e padres de hoje.

Choca isso? Parece um louvor pessoal? Não temo em afirmar isso, porque qualquer criança que for educada com base na verdadeira Igreja – aquela que Jesus criou – com toda certeza haverá de amar a Sua Santidade o Papa, como uma figura imprescindível para a manutenção da Unidade. De fato, dizemos que nossa Igreja é Una, Santa, Católica, Apostólica e Romana. Una porque se centraliza na figura de Pedro; Santa porque é santo o Deus que a fundou; Católica porque é a única Igreja realmente universal; Apostólica porque a partir de Pedro temos os papas como os seus sucessores, e Romana porque tem sua sede em Roma, mais precisamente no Vaticano. E só existe unidade na obediência!

Entretanto, embora sabedores de tudo isso, e mais sabedores do que qualquer leigo ignaro como nós meros mortais, a imensa maioria dos bispos do mundo, literalmente perdeu a noção da unidade, e mais que isso, não se dá conta do risco em que está pondo a Igreja, de esfacelar-se em mil cetros. Basta que eles observem a fragmentação das seitas protestantes, que se dividem como as células de um câncer, aprofundando sempre mais e mais as chagas do Corpo de Cristo. Ele que disse: “sejam um só, como o Pai e Eu somos um só”, vê agora não somente os diferentes ramos se separarem da unidade, como bem pior, vê mil e um de seus padres e bispos, a caminhar para longe de Pedro.

Qualquer católico que viva numa Paróquia “normal”, que tenha um padre “bom” e não sinta grande rebeldia em relação à verdade, achará que sou maluco em afirmar tais coisas; entretanto a coisa vai muito além do que se pensa, e começa antes mesmo do que se possa imaginar. Ele fala bonito, faz tudo aquilo que o Bispo manda, segue com firmeza as diretrizes pastorais de sua Diocese, e então se pode achar: está aí alguém que caminha firme na unidade sob Pedro, e que é sinônimo de uma Igreja indestrutível: “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Será mesmo?

Vejam: a unidade da Igreja, deve se firmar sobre Pedro! Ele é a fonte única, de onde emana toda a Sã Doutrina da Igreja Católica, e obedientes a esta doutrina devem estar TODOS os bispos e sacerdotes do mundo inteiro. Esta obediência não deve se prender apenas ao Catecismo da Igreja, aos Dogmas e às decisões dos Concílios Dogmáticos, mas também aos documentos recentes, pois a Igreja caminha com o povo, e seu rumo é o Céu. Ou seja: Bispos e padres devem estar atentos aos documentos da Igreja, às disposições do Santo Padre, para implementar imediatamente tudo certinho, em fidelidade a amor.

Eu disse: imediatamente, corretamente, humilde e amorosamente. Se nosso Pedro é verdadeiro – e Bento XVI o é – se a Doutrina dele se mantém em fidelidade, se não trás nenhum ensinamento divergente, a obediência manda que se cumpra, sem contestação. É isso que faz manter a Igreja Católica como UMA só Igreja, que maravilhosamente tem caminhado durante quase dois milênios sempre na verdade. Jamais um papa, fosse ele quem fosse, emitiu um só documento oficial contra a fé, embora tentativas tivessem havido e não poucas vezes, porque já tivemos até hoje 32 antipapas. Mas a Igreja, com seus Concílios, sempre soube afinar o tom e seguir na mesma direção única. E una!

Que acontece então? Vamos a um exemplo: O Santo Padre, o Papa João Paulo II, em 02/05/2002 emitiu a “Carta Misericórdia Dei”, sobre o Sacramento da Confissão. Fazem então quase sete anos destas santas disposições, onde o Papa pede entre outras coisas: 1 – Que seja incentivada a confissão individual e sacramental; 2 – Que se tenha um local especial, com grades separatórias, para atender aos penitentes; 3 – Que se acabem com as confissões coletivas; 4 – Que se volte a exigir a confissão pela Páscoa, como mandamento da Igreja. Em síntese, os padres devem incentivar este Sacramento como essencial para a santidade de vida da comunidade. Ele é a base dos outros!

E termina dizendo o Santo Padre: “Tudo o que estabeleci, com a presente Carta apostólica em forma de Motu proprio, ORDENO que tenha valor pleno e estável e seja observado a partir deste dia, não obstante qualquer outra disposição em contrário”. Então quer dizer que, ninguém, nenhum bispo, padre ou leigo, em todo o planeta, pode ter a ousadia de desobedecer a estas preciosas disposições, sob pena de rebeldia e com graves riscos da própria alma.

Ora, são passados quase sete anos desta Carta, e o que encontramos? Praticamente nenhuma diocese deste país cumpriu aquilo que o Santo Padre determinou. A confissão pode até ser lembrada, mas não é explicada e menos ainda incentivada porque representa um esforço muito grande para os cômodos sacerdotes – salvo honrosas exceções. Também não foram dispostos os confessionários com grades separadoras como a Carta exige, antes ainda agora colocam fora os antigos confessionários, como obsoletos. Isso quando o contato físico, próximo entre o penitente e o padre tem sido a causa de queda da maioria dos padres que afundou no abismo.

Veja: sentado lado a lado, num local sem expectadores, ante uma mocinha bem cheirosa, com as pernas de fora, os seios arfantes e quase a mostra, isso se constitui em um tremendo ardil para os padres celibatários. Já se os confessionários tivessem as grades separadoras que a Carta EXIGE, isso ficaria muito diluído, não haveria o contato direto, e milhares de situações de queda seriam evitadas. A mesma coisa se dá com as mulheres casadas, quando ao invés de confessar seus pecados vão lá revelar as suas intimidades conjugais e seus dramas chorosos, como se dá com os meninos que depois vão alimentar tantos escândalos de pedofilia. O Papa sabia disso, percebeu isso, e sabiamente dispôs esta correção. Mas quantos a cumprem com fidelidade? Alguém pode sinceramente me mostrar onde fica esta Santa Paróquia, ou Santa Diocese? Infelizmente muitos padres desejam que tudo continue assim, afundando-se sempre mais no pecado.

Voltando ao fulcro central do tema – Pedro – o que eu quero explicar aqui é que, em todos os lugares onde não se cumpre com fidelidade esta Carta da Confissão, nós não mais podemos falar em unidade da Igreja, porque já é uma igreja separada e diferente. E não imaginem que é preciso muitos gestos de rebeldia iguais, porque basta uma semente de joio para imediatamente desencadear o passo de rebeldia seguinte. Isso leva a que os bispos e padres, devagar, mas decididamente, têm caminhado para um crescente número de desobediências, que se forem somadas, uma a uma dão já a certeza do caos.

Dou outro exemplo da disposição do Papa Bento XVI, de mudar a formula da consagração para a verdadeira, que nunca deveria ter sido abandonada: falo na Palavra “Por Muitos”, que deve substituir a forma errada “por todos”. Ora, o Santo Padre deu dois anos para que isso fosse corrigido, entretanto já se passou quase um, e ainda 99% dos padres desobedecem acintosamente a esta ordem. Vejam: Não é pedido ou mera sugestão e sim um ORDEM do Santo Padre, é uma ORDEM de Pedro, algo que foi ligada na terra, e está, portanto, também ligado no Céu. Ou seja: quem desobedece a Pedro, desobedece também a Jesus Cristo, se faz um rebelde, e está contribuindo para destruir a Igreja, pela quebra da unidade.

Ora, um padre ou bispo obediente, se de fato estiver afinado com o Papa, se for uma pessoa humilde e ciosa de seu ministério e de sua responsabilidade, de seu juramento, imediatamente, no mesmo dia, na mesma hora em que souber, mudará a palavra solicitada, e isso sem ter que esperar pelos outros, ou por ordem da Conferência Episcopal. Estes descasos, este desleixo, este verdadeiro abuso que está cometendo a maioria de nossos padres, não resta a menor dúvida de que está conduzindo a Igreja para um brutal cisma. A divisão dentro dela já é flagrante, visível e se torna já uma fratura exposta.

O fato é que, aos poucos, TODOS os documentos do Papa têm sido ignorados pela imensa maioria dos bispos e padres. Aqui em nossa América Latina, e em nosso país, onde se concentra a grande massa do povo católico da terra, temos visto que loucamente os padres parecem caminhar para uma separação de Roma, alegando que “este Papa já não está nem mais com 10% dos católicos”, porque é ultrapassado e não sabe governar uma igreja moderna. Sim, porque a Igreja dele não se moderniza, exatamente para que se eternize. O deus moderno e libertador já morreu antes de ter nascido!

Com certeza absoluta, posso lhes dizer, eles cometem a maior loucura em separar-se de Pedro, porque a ordem de Jesus é bem clara: “Tu és Pedro e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja”... “Tudo o que tu ligares na terra, eu ligarei no Céu”... Tudo o que tu desligares na terra Eu desligarei no Céu”... Ou seja: não existem duas pessoas na terra a quem foi dado dirigir a Igreja de Jesus, aquela única que restará no fim dos tempos, nem existem dois caminhos a seguir. Mesmo que ao final estejam sob a ordens e a obediência de Pedro, até menos de 10% dos católicos, ainda assim, restará quem estiver fiel a ele até o fim. Porque todos os outros serão esfacelados, mesmo que sejam 90% dos católicos no lado da igreja desobediente e rebelde.

Sim, Deus não se deixa levar pela maioria como pensam alguns loucos padres e bispos: Ele quer a unidade sob o Seu Pedro. O fato é que hoje não são apenas um ou dois itens de rebeldia que separam a igreja latina de Pedro, mas centenas deles. Noutro dia eu tirei alguns minutos e comecei a anotar, uma a uma, as desobediências e divergências de nossos padres e bispos em relação ao Papa, e quando se esgotou meu cabedal, havia mais de 100 itens acumulados. Quero dizer, trata-se já de mais de 100 pequenos ou grandes desvios doutrinários, que já separam a igreja que a maioria do nosso povo vive, daquela verdadeira e de Pedro, à qual deveríamos todos seguir e viver em unidade perfeita.

Ora, 100 itens de erro e divergência, já não é pouca coisa, pois já cria um abismo. O que me espanta é este ufano e arrogante menosprezo de nossas autoridades eclesiásticas por tudo aquilo que vem de Pedro. De fato, se eles tivessem amor e respeito por ele, no mesmo instante em que tomassem conhecimento de uma ordem do Papa, de imediato tratariam de implementar em suas dioceses e paróquias, para que se mantivesse este elo inquebrantável de união. Pois foi este o fator que permitiu a Igreja varar os milênios sempre uma só, com toda esta riqueza litúrgica e doutrinária imensa e tão perfeita. E em prova contrária, é pela falta de um referencial como Pedro que as seitas explodem!

Que ninguém pense, então, nem sequer ouse imaginar, que subsistirá fora de Pedro. Toda e qualquer rebeldia do clero contra Roma, que desviar o rebanho em busca de outros redis, será punida com o maior rigor pelo Juiz que chega em breve. Porque, na realidade, já se pode dizer que nem mais temos uma igreja do Brasil, mas uma falsa igreja em cada diocese desobediente. Temos uma falsa igreja latina, já separada de Roma, até porque cada diocese trata de ter o seu catecismo, e sua doutrina particular, na maioria delas doutrina adulterada pela perversa teologia da libertação. Esta teologia já foi de há muito condenada pelo Papa João Paulo II, e consta do nosso Catecismo como uma forma de “ateísmo contemporâneo”. Deve ser, portanto, banida da Igreja e para sempre!

Mas o que acontece? Vejam, mesmo que a Igreja de Roma tenha já condenado os livros e escritos de expoentes da rebeldia como Boff e Sobrino, ainda assim eles permanecem como verdadeiros ícones entre os defensores desta teologia adulterada. Ora, uma vez que Pedro, do alto de sua Cadeira, condenou tais escritos rebeldes, todo padre ou bispo obediente, deverá de imediato rasgar e queimar tudo o que tal autor produziu, e sepultar as cinzas dentro do féretro onde sepulta o herege e rebelde. Tal autor deve cair no ostracismo, porque é serpente venenosa que pode fazer desgarrar todo o rebanho.

Tempos atrás, e dias depois de haver saído o puxão de orelhas de Ratzinguer em Boff, eu comentava com uma autoridade da Igreja que estavam tentando mudar a fórmula da Consagração, consagrando não mais o pão e sim a “comunidade no Corpo de Cristo”; enquanto o Sangue não era mais “derramado pela remissão de muitos”, mas sim para uma falsa “reconciliação no amor”. Quando eu pensei que ele ficaria exasperado com esta ousadia diabólica, ele me disse: “Mas que maravilhoso! Deveríamos mandar isso para nosso grande teólogo Leonardo Boff, para que isso seja implantado em toda a Igreja”.

Eu quase desmaiei ali mesmo! Meus braços caíram, perdi as forças e tive de me escorar na cadeira! Isso já faz tempo, e depois daquela condenação continuamente ainda se podem ouvir verdadeiros libelos de Boff contra a Igreja, contra Pedro, e contra a verdade, mas mesmo assim os velhos ícones continuam a lhe dar ouvidos e voz. Muitos sem dúvida o escolheriam como papa da igreja latina se houvesse um cisma. Os seus livros continuam sendo vendidos nas paróquias e dioceses, como se nada tivesse ocorrido. Como se Pedro fosse um velho gagá, a quem não se deve dar ouvidos. Isso quando tais atitudes clamam aos céus.

Outro ponto de rebeldia, de obstinação perniciosa no mal, se pode ver no caso desta última reportagem que coloquei sobre os “presbíteros” que querem mudanças no celibato e agora escrevem para o Vaticano, pressionando o Papa. Vejam: embora o celibato dos padres não seja um Dogma de fé, apenas uma disposição perfeita da Igreja, não se pode ignorar que ele representa um aspecto de tradição inarredável. A Igreja já formulou a sua doutrina sobre este assunto, e arraigado como está, qualquer quebra desta disposição tem quase a implicação que teria a derrubada de um Dogma de Fé. Não existe nenhum argumento válido, convincente e fundamentado, capaz de mudar esta questão. A Igreja sabe que o celibato é melhor para o sacerdócio, até porque o casamento do padre nunca será indicativo seguro de ausência de escândalos. Padre casado é que é um escândalo!

Vejam: a primeira coisa a observar é que os padres, todos eles, ANTES de fazerem os seus votos – pobreza, castidade e obediência – SABIAM perfeitamente que a Igreja tinha esta regra básica, e para tanto tiveram longos anos de preparação para saberem de fato o que queriam. E se eles aceitaram isso no momento da ordenação, sabiam que era para toda a vida. Ademais, não se trata de um simples voto humano, pois quando o padre pronuncia seus votos perpétuos ele faz um JURAMENTO de vida diante de Deus. Não é só ante Pedro e a Igreja que ele se submete, mas antes de tudo diante de Deus.

O voto que o padre faz é perpétuo, quer dizer, é para sempre. Trata-se de uma questão inviolável, porque está dito: “tu és sacerdote para sempre”! Nem o Papa tem poder de “desligar” um padre, porque isso está escrito no Céu! Isso significa ser para toda a vida aqui na terra e também na eternidade. E significa submissão e obediência à Deus e à Igreja! Quer dizer: quando qualquer sacerdote ou bispos desobedece, ou não cumpre uma ordem de Pedro, ele quebra seu voto de fidelidade, e seu pecado faz romper o vínculo de unidade. Trata-se de um gesto de rebeldia, que tem parâmetro no ato insano do primeiro rebelde, Lúcifer, pois também ele gritou: “Não te servirei mais”!

Fatos assim, como que derrubam Pedro da cadeira, porque Ele não é apenas uma simples figura decorativa, mas a ROCHA, sobre a qual está edificada a Igreja. Sim, porque esta rebeldia parte dos corações, no que se torna muito mais perigosa de que se de fato Pedro fosse deposto. Se isso ocorresse o mundo católico reagiria certamente, mas como tudo se dá no silêncio dos corações rebeldes, a imensa maioria do povo católico da terra não se dá conta de que já vivemos, em muitas dioceses e paróquias, a outra igreja.

Enfim, cada padre rebelde, cada bispo que busca mudar estas regras básicas, mesmo que não sejam Dogmas de Fé, passa a constituir uma nova igreja particular, empunha já um cetro de divisão, e se torna causa de condenação e ruína. Quero dizer: a obediência cega a Pedro e o respeito à sua cátedra, devem ser inarredáveis, imediatos, conscientes, feitos com amor filial, sem contestação e sem amuos e xingamentos. Fora disso, cada passo dado se torna um salto rumo ao abismo, porque cada diocese ou paróquia desobediente a Pedro é como uma casa construída na areia, e bem na beira de um rio. Os ventos e as tempestades tratam logo de derrubá-la! E todas cairão, sem dúvida!

Em vista disso, eu estendo aqui minha mão à palmatória se errar quando digo: antes que menos esperem estes rebeldes todos, tanto os seus instigadores, quanto os seus promotores e executores, o braço fulminante de Deus os haverá de esmagar. Naquele dia, quem não estiver firmemente assentado na Barca de Pedro, a única que tem Jesus no leme, se irá arrebentar contra os escolhos, pois vem a última tempestade. Esta grande tempestade que chega, tem o nome de desobediência: ela gera a apostasia, que pela força de seu orgulho conduzirá a Igreja ao martírio. Isso acontecerá porque jamais se viu tamanha insanidade e cegueira tão brutal, em um tão grande número de pastores, e tudo isso ao mesmo tempo.

Sabemos que, no fim, restará apenas um pequeno rebanho fiel, e com certeza plena, este pequeno rebanho estará ao redor de Pedro. Somente a pedra dele é inabalável! Ai de quem, ufano, se mantiver fora da unidade! Ai de quem achar que pode subsistir longe da rocha mãe! Ai de quem achar que, sendo maioria é também dono da verdade! Ai de quem contribui com gestos desobedientes de rebeldia, para o dilaceramento da Igreja! De fato: se existe algo nesta terra que é a “menina dos olhos de Deus, certamente este algo é a Igreja Católica. Será fulminado quem a tentar derrubar, seja diretamente, seja com esta flagrante, contumaz e louca desobediência. Com este escárnio contra Pedro!

Pois com certeza não é preciso de um grande cisma para mostrar as fraturas que já se expõem, porque cada documento do Papa não obedecido, nem aplicado, nem vivido, é como um osso a mais que se tritura. Dos pequenos amuos contra o Papa, chega-se ao conjunto da grande rebeldia. Cada ato litúrgico desobediente, cada sacramento sacrílego, cada pedido de quebra da ordem, contribui decisivamente para o caos na Igreja de Pedro.

Enfim, que ninguém imagine que, pelo fato de a Igreja de Bento XVI estar sendo tão batida e tão avariada por estas constantes ondas rebeldes, haverá outra barca para socorrer os náufragos desta última tempestade. Podem tentar até construir um navio moderno e gigantesco; podem até enchê-lo de novas teologias, novas leis, novas regras; podem botar em seu comando os mais inteligentes teólogos e doutores deste mundo, que ainda assim, como um Titanic maldito, o primeiro iceberg lhe rachará o casco.

Muitos perguntam o motivo pelo qual o Papa não mais reage, ou os bons bispos, no sentido de frear estes ventos de rebeldia. O fato é que hoje os hereges são muitos, estão por toda parte, em todos os países, e chegamos a um ponto em que muitos lavam as mãos como Pilatos, achando nada ter com isso. Louco procedimento este! Isso é prova clara de mornidade, de pusilanimidade, de covardia que será cobrada pelo mesmo peso dos atos rebeldes. “Antes fosse frio ou quente, mas porque és morno vou vomitar-te”, está dito no Apocalipse. E é para a igreja de hoje!

Muitos bons bispos acham que, se expulsarem os padres rebeldes ficam sem eles, e imaginam ser pior. Mas eu pergunto: que coisa pior, mais escandalosa, mais terrível e mais demolidora para a Igreja do que um sacerdote mau exemplo de vida? E é de se perguntar: Não estaria melhor servida a comunidade sem padre, do que com um mau? Há comunidades em países distantes, que permaneceram fiéis por mais de 200 anos sem padre, tendo aprendido mesmo que um pouco da fé católica. Mas acredito que, nem por 20 anos uma comunidade resiste, sendo dirigida por um mau padre e rebelde! Em tempo menor que este ela estará virada numa Sodoma!

Tudo isso eu coloco para que o povo saiba dos motivos, quando vier a acontecer a renúncia do Papa. Ele está cada vez mais isolado, no meio de potências rebeldes, e já não consegue mais administrar a Igreja como gostaria e deveria. Existem notícias de que ele desabafou que já não pode confiar em quase mais ninguém, e por isso deverá, há seu tempo, abrir espaço para que se cumpram as profecias. Cada padre que desobedece a um só dos documentos da Igreja ou faz exatamente o contrário do que Pedro determina, é como uma pedrada desferida contra o Papa, tentando escorraçá-lo da cadeira. Podem ter certeza, ela acerta também a testa de nosso Jesus, que foi obediente até a morte! Este nosso querido Papa atual, é odiado pelo inferno, até os estertores, porque aos poucos está conseguindo reverter grande para do terreno que o diabo havia ganhado com a doença de seu antecessor, que já não conseguia mais reagir.

Óbvio que a Igreja não cairá, pela Palavra de Jesus. Mas certamente a cadeira de Pedro sim, esta cairá ainda uma 33ª vez, para que tudo se cumpra. Os usurpadores dela estão próximos e obstinados neste objetivo. De fato, já mais de dois séculos a besta está a espera de ter um “pedro” ao seu quilate e esta prestes a conseguir isso. Por um tempo é claro, curto tempo! Como já disse: eles constroem a sua falsa igreja sobre a areia e embora pareça vistosa, fale em pobres, fraternidade, solidariedade, liberdade, na verdade é opulenta, não ama, não é caridosa nem libertadora, porque não salva almas.

Eis o veredicto: a Igreja vencerá e Pedro será vencedor! Falo do Pedro de Roma, daquele que está sentado na cadeira principal, e ali esteve por quase dois milênios. Todas as outras cadeiras que se fizeram tronos parecem bonitas, mas têm pés de gesso: basta um pouco de umidade e estatelam-se. Ademais, tem gente demais querendo sentar nelas. Rezemos pelos desobedientes, também pelos que não percebem o estado da Igreja. São como ovelhas sem pastor, quando não ovelhas conduzidas por lobos. Para que, tanto frios como mornos, todos eles caiam de joelhos, nem que seja ao som da última trombeta.

Ouçam este lamento: “Minha paróquia está se acabando por causa do padre. Que Deus tenha piedade de nós, pois precisamos muiiito deles”. Esta frase eu recebi de uma leitora, neste exato momento em que encerro meu texto. Isso diz tudo e prova tudo!

(aarão)

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