quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

As cinco blasfêmias contra o Imaculado Coração de Maria

1. Blasfemei contra a Imaculada Conceição?
2. Blasfemei contra a Virgindade Perpétua de Nossa Senhora?
3. Blasfemei contra a Maternidade Divina de Nossa Senhora?
4. Deixei de reconhecer a Nossa Senhora como Mãe de todos os homens?
5. Tentei públicamente semear nos corações das crianças indiferença ou desprezo, ou mesmo ódio, em relação à sua Mãe Imaculada?
6. Ultrajei-A diretamente nas Suas santas imagens?

Finalmente:
Recebi a Sagrada Comunhão em estado de pecado mortal? (Este é um sacrilégio muito grave.)

O exame dos pecados veniais de Santo António Maria Claret
A alma deve evitar todos os pecados veniais, especialmente os que abrem caminho ao pecado grave. Ó minha alma, não basta desejar firmemente antes sofrer a morte do que cometer um pecado grave. É necessário ter resolução semelhante em relação ao pecado venial. Quem não encontrar em si esta vontade, não pode sentir-se seguro.

Não há nada que nos possa dar uma tal certeza de salvação eterna do que uma preocupação constante em evitar o pecado venial, por insignificante que seja, e um zelo decidido e geral, que alcance todas as práticas da vida espiritual – zelo na oração e nas relações com Deus; zelo na mortificação e na negação dos apetites; zelo em obedecer e em renunciar à vontade própria; zelo no amor de Deus e do próximo. Para alcançar este zelo e conservá-lo, devemos querer firmemente evitar sempre os pecados veniais, especialmente os seguintes:

1. O pecado de dar entrada no coração a qualquer suspeita não razoável ou opinião injusta a respeito do próximo.
2. O pecado de iniciar uma conversa sobre os defeitos de outrem, ou de faltar à caridade de qualquer outra maneira, mesmo levemente.
3. O pecado de omitir, por preguiça, as nossas praticas espirituais, ou de as cumprir com negligência voluntária.
4. O pecado de manter um afeto desregrado por alguém.
5. O pecado de ter demasiada estima por si próprio, ou de mostrar satisfação vã por coisas que nos dizem respeito.
6. O pecado de receber os Santos Sacramentos de forma descuidada, com distrações e outras irreverências, e sem preparação séria.
7. Impaciência. Ressentimento, recusa em aceitar desapontamentos como vindos da Mão de Deus; porque isto coloca obstáculos no caminho dos decretos e disposições da Divina Providência quanto a nós.
8. O pecado de nos proporcionarmos uma ocasião que possa, mesmo remotamente, manchar uma condição imaculada da santa pureza.
9. O pecado de esconder propositadamente as nossas más inclinações, fraquezas e mortificações auto-impostas de quem devia saber delas, querendo seguir o caminho da virtude de acordo com os caprichos individuais e não segundo a direção da obediência.

(Note: Fala-se aqui de situações em que encontraremos aconselhamento digno se o procurarmos, mas nós, apesar disso, preferimos seguir as nossas próprias luzes, embora frouxas.)

Oração para uma boa confissão:
Meu Deus, por causa dos meus pecados graves crucifiquei de novo o Vosso Divino Filho e escarneci Dele. Por isto sou merecedor da Vossa cólera e expus-me ao fogo do Inferno. E quanto fui ingrato para convosco, meu Pai do Céu, que me criastes do nada, me redimistes pelo preciosíssimo sangue do Vosso Filho e me santificastes pelos Vossos santos Sacramentos e pelo Espírito Santo! Mas Vós poupastes-me, pela Vossa misericórdia, para que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois, como Vosso filho pródigo e dai-me a graça de uma boa confissão, para que possa recomeçar a amar-Vos de todo o meu coração e de toda a minha alma, e para que possa, a partir de agora, cumprir os Vossos Mandamentos e sofrer com paciência os castigos temporais que possam cair sobre mim. Espero, pela Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no Paraíso. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

Nota final
Lembre-se de confessar os seus pecados com arrependimento sobrenatural, tendo uma resolução firme de não tornar a pecar e de evitar situações que levem ao pecado. Peça ao seu confessor que o ajude a superar alguma dificuldade que tenha em fazer uma boa confissão. Cumpra prontamente a sua penitência.

Ato de Contrição
Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido, e com o auxílio da Vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amém.

Igreja perfeita é igual a hospital perfeito

Mande embora suas decepções com as pessoas da Igreja! Muitos
acabaram se bandeando para seitas à procura de uma Igreja perfeita. Mas isso
não existe! A verdadeira Igreja de Jesus é esta, da qual o Senhor falou na casa
de Levi:

“Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes. Eu vim chamar não os
justos, mas os pecadores, para que eles se convertam.”


Na Igreja de Cristo o que existe são doentes em recuperação. No hospital todo
dia sai uma turma de enfermos – saem sãos – e logo já estão entrando outros
[doentes].... E sempre há pessoas na fila para entrar. Com a Igreja acontece o
mesmo. Portanto, o que vamos encontrar na Igreja de Cristo são enfermos e
enfermidades. Você que acabou abandonando a verdadeira Igreja por decepções, em
busca de uma Igreja perfeita, volte logo. A única Igreja perfeita está aqui. É
a Igreja da qual Jesus falou:

“Não são os sãos que precisam de médico, mas os doentes”.


Essa é a Igreja perfeita, porque hospital perfeito é aquele que tem as suas
portas abertas para os doentes... Todos os doentes!


Enquanto os doentes forem doentes, o hospital os conserva. Hospital perfeito
não manda embora o enfermo, porque está enfermo. Hospital perfeito não é aquele
em que o são fica e o doente, porque ficou doente, é mandado embora.
Infelizmente, há quem faça isso. Por isso, eu sou obrigado a dizer para quem
faz isso: Essa não é a Igreja de Jesus. Se você foi buscar essa tal “igreja
perfeita”, eu lhe digo: essa não é a Igreja perfeita. Igreja perfeita é igual a
hospital perfeito. Pois hospital perfeito tem as suas portas sempre abertas
para o doente (enquanto este está doente há um leito à disposição, um
tratamento adequado; e se, por acaso, ele tem uma recaída a primeira que o
hospital faz é recolhê-lo de volta). Hospital perfeito recolhe aqueles que
recaem.

Hospital de "recata"! É nesse hospital que eu quero ficar,
porque sou “recata” também. Nós temos de ficar nele, porque Maria, a Mãe de
Jesus, a grande Enfermeira de Deus, está nos recatando. O “hospital dela” vai
ficar cheio de recata. Se você estiver disposto a ficar nele, fique! Do
contrário, procure outro. Só que devo lhe dizer: A Igreja de Jesus é esta na
qual nós, graças a Deus, estamos e nela vamos ficar.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reflexão para Natal

Neste tempo, meditemos sobre o Deus de amor com esta mensagem de Nossa Senhora em Divinópolis, dada próximo da meia noite.



Mensagem de 24/12/2002 – Véspera de Natal: “Comemorem, comemorem mesmo o Nascimento do meu Filho. Ele os ama, meus filhos. Ele é o Deus do amor, um Deus que nunca quis ficar longe dos seus. Vocês são a família Dele. Ele está com vocês. Adão e Eva no Paraíso viviam com Ele. Mas eles quiseram ser como deuses. Eles quiseram e fizeram. E está aí o resultado. Foram separados Dele como castigo do pecado original. Na eternidade o verão. Ele é o seu Deus, o Deus que te espera. Ele veio a esse mundo um dia. Ele veio até aqui. Ele gostou muito de ficar com vocês e subiu ao Céu depois de ressuscitar. Deus sempre esteve neste mundo, invisível e nunca longe, sempre perto. Ele está aqui hoje e sempre estará. Eu estou com vocês e sou sua Mãe. No Natal, creiam mais em Deus. Lembrem-se Dele que nasceu e não morreu nesta data. Parece que Ele não existe. Muitos neste mundo não se lembram Dele. Muitos quando ouvem a palavra ‘Natal’ não pensam em Jesus e seu amor, mas pensam primeiro em comida e presentes... O que é isso, meus filhos? O que são essas coisas passageiras? Elas se passam a cada ano e Deus fica amando vocês sempre mais. E muitos nem ligam para Ele, se esquecem Dele... Ele os ama muito. Não se esqueçam disso. Apesar do que ocorrerá neste mundo, não se esqueçam do amor de Deus. O Menino Jesus está aí nos seus corações e no coração de todos os que pensam e se lembram Dele neste Natal. Feliz Natal, meus filhos! Louvem Jesus comigo. Vamos todos louvar o Senhor e agradecê-lo. Dou a benção para vocês, a benção para o mundo inteiro. Adeus, meus filhos.”

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE NATAL da Associação Sagrados Corações de Jesus e Maria aos sócios/benfeitores.

É Natal! Tempo de Luz!
É Natal! Luzes, enfeites, presentes, tudo se torna encanto e alegria.
Mas, no simples presépio, o Menino Jesus vem nos lembrar que é tempo de caridade, de reflexão e de gestos de amor ao próximo. O Menino-Deus, no silêncio encantador do seio da Sagrada Família, nos ensina o verdadeiro sentido do Natal.
Sendo assim, vamos fazer o propósito de como as luzes do pisca-pisca, sermos luzes na vida dos nossos irmãos; como os enfeites natalinos, enfeitaremos também de gestos de caridade nossa jornada; e que, dando presentes nos lembremos que o maior presente nos foi dado quando “ o Verbo Divino se fez carne e habitou entre nós”.

Querido sócio(a) envangelizador desta Obra, que neste Natal possamos com o Menino Jesus fazer renascer no mundo a esperança por dias melhores, pela paz tão almejada e o amor capaz de fazer novas todas as coisas.
No presépio, o Menino Deus nos espera de braços abertos!
Que este não seja mais um Natal, mas O NATAL que fará nossas vidas mudarem e refletirem a imagem de Deus em todas as nossas atitudes do ano vindouro.

FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

São os sinceros e cordias votos da ASSOCIAÇÃO SAGRADOS CORAÇÕES DE JESUS E MARIA e do missionário HÉLIO MORAES PACÍFICO aos nossos queridos sócios(as) benfeitores(as).

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pequeno Cenáculo

Roteiro elaborado pelo Diácono Luis Carlos. Outros roteiros poderão ser usados também.

1. ORAÇAO AO ESPÍRITO SANTO

Espírito Santo, estamos diante de Vós, sob o peso das nossas culpas, mas reunidos em vosso nome.

Vinde a nós e ficai conosco. Penetrai em nossos corações.

Ensinai-nos o que devemos fazer, que caminho seguir; mostrai-nos como devemos agir para podermos, com Vossa ajuda, agradar-Vos em tudo.

Que somente Vós sejais o inspirador e o doador de nossos pensamentos. Vós que amais infinitamente a equidade, não permitais que subvertamos a justiça.

Que a ignorância não nos leve a praticar o mal, nem nos deixemos guiar pela parcialidade, nem por interesses pessoais, mas sejamos firmemente unidos a Vós, para que sejamos uma só coisa Convosco, jamais nos desviando da Verdade.

Espírito Santo, assim como nos reunimos em Vosso nome, do mesmo modo, guiados pelo Vosso Amor, permaneçamos na justiça. E que nesta terra, jamais nos afastemos de Vós e, na vida futura, alcancemos a felicidade eterna.



2. ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO



Vinde, Espírito Santo Criador, visitai as almas daqueles que são Vossos; enchei com Vossa Graça celestial os corações que criastes!

Vós sois o Divino Consolador, o dom inefável do Altíssimo; a fonte viva, o fogo, a caridade, a unção espiritual das almas.

Concedei-nos Vossos santos dons! Sois o dedo de Deus, o objeto real da promessa do Pai.

Colocai Vossas palavras em nossos lábios e acendei Vossa Luz em nossas almas; insuflai Vosso Amor em nossos corações e amparai sempre com Vossa força, nossa carne desfalecida.

Afastai para longe de nós o inimigo; apressai-Vos em dar-nos a Paz; fazei com que, sob Vossa condução, evitemos tudo que nos seja prejudicial; fazei com que, por Vós conheçamos o Pai, assim como o Filho, e Vós, que procedeis do Pai e do Filho, sede sempre objeto de nossa crença.

Glória Deus Pai, a Seu Filho, que ressuscitou dos mortos, assim como o Paráclito, por todos os séculos dos séculos. Amém.



3. TERÇO AO DIVINO ESPÍRITO SANTO

Creio em Deus Pai ...

Em honra à Santíssima Trindade: Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A - Vinde, Espírito de Sabedoria, desprendei-nos das coisas da terra e infundi-nos o amor e o gosto pelas coisas do Céu. E receberemos o Espírito de Sabedoria e fé:

T - E seremos as Vossas testemunhas!

A - Vinde Espírito Santo: (7 vezes)

T – Dai-nos Sabedoria e fé !

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós!

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A – Vinde, Espírito de Entendimento, iluminai a nossa mente com a Luz da Eterna Verdade e enriquecei-a de puros e santos pensamentos. E receberemos o Espírito de Entendimento humildade:

T - E seremos Vossas testemunhas!

A - Vinde, Espírito Santo: (7 vezes)

T - Dai-nos o entendimento e a humildade!

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós!

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A – Vinde, Espírito do Bom Conselho, fazei-nos, dóceis a Vossas inspirações e guiai-nos no caminho da salvação. E receberemos o Espírito do Bom Conselho e dom da palavra.

T - E seremos Vossas testemunhas.

A - Vinde, Espírito Santo:

T - Dai-nos o Bom Conselho e o dom da palavra! (7 vezes)

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A - Vinde, Espírito de Fortaleza, dai-nos força, constância e vitória nas batalhas contra os nossos inimigos espirituais e corporais. E, receberemos os Espírito de Fortaleza e mansidão.

T - E seremos as Vossas testemunhas!

A - Vinde, Espírito Santo:

T - Dai-nos fortaleza e mansidão ! (7 vezes)

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A – Vinde, Espírito de Ciência, sede o Mestre de nossas almas e ajudai-nos a praticar Vossos santos ensinamentos. E receberemos o Espírito da Ciência e o dom da cura:

T - E seremos Vossas testemunhas!

A – Vinde, Espírito Santo

T - Dai-nos a ciência e dom da cura! (7 vezes)

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós!

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A - Vinde, Espírito de Piedade, vinde morar em nosso coração, tomai conta dele e manifestai todos os seus afetos. E receberemos o Espírito de Piedade e o dom do amor.

T - E seremos as Vossas testemunhas!

A - Vinde, Espírito Santo

T - Dai-nos a piedade e o dom do amor! (7 vezes)

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T- Rogai por nós !

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A - Jesus, Maria, José e o Espírito Santo.

T - Tornai-nos santos e unidos ao Pai.

A – Vinde, Espírito do Santo Temor de Deus, vinde reinar em nossa vontade e fazei que sejamos sempre prontos a antes sofrer e morrer do que Vos ofender. E receberemos o Espírito do Santo Temor de Deus e o discernimento.

T - E seremos as Vossas testemunhas!

A - Vinde, Espírito Santo:

T Dai-nos o Temor de Deus e o discernimento! (7 vezes)

A - Ó Maria, que por obra do Espírito Santo, concebestes o Salvador:

T - Rogai por nós!

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A – Ó puríssima Virgem Maria, que na vossa Conceição Imaculada, fostes pelo Espírito Santo transformada em Tabernáculo predileto da Divindade: rogai por nos!

T – Para que o Divino Paráclito venha o quanto antes renovar a face da terra! Ave Maria ...

A – Ó puríssima Virgem Maria, que no mistério da Encarnação do Verbo, fostes pelo Espírito Santo transformada em verdadeira Mãe de Deus: rogai por nós!

T – Para que o Divino Paráclito venha o quanto antes renovar a face da terra! Ave Maria ...

A – Ó puríssima Virgem Maria, que no Cenáculo, em oração com os apóstolos, fostes repleta do Espírito Santo; rogai por nós!

T – Para que o Divino Paráclito venha o quanto antes renovar a face da terra! Ave Maria ...

A - Rogai por nós, Santa Mãe de Deus:

T - Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos

Ó Espírito Santo, dai-nos um coração grande, aberto à Vossa silenciosa e forte palavra, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado no sentido da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus, um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos, um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa, um coração grande e forte, constante até o sacrifício, um coração, cuja felicidade é palpitar com o Coração de Cristo, é cumprir humilde, fiel e virilmente a Vontade do Pa i. Amém!

4. EVANGELHO DO DIA

5. MEDITAÇÃO (10 a 15 minutos )



6. ORAÇÃO DO TERÇO – (Os Mistérios conforme o dia da semana)



T – Virgem Poderosa, Imaculada Conceição, Rainha das Vitórias; que Vossas Lágrimas de Sangue destruam as forças infernais...

(Que se levanta contra... Ou que impedem...)



7. MENSAGEM – também podem ser do Pe. Gobbi ou de Medjugórie



8. TERCINHO DO AMOR, pois é nosso carisma orar pelas almas.



Oração do Creio, Pai-Nosso, 3 Ave-Marias e Glória.

Eterno Pai, ofereço-vos o Preciosíssimo Sangue do vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as santas missas que hoje são celebradas em todo o mundo, por todas as Santas Almas do purgatório, pelos pecadores em todos os lugares, pelos pecadores na Igreja Católica, pelos pecadores em todas as outras igrejas, pelos de minha casa e meus vizinhos. Amém!

Nas contas do Pai-Nosso:

T - Doce Coração de Jesus, sede o nosso amor!

Doce Coração de Maria, sede a nossa salvação!

Nas contas das Ave-Marias:

T - Jesus, Maria, José, nós Vos amamos;

R - Salvai almas!

No Glória...

Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno e a luz perpétua as ilumine!

No final das cinco dezenas

Sacratíssimos Corações de Jesus e Maria /Fazei que eu vos ame cada vez mais.

Salve Rainha

9. OFÍCIO DE NOSSA SENHORA



Oração de São Bernardo e pelo Papa



Lembrai-vos ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência ou reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado.

Animado eu, pois, com igual confiança, a Vós, ó Virgem, entre todas singular , como minha Mãe, recorro, de Vós me valho e gemendo sob o peso dos meus pecados me prostro a Vossos pés; não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar a graça que Vos rogo. Amém!

A – Rosa Mística! T – Rogai por nós! (3 vezes)



Oração para o Papa Bento XVI



Pai Santo, Vós que sois o Senhor de todas as gentes e de todo o universo, olhai para o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, escolhido por Vós, como timoneiro desta Santa Igreja, que tanto sofre por causa dos constantes ataques do inimigo, para que ele consiga prosseguir na elaboração dos Vossos planos e ser sempre o guardião fiel dos Vossos segredos , afim de que a nossa Santa igreja seja sempre protegida e salva das mãos inimigas!

Pai Santo, derramai luzes sobre a Santa Igreja, Fortaleza e Discernimento sobre o Santo Padre! Cuidai dele e protegei-nos sempre, para que possamos ser Igreja fiel e seguidora das orientações deste nosso Pastor. Obrigado, Pai, por nos amardes tanto! Amém!



11ORAÇÃO PELOS SACERDOTES

(Cardeal Mundelein Arcebispo de Chicago)

Onipotente e Eterno Deus, digna-Te a olhar a face de teu Cristo, o Eterno e Sumo Sacerdote e, por amor dele, tem piedade de teus sacerdotes.

Lembra-Te, ó Deus misericordioso, que são apenas débeis criaturas.

Mantém vivo neles o fogo de teu amor. Guarda-os junto a Ti, a fim de que o inimigo não prevaleça contra eles e para que jamais se tornem indignos de sua sublime vocação.

Ó Jesus, suplico-Te por teus fiéis e fervorosos sacerdotes, por teus sacerdotes tíbios e infiéis; por teus sacerdotes que trabalham nas longínquas ou próximas missões, por teus sacerdotes que sofrem tentações; por teus sacerdotes que sofrem a solidão e a desolação; por teus jovens sacerdotes; por teus sacerdotes idosos; por teus sacerdotes enfermos; por teus sacerdotes agonizantes; pelas almas de teus sacerdotes que padecem no purgatório.

Mas, sobremodo, Te encomendo o sacerdote que me batizou; o que me absolveu dos pecados e aqueles, cujas missas assisti e que me deram Teu Corpo e Teu Sangue na Sagrada Comunhão; aqueles que me alentaram e instruíram, que me alentaram e aconselharam, a todos os sacerdotes aos quais me liga uma dívida de gratidão.

Ó Jesus, guarda-os todos junto a Teu Sagrado Coração e concede-lhes copiosas bênçãos agora e na eternidade. Amém

(300 dias de indulgências) Cardeal Copello - Rezar diariamente esta oração.

Acrescentar um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, por todos os Sacerdotes, religiosos e seminaristas do mundo inteiro.

Súplica a Nossa Senhora

Mãe Dolorosa, peço-vos pelo vosso sofrimento na morte de vosso Filho, que ofereçais ao Pai Eterno o precioso Sangue, que jorrou das Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado, pelos pobres Sacerdotes transviados, que se tornaram infiéis à sua sublime vocação, para que, quanto antes, voltem junto ao Bom Pastor.

12Oração de Santo Tomás de Aquino

Creio, Senhor, espero, amo-Vos, arrependo-me dos meus pecados; dai-me, porém, fé mais firme, esperança mais segura, amor mais ardente, pensar mais profundo!

Eu Vos adoro, Primeiro Princípio; eu Vos desejo, Fim Último; eu Vos louvo, Benfeitor Perpétuo; eu Vos invoco, Princípio Defensor!

Seja minha luz, Vossa Sabedoria; minha regra, Vossa Justiça; meu consolo, Vossa Clemência; meu amparo, Vossa Onipotência!

Sejam, Senhor, meus pensamentos só em Vós; meus discursos, só de Vós; meus atos, a Vós conformes; minhas penas, por Vós sofridas!

Quero o que Vós quereis, porque quereis, enquanto quereis!

Rogo-Vos, Senhor! iluminai-me o entendimento, inflamai-me a vontade, purificai-me o corpo, santificai a minha alma!

Não me eive a soberba, não me entre a lisonja, não me engane o mundo, não me enrede satanás.

Venha-me Vossa Graça limpar a memória, refrear a língua, guardar os olhos, conter o sentidos!

Fazei-me chorar os pecados passados, repelir as futuras tentações, reprimir as más inclinações, praticar as necessárias virtudes!

Concedei-me Deus de bondade, o amor de Vós, aversão por meus defeitos, o zelo pelo próximo e o desapego do mundo!

Proponho obedecer aos superiores, auxiliar o que dependem de mim, cuidar dos amigos, perdoar os inimigos!

Lembrarei, Senhor Jesus, Vossa ordem e exemplo, para amar os inimigos, sofrer as injúrias, bem fazer aos que me perseguem e orar pelos que me detraem!

Fazei-me moderar os sentidos com a austeridade, a avareza com a generosidade, a ira com a brandura, a tibieza com a devoção!

Tornai-me prudente nas decisões, corajoso nos perigos, paciente na desgraça, humilde na prosperidade!

Fazei-me, Senhor, atento na oração, sóbrio no alimento, diligente nas obrigações, firme nos propósitos!

Espero santificar-me com a sincera Confissão, Comunhão fervorosa, contínuo recolhimento e pureza de intenção!

Ensinai-me Senhor, quão pequeno é o que é da terra, quão grande o que é de Deus, quão breve o tempo e quão dilatada a Eternidade!

Concedei-me que me prepare para a morte, tema o Juízo, escape do Inferno, alcance o Paraíso!

Por Cristo, Nosso Senhor, Amém!

ORAÇÃO PREPARATORIA DE RENÚNCIA E LIBERTAÇÃ0



Em nome de Jesus Cristo, pelo poder do seu Sangue, pelas suas Santas Chagas, pela intercessão da Virgem Maria, de todos os Anjos e Santos de Deus e com a proteção de São Miguel Arcanjo...

...eu renuncio a satanás, a todas as suas obras e seduções; eu renuncio a lúcifer que é príncipe das trevas, pai de toda a mentira, e a todos os demônios e espíritos impuros que lhes servem...;

...eu renuncio ao espiritismo e a toda sua malignidade;

...eu renuncio ao protestantismo e a todas as suas perversas derivações;

...eu renuncio ao curandeirismo e a tudo que está diretamente a ele ligado;

...eu renuncio a todo tipo de ocultismo e a toda forma de superstição;

...eu renuncio a todas as falsas filosofias, falsas religiões e seitas como a Nova Era, Rosa Cruz, Numerologia, Cabala e outras que não têm Jesus como único Mestre e Senhor;

...eu renuncio à maçonaria em todas as suas ramificações e disfarces;

...eu renuncio a todos os falsos racionalismos, todos os falsos humanismos e todas as falsas teologias que mascaram as Sagradas Verdades do Santo Evangelho e atentam contra a Fé;

...eu renuncio a tudo que ponha em dúvida a presença VIVA de Jesus na Sagrada Eucaristia, onde Ele se encontra inteiro, em CORPO, SANGUE, ALMA e DIVINDADE;

...eu renuncio a tudo que ponha em dúvida o Sacrifício Real de Cristo na Santa Missa;

...eu renuncio a qualquer dúvida quanto à necessidade da confissão individual a um sacerdote;

...eu renuncio a tudo que magoe o Coração Imaculado da Mãe de Deus;

...eu renuncio a tudo que ponha em dúvida a autoridade de Bento XVI;

...eu renuncio a todo tipo de pecado que fira a qualquer um dos mandamentos da Santa Lei de Deus ou da Igreja’;

Definitivamente, clara e conscientemente, com toda a força do meu coração, ACEITO a Jesus Cristo como o Meu Salvador e aceito a Virgem Maria como minha querida Mãe e Rainha;

Eu sou lavado pelo Sangue precioso de Nosso Senhor Jesus Cristo! Eu sou purificado pelo fogo abrasador que vem do Espírito Santo;

Com o Amor de Jesus, quero perdoar a todos que me ofenderam!

Com o Coração de Maria, eu quero pedir perdão a quem eu tenha prejudicado ou ofendido! Amém!

Obs.: As orações de número 12 e 13 poderão ser feitas, se sentirem necessidade.

Incineração dos pedidos, se houver.

Podem ser rezadas diversas orações: Pai Nosso, Ave Maria, Ó Senhora minha, e outras. Obs.: Durante todo o p equeno cenáculo poderão ser intercalados cantos para cada momento.
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Revelações de Deus Pai

O destino dos bons e dos ímpios.

Revelações de Deus Pai

No Juízo Particular, no instante final, quando a pessoa compreende que não pode fugir das Minhas Mãos recupera a visão que a atormenta interiormente fazendo-a ver que por própria culpa chegou a tão triste situação.
Se o pecador se deixar iluminar e se arrepender, não por medo dos castigos infernais, mas por ter ofendido a Suma e Eterna Bondade, AINDA SERÁ PERDOADO. Mas, se ultrapassar o momento da morte nas trevas, no remorso, sem esperança no Sangue, ou então, lamentando-se apenas pela infelicidade em que se acha - e não por ter Me ofendido - irá para a perdição.

Sobrevirá, pois, a repreensão pela injustiça e falso julgamento.
Em primeiro lugar a repreensão da injustiça e do julgamento falso em geral, praticados no conjunto de suas ações, durante a vida; depois, em particular, do último instante quando o pecador considera seu pecado maior que a Minha misericórdia. Este é o pecado que não será perdoado, nem aqui nem no além. O desprezo voluntário da Minha misericórdia constitui pecado mais grave que todos os anteriores Filha, tua linguagem é incapaz de descrever os sofrimentos desses infelizes condenados.

Sendo três os seus vícios principais - egoísmo, medo de perder a boa fama e orgulho - aos quais se acrescentam a injustiça, a maldade e impureza, no inferno os pecadores padecem de quatro tormentos principais. O primeiro é a ausência da Minha visão. Um sofrimento tão grande que os condenados, se fosse possível, prefeririam sofrer o fogo vendo-Me, que ficar de fora dele sem Me ver.


O segundo, como conseqüência, é o remorso que corrói o pecador privado de Mim, longe da conversação dos anjos, a conviver com os demônios. Aliás, a visão do diabo constitui o terceiro tormento. Ao vê-lo duplica-se o sofrer. Nestes (demônios), eles se conhecem melhor, entendendo que por própria culpa mereceram o castigo. Assim, o remorso os martiriza e jamais cessará o ardor da consciência. Muito grande é este tormento, porque o diabo é visto no próprio ser; tão horrível é a sua fealdade, que a mente humana não consegue imaginar. Se ainda o recordas, já te mostrei o demônio assim como ele é; foi por um átimo de tempo. Quando retornastes ao sentido, preferias caminhar por uma estrada de fogo até o juízo final q ue tornar a vê-lo. No entanto, apesar do que viste ignoras a sua fealdade, especialmente porque, segundo a justiça divina, ele é visto mais ou menos horrível pelos condenados, segundo a gravidade das culpas.

O quarto é o fogo. Um fogo que arde sem consumir, sem destruir o ser humano. É algo de imaterial, que não destrói a alma incorpórea. Na Minha justiça permito que tal fogo queime, faça padecer, aflija; mas não destrua. É ardente e fere de modo crudelíssimo em muitas maneiras, conforme a diversidade das culpas. A uns mais, a outros menos, segundo a gravidade dos pecados. Destes quatro tormentos derivam os demais: o frio, o calor, o ranger de dentes (Mt, 22,13)


Grande é o ódio dos condenados, pois já não amam o bem. Blasfemam
continuamente contra Mim!
Queres saber por que já não podem desejar o bem? É porque, no fim
desta vida, vincula-se o livre arbítrio. Com o cessar do tempo, já não se merece mais. Quem termina esta existência em pecado mortal, por direito divino fica para sempre apegado ao ódio, obstinado no mal, a roer-se interiormente.
Seus sofrimentos irão aumentando sempre, especialmente por causa das demais pessoas que por sua causa irão para a condenação. O homem justo (no mesmo Juízo) ao encerrar sua vida terrena no amor, já não poderá progredir na virtude. Para sempre continuará a amar no grau de caridade que atingiu até Mim.
Também será j ulgado na proporção do amor. Continuamente Me deseja, continuamente Me possuí; suas aspirações não caem no vazio. Ao desejar, será saciado; ao saciar-se, sentirá ainda fome; distanciando-se assim, do fastio da saciedade e do sofrimento da fome. Os bem-aventurados gozam da Minha eterna visão.
Cada um no seu grau, de acordo com a caridade em que vieram participar de tudo o que possuo. Desfrutam na alegria e gozo - dos bens pessoais e comuns que mereceram. Colocados entre os anjos e santos com eles se rejubilam na proporção do bem praticado na terra.
Entre si congraçados na caridade os bem-aventurados de modo especial comunicam-se com aqueles que amaram no mundo. Não penses que a felicidade celeste seja apenas individual. Não! Ela é participada por todos os cidadãos da pátria, homens e anjos.


Quando chega alguém à vida eterna, todos sentem sua felicidade da mesma forma como ele participa do prazer de todos. Em seus anseios os eleitos clamam continuamente diante de Mim em favor do mundo inteiro.
Suas vidas haviam terminado no amor fraterno; continuam no mesmo amor.
Aliás, foi exatamente por tal caridade que passaram pela porta que é Meu Filho Por ocasião do Juízo Final, o Verbo encarnado virá com divina majestade para repreender o mundo. Não mais se apresentará pobrezinho na forma como nasceu da Virgem, na estrebaria, entre animais, para morrer depois no meio de ladrões. Naquela ocasião, ocultei n'Ele o Meu poder e permiti que suportasse penas e dores como homem. A natureza divina se unira a humana e foi enquanto homem que sofreu para reparar as vossas culpas.

No juízo final, não será assim, pois virá com poder a fim de julgar. As criaturas humanas estremecerão e Ele a cada um dará sentença conforme merecimento.Tua língua não conseguirá exprimir o que se sucederá aos condenados. Para os bons, Jesus será motivo de temor santo e alegria imensa. Os bem-aventurados continuam no céu, eternamente, aquele mesmo amor com que encerraram a vida terrena. Eles em nada se distanciam de Mim. Seus desejos estão saciados. Anseiam em ver-Me glorificado por vós viandantes e peregrinos que sois em direção à morte. Aspirando por Minha honra, querem vossa salvação e sempre rogam por vós. de Minha parte, escuto os seus pedidos naquilo em que vós, por maldade, não opondes resistência à Minha bondade. Os bem-aventurados desejam recuperar os seus corpos; todavia não sofrem por sua ausência. Até se alegram, na certeza de que tal aspiração será realizada. A ausência do corpo não lhes diminui o prazer, não é angustiante, não faz sofrer. Nem julgues que a satisfação de ter o corpo após a ressurreição lhes traga maior bem-aventurança. Se isso fosse verdade, seria sinal que a felicidade anterior era imperfeita, enquanto não o reouvessem, e isso não pode ser. De fato, nenhuma perfeição lhes falta. Não é o corpo que faz feliz a alma, mas o contrário.
Quando esta recupera o corpo no dia do juízo, participará ele da plenitude e da perfeição da alma. Naquele dia, esta se fixará para sempre em Mim, e o corpo em tal união, ficará imortal, sutil, leve.
Deves saber que o corpo ressuscitado pode atravessar uma parede, que o
fogo e a água não o ofendem. Tal propriedade lhe advém, não de uma virtude própria, mas por uma força que gratuitamente concedo à alma, que foi cria da à Minha imagem e semelhança num inefável ato de amor. Tua inteligência não dispõe da capacidade necessária para entender, nem teus ouvidos para escutar, a língua para narrar e o coração para sentir qual é a felicidade dos santos.

Ocupei-Me da felicidade dos santos para que entendesses melhor a infelicidade dos condenados ao inferno. Aliás, outro tormento destes últimos, é ver quanto os bem-aventurados são felizes. Tal conhecimento acresce-lhes a pena, da mesma forma como a condenação dos maus leva os justos a glorificar Minha bondade. A luz é mais evidente na escuridão, e a escuridão na luz. Conhecer a alegria dos santos é dor para os réus do inferno. Os condenados aguardam com temor o dia do juízo final. Sabem que então seus sofrimentos aumentarão. Ao escutar o terrível convite: " mortui, venite ad judicium", a alma retornará ao corpo. Para os bem-aventurados será um corpo de glória; para os réus um corpo para sempre obscurecido. Diante do Meu Filho, sentirão grande vergonha.
Também diante dos santos. O remorso martirizará a profundidade do seu
ser, quero dizer, a alma; mas também o corpo. Acusa-los-ão: o Sangue de Cristo, por eles derramado; as obras de misericórdia, espirituais e corporais, do Meu Filho, o bem que eles mesmos deveriam ter praticado em benefício dos outros, segundo o Evangelho. Terá seu castigo a maldade com que trataram os irmãos, pois Eu mesmo, compassivo, perdoara-lhes (Mt 18,33). Serão repreendidos pelo orgulho, egoísmo, impureza, ganância; e tudo isso reavivará seus padecimentos.


No instante da morte, somente a alma é repreendida; no juízo final também o corpo, por ter sido instrumento da alma na prática do bem e do mal conforme a orientação da vontade. Todo bem e todo mal é feito através do corpo por este motivo, Minha filha, os justos terão no corpo glorificado uma luz e um amor infinitos; já os réus do inferno sofrerão pena eterna em seus corpos, usados para o pecado. Ao recuperar o corpo diante de Jesus ressuscitado, os réus sentirão tormento renovado e acrescido: a
sensualidade sofrerá na sua impureza, vendo a natureza humana unida à divindade, contemplando este barro adâmico - vossa natureza – colocada acima de todos os coros angélicos, enquanto eles, os maus, estarão no mais profundo abismo. Os condenados verão brilhar sobre os eleitos a liberalidade e a misericórdia, quais frutos do Sangue de Cristo; saberão das dificuldades suportadas pelos bons e que agora se mostram em seus corpos como frisos de adornos para as vestes. O valor de tais sofrimentos físicos não provém do corpo, mas da riqueza da alma; é ela que dá o corpo o merecimento da luta como companheira da prática das virtudes.
Tal exteriorização se verifica porque o corpo manifesta o resultado das batalhas das alma, como o espelho reflete a face do homem. Ao se verem privados de tamanha beleza, os habitantes das trevas verão surgir nos próprios corpos os sinais dos pecados e terão maiores tormentos e confusão.
E ao soar aquela terrível sentença: "Ide, malditos, para o fogo eterno". Suas almas e corpos encaminhar-se-ão para a companhia de demônios, sem mais remédios nem esperança.
Cada um a seu modo, se envolverá na podridão que viveu na terra, de acordo com as ações que praticou: o avarento arderá na sua ganância dos bens que desordenadamente amou; o maldoso, na sua ruindade; o impuro na imunda e infeliz concupiscência; o injusto nas suas iniqüidades; o rancoroso no seu ódio pelos outros. Quanto ao egoísmo fonte de todos os males arderá como princípio causador de tudo em sofrimentos insuportáveis.

O orgulho terá igual sorte. Assim, corpo e alma serão punidos em todos os vícios. Sirvo-Me do demônio qual instrumento da Minha justiça para atormentar os que Me ofendem.
Nesta vida o coloquei qual tentador, molestando os homens. Não para que estes sejam vencidos, mas para que conquistem a vitória e o prêmio pela comprovação das virtudes. Ninguém deve temer as possíveis lutas e tentações do demônio. Fortaleci os homens, dei-lhes energia para vencer, no Sangue de Cristo. Demônio ou criatura alguma conseguem dobrar a vontade. Ela vos pertence, é livre.
Vós é que escolheis o querer ou não querer alguma coisa. Eu disse que o demônio convida os homens para a água-morta, a única que lhe pertence, cegando-os com p razeres e satisfações do mundo. Usa o anzol do prazer e fisga-os mediante a aparência de bem. Sabe ele que por outros caminhos nada conseguiria; sem o vislumbre de um bem ou satisfação, os homens não se deixam aprisionar; por sua própria natureza, a alma humana tende ao bem. Infelizmente, devido à cegueira do egoísmo, o homem não consegue discernir qual é o bem verdadeiro, realmente útil ao corpo e à alma.
Percebendo isto, o demônio, maldoso, apresenta-lhe numerosos atrativos maus, disfarçados porém sob alguma utilidade ou prazer. A certeza da Minha presença em suas vidas, é o conhecimento da Minha verdade. Tal conhecimento se realiza na inteligência que é, o olho da alma; pupila de tal olho é a fé.
Pela iluminação da fé, eles distinguem, conhecem e seguem a estrada
mensagem do Verbo Encarnado. Sem a fé ninguém reconhece tal estrada, à semelhança daquele que possuísse o olho, mas coberto por um pano. Sim, a pupila desse olhar é a fé; nada verá quem cobrir sua inteli gência com o pano da infelicidade, por causa do egoísmo. Tal pessoa terá a inteligência, mas não a luz para conhecer.
Como afirmei antes, ninguém consegue seguir o caminho da verdade sem a luz da razão - recebida de Mim com a inteligência - e sem a luz da fé, infundida na hora do santo batismo, supondo que não destruais esta última com vossos pecados.


Revelações de Deus Pai à Santa Catarina de Sena
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Como rezar na doença

Jakov, um dos videntes de Medjugorje, disse:

“Para todos os doentes, Nossa Senhora diz a mesma coisa: “Rezem e tenham uma fé forte.” Em Medjugorje chegam muitos doentes e eu digo a eles: rezemos primeiro pela cura dos seus corações. Nos dias de hoje o nosso coração está doente. Para podermos aceitar a nossa doença e não considerá-la como um castigo de Deus, mas como um plano de Deus para nós. Devemos primeiro curar nos nossos corações, rezar e ter a fé sadia. Nunca perguntei a Nossa Senhora se uma pessoa seria curada ou não. Isto está no plano de Deus. Vicka e eu rezamos pelos doentes. Rezamos primeiramente pela cura do coração. Digo sempre aos peregrinos que não existe nada de mal em rezar pela cura física, todavia se necessita sempre dizer: ‘Deus, seja feita a tua vontade!’ Não devemos lembrar de Deus somente quando estamos nas tribulações, quando estamos doentes e sobrecarregados de problemas, devemos tê-lo sempre em nosso coração. Ele é a nossa força e a resposta para todas as perguntas da nossa vida.”

Fonte: Medjugorje Brasil

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

RESPEITO COM QUE SE DEVE ASSISTIR À SANTA MISSA.‏

Diz o Concílio de Trento: "Se somos, forçosamente, obrigados a confessar que os fiéis não podem exercer obra mais Santa nem mais divina do que este Mistério terrível, no qual a Hóstia vivificadora, que nos reconciliou com Deus Pai, é, todos os dias, imolada pelos sacerdotes, parece bastante claro que devemos ter muito cuidado para fazer esta ação com grande pureza de coração e com a maior devoção exterior possível". Estas palavras dizem respeito tanto aos fiéis como ao celebrante.



O historiador Flávio Josefo relata que, no templo de Salomão, setecentos sacerdotes e levitas estavam ocupados, todos os dias, em imolar as vítimas, em purificá-las, em queimá-las sobre o altar, e que isto se fazia com profundo silêncio e perfeito respeito. Entretanto, estes sacrifícios eram somente símbolos do Sacrifício da Santa Missa. Com que fervor, com que silêncio e atenção devemos assistir, pois, ao sacrifício verdadeiro!



Os primeiros cristãos nos deram admiráveis exemplos a este respeito. Segundo o testemunho de S. João Crisóstomo, ao entrar na Igreja, beijavam, humildemente, o assoalho e guardavam, durante a Santa Missa, tal recolhimento que se julgava estar em lugar deserto.

Era de observar o preceito da liturgia de S. Tiago: "Todos devem se conservar no silêncio, no temor, no medo e no esquecimento das coisas terrestres, quando o Rei dos reis, Nosso Senhor Jesus Cristo, vem imolar-se e dar-se em alimento aos fiéis".

São Martinho conformou-se, exatamente, com esta recomendação. Nunca se sentava na igreja; de joelhos, ou em pé, orava com ar compenetrado de um santo assombro. Quando lhe perguntavam pela razão desta atitude, costumava dizer: "Como não temeria, visto que me acho em presença do Senhor?".



Como outrora a Moisés, Deus poderia ainda dizer-nos hoje: "Tirai os sapatos de vossos pés, porque o lugar onde estais é Santo". Mais santas ainda são as nossas igrejas sagradas, com tanta profusão de unções e orações, e santificações, cada dia, pela oblação do Santo Sacrifício.

Caro leitor, David eleito de Deus, tremendo, aproximava-se da Arca da Aliança, e nós não tremeríamos, ao entrar na igreja, onde se acha o Santíssimo Sacramento? Não nos esqueçamos da severa advertência do Senhor: "Tremei diante de meu santuário" e da exclamação de Jacó: "Quanto é terrível este lugar! É, verdadeiramente, a casa de Deus e a porta dos céus" (Gen. 28, 17).



À vista disto, que pensar dos cristãos que se comportam, na igreja e durante a Santa Missa, como se estivessem na rua, ou em casa? Os Anjos adoram, tremendo e prostrados, a divina Majestade, e entre os assistentes há cristãos que lançam, aqui e acolá, olhares curiosos e provocadores; ocupam-se das pessoas presentes, pensam nos negócios do mundo, nas suas vaidades, falam sem pudor em coisas inúteis, talvez, más, semelhantes aos vendedores no templo que "faziam da casa de oração uma casa de ladrões". As nossas igrejas são mais que uma casa de oração: são a casa de Deus, habitada por Jesus Cristo, dia e noite.



Ora, se o próprio Jesus expulsou, a chicote, os profanadores do templo, como tratará estes cristãos audaciosos?



Dizes: "É mister responder a quem interroga".

- Não é proibido responder a uma pergunta útil nem dizer uma palavra necessária; é proibido, conversar coisas inúteis, fazer observações sobre o próximo, saudar-se mutuamente, como se estivesse na rua, e outras coisas semelhantes que impedem seguir, atentamente, a Santa Missa.

Jesus Cristo nos preveniu: "Os homens darão conta, no dia do Juízo, de toda palavra ociosa" (Mt. 12, 36). Ora, haverá palavras mais inúteis do que as proferidas durante o tremendo Mistério do Altar?



São Crisóstomo opina que os que falam e riem, durante a Santa Missa, merecem ser fulminados na Igreja. Com esta ameaça, o santo Doutor aponta também os que, por direito e dever, deveriam impedir as irreverências: os pais que não repreendem nem corrigem os filhos dissipados; os mestres e amos que não vigiam a atitude de seus alunos e criados.



Testemunhamos ainda nosso respeito, assistindo à Santa Missa, de joelhos. São Paulo nos convida, quando diz que, "ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos" (Fl. 2, 10). Com mais razão ainda, devemos guardar esta atitude durante a presença real do divino Salvador, isto é, desde a elevação até a Comunhão.

Muitas pessoas, homens sobretudo, têm o mau costume de ficar em pé durante toda Missa; apenas inclinam-se à consagração para levantar-se logo depois, como se Jesus não estivesse presente.



Quem não puder permanecer de joelhos durante toda a Missa, poderia ficar em pé até o momento da consagração e depois da Comunhão. A presença real de Nosso Senhor torna também inconveniente o costume de muitas pessoas de sentarem-se, sem motivo de força maior, imediatamente depois da elevação. Se estivessem na presença dos grandes da terra, em alguma reunião mundana, a força não lhes faltaria, mesmo para tomar atitudes muito mais penosas do que a de estar de joelhos!



A piedosa imperatriz Leonor, esposa de Leopoldo I, assistia sempre, de joelhos, à Santa Missa. Quando lhe aconselhavam poupar a saúde e servir-se duma cadeira de braços, dizia: "Todos se inclinam diante de mim, pobre pecadora, ninguém de minha corte ousaria sentar-se em minha presença, e teria eu a coragem de fazê-lo em presença de meu Deus e Criador?"



Aconselharíamos, de boa vontade, às mães, que não trouxessem à Missa os pequenitos que, com os choros, poderiam perturbar o silêncio e incomodar o sacerdote no altar: quanto aos que estão bastante crescidos para aí ficarem quietos, é muito bom conduzi-los.



Terminando, reprovamos ainda outro deplorável abuso: o das senhoras e moças que vão à Missa vestidas à última moda, às vezes bastante indecente para lugar tão santo. Estas pessoas não medem a imensa dívida que contraem para com Deus. Jesus Cristo, do alto da cruz, parece dizer-lhes: "Vê, minha filha, estou atado a este lenho, inundado de sangue, coberto de chagas, para pagar o escândalo de teus trajos inconvenientes. Tu, por ironia cruel, apareces aqui ostentando a elegância; não te envergonhas de mostrar-te a meus fiéis? Toma cuidado para que teu luxo e tua vaidade não te lancem ao fogo do inferno!"



A garridice, o luxo é como um archote que acende desejos ilícitos até no coração dos justos; que fogo não acenderá nos levianos e impuros! As pessoas adornadas com tanto cuidado são sempre perigosas: desviam do altar a atenção dos homens e são a causa de distrações e pensamentos criminosos. Quem prepara o veneno comete um pecado mortal, mesmo que não o tome aquele a quem é destinado; o mesmo acontece com estas pessoas: pecam pelo único fato de expor os outros à tentação. Sua falta é ainda mais escandalosa, quando assim se apresentam na Santa Missa. Como responderão por suas vítimas no dia do Juízo? Acrescenta a isso que são uma ocasião de pecado para outras senhoras, a quem servem de figurinos de imitação.



Terminamos, caro leitor, com uma súplica: [...] lê e relê com atenção. Teu amor para o divino Sacrifício e a Santa Comunhão crescerão, porque, de mais a mais, compreenderás a excelência da Santa Missa, e o tesouro imenso que lucras, assistindo a ela fielmente.

Será, porém, na hora da morte, principalmente, que experimentarás quanto o Senhor é bom para os que honram os sagrados Mistérios do Altar, ao passo que os indiferentes e tíbios meditarão, num amargo, mas inútil arrependimento, o prejuízo que fizeram a seus interesses eternos.



Rogamos a Deus que, por Nosso Senhor Jesus Cristo, seu Filho único, e pela virtude do Espírito Santo, esclareça a inteligência e fortifique a vontade dos que lerão estas linhas, a fim de que aproveitem para sua alma e nos façam participar de suas orações, no Santo Sacrifício.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sinais dados por Nossa Senhora

Durante a aparição de Nossa Senhora em Divinópolis no dia 5/11/2002, apareceram corações na parede, vistos claramente pelos jovens de 15 e 16 anos ali presentes. Estes corações eram um pouco tortos, cada um tinha um formato diferente e desapareceram no fim da aparição. Isso significa que cada um de nós tem um coração diferente e estão tortos devido a nossa situação. Durante a aparição de 13/11/2002, os jovens de 14, 15 e 16 anos presentes viram claramente um coração grande e cinza na parede. Dentro deste coração apareceu outro coração amarelo claro no fim da mensagem. Ambos desapareceram da vista de todos no fim da aparição. Isso significa que no nosso coração escurecido pode surgir um coração iluminado pela graça de Deus e com a ajuda de Nossa Senhora.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Catequese: A questão das imagens:

" NÃO FARÁS PARA TI
ESCULTURA ALGUMA DO QUE ESTÁ EM CIMA NOS CÉUS, OU ABAIXO SOBRE A TERRA, OU NAS
ÁGUAS, DEBAIXO DA TERRA " (Exo 20,4).
Eis o verdadeiro sentido
desta proibição bíblica, no seu contexto: " Eu sou o Senhor teu Deus, que
te fez sair do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de
minha face. Não farás para ti escultura alguma daqueles falsos deuses
(estranhos ou estrangeiros - Sl 81 (80), 10) como na errada imaginação dos
pagãos.
Esta proibição,
intencionada por Deus, repete-se em vários lugares da Bíblia, como por exemplo:
" NÃO ADORES NENHUM OUTRO DEUS " (Exo 34,14) ou " NÃO FARÁS PARA
TI DEUSES FUNDIDOS " (Exo 34,17).
O errado é a idolatria e não as imagens. Ou seja, o errado é
o ato de idolatrar imagens e não fabricá-las!

Não esqueçamos que, na época, havia o politeísmo, ou seja, a crença em vários
deuses. A proibição de Deus se refere ao culto de adoração a alguma imagem que
fosse tratada como o próprio Deus. Como, por exemplo, o povo que faz um bezerro
de ouro para adorá-lo no deserto como se fosse o próprio Deus.

"Tiraram todos os brincos de ouro que tinham nas orelhas e
trouxeram-nos a Aarão, o qual, tomando-os em suas mãos, pôs o ouro em um molde
e fez dele um bezerro de metal fundido. Então exclamaram: 'Eis, ó Israel, o teu
Deus que te tirou do Egito'." (Ex 32, 3-4)
O Própio Deus mandou Moisés fazer imagens dos Querubins:
"Farás
dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da
tampa, um de um lado e outro de outro... Terão esses querubins suas asas
estendidas para o alto e protegerão com elas a tampa ... " (Ex. 25,18s, Ex
37,7; 1 Rs. 6,23; 2 Cr. 3,10).
"Farás o
tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta sobre
as quais alguns querubins serão artísticamente bordados" (Ex. 26,1.31).
Que fique
claro, de uma vez por todas, Deus nunca proibiu imagens, e sim imagens de ídolos.
O mesmo Deus mandou que, no deserto, Moisés
fizesse uma imagem de uma serpente de bronze (Nm 21, 8-9), que prefigurava
Jesus pregado na cruz (Jo 3,14).
Também o rei Salomão, quando construiu o
templo, mandou fazer querubins e outras imagens (I Rs 7,29).
O culto que a
Igreja Católica presta a Deus, e só a Deus, é um culto chamado
"latria", isto é, de adoração. Aos anjos e santos é um culto chamado
"dulia", de veneração.
Existe uma diferença entre
adoração e veneração.

Adorar = Prestar culto a...

Venerar = Reverenciar, fazer memória,respeito.

domingo, 11 de dezembro de 2011

SALVE MARIA E SÃO JOÃO DIEGO!‏

São João (Juan) Diego

Os registros oficiais narram que Juan Diego, para nós João Diego, nasceu em 1474 na calpulli, ou melhor, no bairro de Tlayacac ao norte da atual Cidade do México. Era um índio nativo, que antes de ser batizado tinha o nome de Cuauhtlatoatzin, traduzido como "águia que fala" ou "aquele que fala como águia".

Era um índio pobre, pertencia à mais baixa casta do Império Azteca, sem ser, entretanto, um escravo. Dedicava-se ao difícil trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Possuía um pedaço de terra, onde vivia feliz com a esposa, numa pequena casa, mas não tinha filhos.

Atraído pela doutrina dos padres franciscanos que chegaram ao México em 1524, se converteu e foi batizado, junto como sua esposa. Receberam o nome cristão de João Diego e Maria Lúcia, respectivamente. Era um homem dedicado, religioso, que sempre se retirava para as orações contemplativas e penitências. Costumava caminhar de sua vila à Cidade do México, a quatorze milhas de distância, para aprender a Palavra de Cristo. Andava descalço e vestia, nas manhãs frias, uma roupa de tecido grosso de fibra de cactos como um manto, chamado tilma ou ayate, como todos de sua classe social.

A esposa, Maria Lúcia, ficou doente e faleceu em 1529. Ele, então, foi morar com seu tio, diminuindo a distância da igreja para nove milhas. Fazia esse percurso todo sábado e domingo, saindo bem cedo, antes do amanhecer. Durante uma de suas idas à igreja, no dia 9 de dezembro de 1531, por volta de três horas e meia, entre a vila e a montanha, ocorreu a primeira aparição de Nossa Senhora de Guadalupe, num lugar hoje chamado "Capela do Cerrinho", onde a Virgem Maria o chamou em sua língua nativa, nahuatl, dizendo: "Joãozinho, João Dieguito", "o mais humilde de meus filhos", "meu filho caçula", "meu queridinho".

A Virgem o encarregou de pedir ao bispo, o franciscano João de Zumárraga, para construir uma igreja no lugar da aparição. Como o bispo não se convenceu, ela sugeriu que João Diego insistisse. No dia seguinte, domingo, voltou a falar com o bispo, que pediu provas concretas sobre a aparição.

Na terça-feira, 12 de dezembro, João Diego estava indo à cidade quando a Virgem apareceu e o consolou. Em seguida, pediu que ele colhesse flores para ela no alto da colina de Tepeyac. Apesar do frio inverno, ele encontrou lindas flores, que colheu, colocou no seu manto e levou para Nossa Senhora. Ela disse que as entregasse ao bispo como prova da aparição. Diante do bispo, João Diego abriu sua túnica, as flores caíram e no tecido apareceu impressa a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Tinha, então, cinqüenta e sete anos.

Após o milagre de Guadalupe, foi morar numa sala ao lado da capela que acolheu a sagrada imagem, depois de ter passado seus negócios e propriedades ao seu tio. Dedicou o resto de sua vida propagando as aparições aos seus conterrâneos nativos, que se convertiam. Ele amou, profundamente, a santa eucaristia, e obteve uma especial permissão do bispo para receber a comunhão três vezes na semana, um acontecimento bastante raro naqueles dias.
João Diego faleceu no dia 30 de maio de 1548, aos setenta e quatro anos, de morte natural.

O papa João Paulo II, durante sua canonização em 2002, designou a festa litúrgica para 9 de dezembro, dia da primeira aparição, e louvou são João Diego, pela sua simples fé nutrida pelo catecismo, como um modelo de humildade para todos nós.



Orações a São João Diego

Oração I

Oh, Pai Celestial! Que concedestes a João Diego ser o confidente da Virgem de Guadalupe e assistir ao nascimento da fé em nosso continente, te pedimos, por sua interseção, que socorras aos mais necessitados.

Consolai aos enfermos de alma e corpo, e concedei que o povo Latino-Americano, unido pela força do amor a nossa doce Mãe de Guadalupe, faça de cada uma de suas casas um templo vivo onde adoremos a Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo pelos séculos dos séculos. Amém.

Oração II

Vós que fostes escolhido por nossa Senhora de Guadalupe como instrumento para mostrar a vossa gente e ao mundo que o caminho do cristão é o de amor, compaixão, compreensão, valores, sacrifícios, arrependimento de nossos pecados, apreço e respeito pela criação de Deus, e acima de tudo, e humildade e obediência.

Vós, que agora sabemos que estais no Reino de nosso Senhor e perto de nossa Mãe, sede nosso anjo e protegei-nos, permanecei conosco enquanto lutamos nesta vida moderna sem saber, a maior parte do tempo, onde fixar nossas prioridades.

Ajudai-nos a orar a Deus, por meio do coração de nossa Senhora de Guadalupe até o coração de Jesus, para obter os dons do Espírito Santo e usá-los para o bem da humanidade e o bem de nossa Igreja. Amém.



SÃO JOÃO DIEGO, ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS AVÓS.




Salve Maria Imaculada! Mãe de Deus e nossa Mãe.
Bendito o que vem em Nome do Senhor
Paz e Bem.
Edileuda Contente.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sua mãe era assim? SE ERA ? EIS A RAZÃO DE SUA VITÓRIA‏

MUITO BOA! É A MAIS PURA REALIDADE... POIS QUEM AMA CORRIGE! QUEM AMA O FILHO, NÃO POUPA A VARA.
DEVEMOS DAR A CORREÇÃO JUNTO COM O BOM EXEMPLO, POIS FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É... E NÃO CHICOTE COM AÇÚCAR,




Quem teve mãe assim, hoje deve sentir respeito e gratidão pela sábia educação...





Ensinamentos das MÃES DE ANTIGAMENTE:

Coisas que nossas mães diziam e faziam...

Era uma forma, hoje condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com a gente e por isso não saímos seqüestrando a namorada, calculando a morte dos pais, ajudando bandido a sequestrar a mãe, não aproveitamos dos outros, não pegamos o que não é nosso, etc...


Minha mãe ensinou aVALORIZAR O SORRISO...
"ME RESPONDE DE NOVO E EU TE ARREBENTO OS DENTES!"

Minha mãe me ensinou aRETIDÃO...
"EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NA PANCADA!"



Minha mãe me ensinou aDAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS...
"SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!"

Minha mãe me ensinouLÓGICA E HIERARQUIA...
"PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?"



Minha mãe me ensinou o que é MOTIVAÇÃO...
"CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA
VOCÊ CHORAR!"



Minha mãe me ensinou a CONTRADIÇÃO...
" FECHA A BOCA E COME!"

Minha Mãe me ensinou sobre ANTECIPAÇÃO...
"ESPERA SÓ ATÉ SEU PAI CHEGAR EM CASA!"



Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA...
"CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER SÓ..."


Minha Mãe me ensinou a ENFRENTAR OS DESAFIOS...
"OLHE PARA MIM! ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!"

Minha Mãe me ensinou sobre RACIOCÍNIO LÓGICO...
"SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA!"



Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL...
"SE VOCÊ NÃO COMER ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA SUA BARRIGA VÃO COMER VOCÊ!"



Minha Mãe me ensinou sobre GENÉTICA...
"VOCÊ É IGUALZINHO AO SEU PAI!"



Minha Mãe me ensinou sobre minhas RAÍZES...
"TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É?"

Minha Mãe me ensinou sobre a SABEDORIA DE IDADE...
"QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER."

Minha Mãe me ensinou sobre JUSTIÇA...
"UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM!"


Minha mãe me ensinou RELIGIÃO...
"MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!"

Minha mãe me ensinou o BEIJO DE ESQUIMÓ...
"SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO SEU NARIZ NA PAREDE!"


Minha mãe me ensinou CONTORCIONISMO...
"OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!"



Minha mãe me ensinou DETERMINAÇÃO...
"VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA COMIDA!"



Minha mãe me ensinou habilidades como VENTRÍLOGO...
"NÃO RESMUNGUE! CALA ESSA BOCA E ME DIGA POR QUE É QUE VOCÊ FEZ ISSO?"

Minha mãe me ensinou a SER OBJETIVO...
"EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!"



Minha mãe me ensinou a ESCUTAR ...
"SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!"




Minha mãe me ensinou a TER GOSTO PELOS ESTUDOS...
"SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE!..."



Minha mãe me ajudou na COORDENAÇÃO MOTORA...
"JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!"



Minha mãe me ensinou os NÚMEROS...
"VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA!"


Brigadão, Mãe !!!

Eu não virei bandido.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A profundidade do Ofício da Imaculada Conceição

Profundidade além de toda nossa imaginação.

Em 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio IX, depois de várias reuniões com os estudiosos da Igreja, definiu como Dogma de fé a doutrina da Imaculada Conceição na Bula Ineffabilis Deus.

Este Ofício foi escrito originalmente em latim no século XV pelo monge franciscano Bernardino de Bustis, que desejava proteger a Imaculada Conceição dos inúmeros combates que vinha sofrendo desde o século XII.

Aprovado pelo Papa Inocêncio XI em 1678, foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876 com 300 dias de indulgência cada vez que recitado. Na reforma do Concílio Vaticano II, Paulo VI modificou a doutrina das Indulgências, concedendo Indulgencia Plenária àqueles que rezarem o Ofício da Imaculada Conceição com fé.

AGORA LÁBIOS MEUS – O Ofício começa com a palavra Agora. Não é um simples advérbio de tempo, indicando o começo da ação, mas é uma palavra conclusiva, que comemora os favores recebidos, enriquecida de gratidão e de carinho para com a Mãe de Deus, que é também nossa Mãe. O agora deste Ofício é muito parecido com o entusiasmo do velho Simeão quando recebeu nos braços o Salvador “Agora, Senhor, podes deixar-me partir em paz…”

SEDE EM MEU FAVOR – imploramos a intercessão de Maria contra os inimigos sejam eles materiais (físicos) ou espirituais. A conclusão glorificando o Pai, o Filho e o Espírito Santo mostra a íntima ligação do Mistério de Maria com o Mistério da Santíssima Trindade, sobretudo na pessoa do Filho. O Mistério de Maria é essencialmente Cristológico.

Maria vive em íntima união com a Santíssima Trindade. Assim disse o Concílio Vaticano II: “Maria é dotada com a missão sublime e a dignidade de se ser Mãe de Deus, e por isso, filha predileta do Pai e sacrário do Espírito Santo” (LG 53). A virgem Imaculada vive imersa no mistério da Trindade, louvando a glória de Deus e intercedendo pela humanidade (Puebla, 293)

SENHORA DO MUNDO - proclamam-no todas as línguas Domina Nostra, Madonna Mia, Notre Dame, Nuestra Señora, Nossa Senhora… É uma vassalagem universal. Lemos no livro do Êxodo (Cf. Ex 15, 20-21) que Maria, irmã de Moisés, foi guiando as mulheres. Esta Maria era figura da Santíssima Virgem que também se chamou Maria, mestra e senhora que nos guia para o outro lado, para o céu. O fato de ser Mãe de Deus é que confere a Maria os direitos de domínio do mundo.

ESTRELA DA MANHÃ- os antigos acreditavam que cada homem nascia sob a proteção de uma estrela. Maria é esta estrela. Estrela da manhã porque foi ela quem precedeu, na mente do Altíssimo, ao dia da Criação. Foi ela quem precedeu ao dia da Redenção. Desde que se levantou radiosa, sempre seu brilho venceu o das demais e nunca teve o ocaso sombrio do pecado. Feliz aquele que se deixa guiar por esta Estrela. Mais recentemente o Papa a declarou Estrela da N ova Evangelização.

CHEIA DE GRAÇA DIVINA - Ave cheia de graça, o Senhor é contigo (Lc 1,28). Do princípio ao fim a vida de Maria é graça, é experiência da misericórdia e da bondade de Deus. Maria possui a plenitude da graça; daí sua valiosa intercessão junto a Deus para alcançar as graças que necessitamos. A graça divina fez de Maria jardim ornado de todas as virtudes.

FORMOSA E LOUÇÃ - pela graça divina, é realmente a Virgem Maria “formosa e louçã”. Diz um autor: “Como não sereis toda engraçada em vós, e para nós toda graciosa, se sois a Mãe da Divina Graça? Ó Santíssima, ó Suavíssima, ó toda formosa e engraçada Maria!”

DEFENSORA DO MUNDO - o mundo está com muita pressa de auxílio. E a quem recorremos senão àquela que é um “forte esquadrão contra o inimigo”?

AB ETERNO – DESDE TODA ETERNIDADE. Ao decretar desde toda eternidade a Encarnação do Verbo, Deus não o fez de um modo abstrato e indeterminado, mas sim estipulando os pormenores das condições necessárias para cumprimento deste decreto.

MÃE DO VERBO - No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito(Jo 1,1-3). Ele é a Imagem do Deus invisível, o Primogênito de toda criatura, porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis. Tronos, Soberanias, Principados, Potestades, Autoridades, tudo foi criado por ele e para ele. Ele é antes de tudo e tudo nele subsiste (Cl 1 ,15-17) . Se o Filho encarna, precisa de uma Mãe que o dará à luz permanecendo Virgem. Além disso, essa Mãe deve ser digna dele quanto seja possível, logo, antecipadamente terá todos os privilégios que Deus pode conceder. Por conseguinte receberá todas as honras que comporta a sua condição.

ESPOSA DE DEUS - Maria é a Virgem desposada por Deus. Maria “Esposa de Deus” diz respeito diretamente à relação Maria e a Igreja que ocorre amplamente nas reflexões dos Padres da Igreja (Clemente de Alexandria, Ambrósio, Agostinho, Leão Magno, e tantos outros). Isaac de Estela, discípulo de São Bernardo, dizia: “Ambas Mães, ambas Virgens, ambas concebem por obra do espírito Santo… Maria… gerou ao Corpo a sua Cabeça; a Igreja… dá a esta Cabeça o seu corpo. Uma e outra são Mães de C risto, mas nenhuma delas o gera todo inteiro sem a outra. Por isso justamente, aquilo que é dito em geral da Virgem Mãe Igreja se entende igualmente da Virgem Mãe Maria.

MESA PARA DEUS ORNADA / COLUNA SAGRADA DE GRANDE FIRMEZA - casa a Deus dedicada com sete colunas e mesa preparada. Refere-se àquela passagem dos Provérbios (9, 1-2): “A sabedoria edificou para si uma casa, levantou sete colunas… e dispôs sua mesa”. Diz São Bernardo que aquela Sabedoria, que era o próprio Deus, edificou para si uma casa que foi sua própria Mãe, na qual ergueu sete colunas que são as virtudes teologais e cardeais (Fé, Esperança, Caridade, Justiça, Temperança, Fortal eza e Prudência).

MÃE CRIADORA - Nova Eva. Da mesma sorte que Adão é figura de Cristo (novo Adão), Eva é figura de Maria (Nova Eva). Este é um singular paralelismo que percebemos nos Padres da Igreja, feito entre Eva e Maria, modelado e inspirado no paralelismo entre Cristo e Adão (Rm 5,14; 1Cor 15, 22.45). O paralelismo entre Eva e Maria foi constituído já no século II por Justino e Ireneu: a Velha Eva que também era Virgem preferiu ouvir a voz da Serpente gerando, portanto, o pecado; a Nova Eva, Maria, a Virgem que soube ouvir a Palavra de Deus, gerou no seu santíssimo ventre, o próprio Filho de Deus. Assim a primeira Eva trouxe a tristeza e o pecado. Já a Nova Eva, trouxe-nos a paz, a esperança, o perdão e a graça salvífica. E por isso chamada Mãe da nova Criação. “Enquanto peregrinamos Maria será a Mãe e a educadora da fé. Ela cuida que o Evangelho nos penetre intimamente, plasme nossa vida de cada dia e produza em nós frutos de santidade” (Puebla 290). Ao pé da cruz, Maria recebeu de Jesus agonizante a missão de ser mãe de todos os que seriam seus discípulos (Jo 19,26).

SOIS DOS SANTOS PORTA - Maria, porta do céu. As figuras de “porta, limiar, entrada, umbral”, já desde a época dos Padres da Igreja, se aplicam à Virgem Maria para esclarecer sua função de Nova Eva, ou sua maternidade virginal ou sua intercessão suplicante em favor dos fiéis. Eva inocente, que venceu pela humildade o orgulho da primeira mulher, abrindo o que esta fechara: Virgem humilde que nos abriu a porta da vida eterna: o que Eva incrédula fechara – aquela fiel abriu. As portas do paraíso que Eva fechou foram abertas por ti, Virgem Maria. Maria é porta radiante luz, pela qual, Cristo, Luz do Mundo, refulgiu para nós. A Igreja não duvida disto: pela bem aventurada Virgem Maria, de quem nos veio o Salvador, nos descerão dons da graça celeste e se nos abrirá a feliz porta do céu.

DOS ANJOS SENHORA - Santo Tomás, explicando a Saudação Angélica, observa que no Antigo Testamento era grande honra para os seres humanos a aparição dos seres angélicos. E grande honra também era poderem os homens reverenciar aos Anjos. Que um Anjo, porém, reverenciasse ao homem, nunca se ouviu contar, a não ser depois da saudação a Maria, quando se verificou que, na natureza humana, havia quem fosse maior do que os anjos na plenitude da graça e intimidade com Deus.

ESTRELA DE JACÓ - Nm 24,17: “Eu vejo – mas não agora, eu o contemplo – mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta procedente de Israel. E esmaga as têmporas de Moab…” A estrela de Jacó é Maria que descende do grande patriarca. E Jesus é o cetro que se levantou de Israel e feriu os capitães de Moab, isto é, o mal e a morte, e nos deu a vitória.

REFÚGIO DOS CRISTÃOS - Maria Santíssima que reina gloriosa no céu trabalha misteriosamente na terra, mostrando a seus filhos o caminho da verdade. Não raro sucedeu que os fiéis, por guardarem sempre vigoroso o amor e o culto à Mãe de Jesus, mesmo destituído de todo auxílio espiritual, conservaram contudo integralmente sua fé. Maria é o amparo na fé.

Quando Pio VII (+1823) foi arrancado da Sé de Pedro pela violência das armas e detido em estrita prisão, toda a Igreja erguia preces a Deus pela intercessão da Virgem Maria: sucedeu então, sem se esperar, a libertação do Sumo Pontífice e a sua volta para Roma em 24 de maio de 1814, e sua restituição ao trono pontifício. Por isso o Papa pio VII decretou que se celebrasse para sempre em Roma, a 24 de maio, uma festa em honra de Maria, Auxilio dos cristãos. Ela é o auxílio do cristão para que, com a proteção dela, trave o combate da fé com intrepidez, permaneça firme na doutrina dos apóstolos e caminhe seguro entre as tempestades do mundo.

A VIRGEM A CRIOU DEUS NO ESPÍRITO SANTO / E TODAS AS SUAS OBRAS COM ELA AS ORNOU - já vimos que nada se fez sem o Verbo. Mas nada se fez também sem o Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho. Sem o Amor nada se faz. Aquele mesmo Espírito de quem diz o Gênesis (1,2) que, fecundando, pairava sobre as águas, já preparava o mais lindo ornamento de todas as obras: Maria.

TRONO DE SALOMÃO - 1Rs 10, 18-20. Do trono de Salomão diz a Sagrada Escritura que nunca se fez coisa tão preciosa pelos reinos do mundo. Era de marfim coberto de ouro finíssimo, com seis degraus e sustentado por duas mãos. Maria é o trono do verdadeiro Salomão ou Rei Pacífico, Jesus. É trono de marfim, por sua pureza e inocência, revestido do ouro finíssimo da mais ardente caridade. Duas mãos a sustentam, que são a humanidade e a divindade de Jesus.

ARCA DO CONCERTO (DA ALIANÇA) - Ex 25, 10-16. A Arca da Aliança, conservada e venerada no Templo de Salomão, coberta por fora e por dentro do mais puro ouro. Continha as duas tábuas da lei que Deus havia promulgado no Sinai. Conservava-se ali também um vaso que continha um pouco do maná que durante tantos anos caíra do céu para alimento do povo hebreu no deserto. Figura belíssima de Maria. Virgem, dotada de todas as graças e enriquecida da mais imaculada pureza tanto no que diz re speito ao corpo como no que se refere à alma, ela trouxe no seu casto seio o Verbo Eterno, o legislador divino da lei da graça, o autor da nova aliança entre Deus e os homens. Ela deu ao mundo Jesus Cristo, nosso Redentor, que é o verdadeiro maná, o pão celeste, o pão da vida, descido do céu. Lembramos ainda das passagens que dizem que Maria guardava as Palavras de Jesus no seu coração e as meditava (Lc 2,19. 51).

VELO DE GEDEÃO - Jz 6, 36-40. O velo de Gedeão é símbolo de muitos mistérios, mas principalmente de Maria Imaculada. Querendo Gedeão esclarecer-se a respeito de milagrosa aparição que tivera, deixou do lado de fora de sua casa, durante a noite, o velo de um carneiro (couro de carneiro com a lã). E com grande espanto verificou pela manhã que o relento caíra todo no velo, enquanto tudo em redor ficara seco. Na noite seguinte repetiu a mesma prova desta vez o velo estava seco e tudo o mais coberto de orvalho.

Com este milagre ficou sabendo Gedeão que seria eleito para vencer os inimigos de seu povo depois de sete anos de dura opressão. São Bernardo comenta que o velo simboliza Maria que, única, foi concebida sem pecado original e, por primeira recebeu de Jesus a sua graça que havia de espalhar-se depois pelo mundo. A Igreja reconhece no velo recoberto de orvalho uma figura do Mistério da Encarnação do Verbo Divino no seio puríssimo da Virgem Maria dizendo: Senhor, quando nasceste de um modo inefável da Virgem, cumpriram-se as Escrituras que diziam “desceste como orvalho no velo a fim de salvar o gênero humano. E São Bernardo ainda diz: “Tu és, ó Maria, o terreno umedecido, impregnado de celeste orvalho”.

ÍRIS DO CÉU CLARA - Gn 9, 8-17. Quando Deus fez as pazes com a terra, depois do dilúvio, deixou um símbolo agradabilíssimo de união e de paz: o arco-íris. E, no Novo Testamento, para mostrar a sua misericórdia para com os homens, deixou não apenas um símbolo, mas um verdadeiro traço de união: a Virgem Maria – Rainha da Paz. O arco-íris tem sete cores. Maria tem os sete dons do Espírito Santo. O arco-íris foi o sinal da aliança depois do dilúvio. Maria foi o sinal da aliança depois do pecado.

SARÇA DA VISÃO - Ex 3,1-6. Maria imaculada, como a sarça que ardia sem se consumir, deu à luz seu filho sem perder o privilégio da virgindade. São Gregório de Nissa diz: “Não é porventura um grande milagre ver uma virgem que se torna mãe sem deixar de ser virgem?” E São Bernardo acrescenta: “O que podia designar a sarça que ardia e não se consumia a não ser a virgem que deu à luz sem sentir as dores do parto?”. E canta assim a liturgia bizantina: “Como a sarça que não se consome a rdendo, assim a Virgem deu à luz. Cristo com o fogo de sua divindade não fez arder a criatura na qual se encarnou, antes conservou intacta a sua virgindade”.

FAVO DE SANSÃO - Jz 14, 5-9. Conta o livro dos Juízes que indo Sansão viajando com seus pais para a casa de sua noiva, ao se aproximarem das vinhas da cidade, apareceu um leão novo, feroz e que rugia fortemente e avançou contra Sansão. Mas o espírito do Senhor apossou-se de Sansão e ele despedaçou o leão como se fosse um cordeiro, sem arma alguma na mão . Mas nada disse a seus pais. Quando voltavam alguns dias depois Sansão afastou-se do caminho para ver o cadáver do leão e eis qu e na boca do leão estava um enxame de abelhas e um favo de mel. E, tomando-o nas mãos ia comendo pelo caminho, e chegando onde estavam seu pai e sua mãe, deu-lhes uma parte que eles também comeram. Assim como, dentro da boca de uma fera, se encontrou um favo, também no seio da humanidade não tão humana, encontrou-se Maria. E assim como, no seio da morte (no cadáver do leão), encontrou-se a vida (enxame de abelhas), assim também dentro da humanidade pecadora encontrou-se Maria: concebida sem pecado. Maria, laboriosa e humilde abelha que nos preparou o favo dulcíssimo, Jesus, que saboreamos pelo caminho da nossa vida toda vez que recebemos a Eucaristia.

FLORESCENTE VARA - Nm 17, 16-26; Is 11, 1-2. O livro dos números conta que a escolha de Aarão foi feita da seguinte forma: Deus mandou que um varão de cada tribo de Israel colocasse uma vara junto ao Tabernáculo e a vara do escolhido florescia. Foi o que aconteceu coma vara de Aarão onde apareceram botões, depois flores e frutos sem prejudicar o seu frescor. Essa vara, diz São Bernardo, é figura de Maria que floresceu sem raízes e sem a seiva da natureza; pois ela se tornou fecund a e deu à Luz Jesus sem a mínima alteração de sua pureza virginal, à maneira da vara de Aarão que nada perdia de sua verde folhagem, produzindo flores e frutos. No texto de Isaías lemos que “um ramo brotará do trono de Jessé”. Jessé foi o Pai do rei Davi, de quem Jesus era chamado filho (Mt 21,9), por ser descendente seu. Maria é este ramo de floresce quando dela nasce Jesus.

DA TRINDADE TEMPLO - A Santíssima Virgem por especial razão é Templo. Carregando em seu seio imaculado o próprio Filho de Deus, tornou-se Templo do verdadeiro Deus. Tendo guardado em seu coração a palavra de Deus (Lc 2, 16-17), tendo amado ardentemente a Cristo e conservado fielmente seus dizeres , vieram a ela o Pai e o Filho, e nela estabeleceram sua morada, segundo a promessa do próprio Senhor (Jo 14,23). Maria é o Templo Santo construído com indizível arte pelo Senhor; templo singular da glória de Deus pela obediência da fé e mistério da Encarnação, templo da justiça, templo da piedade para nós pecadores… templo repleto do Espírito Santo. Diz São Gregório: “És esplendor de luz, ó Maria, no sublime reino espiritual! Em ti o Pai, que é sem princípio e cuja potência te cobriu, é glorificado. Em ti que carregaste segundo a carne, é adorado. Em ti o Espírito Santo, que operou nas tuas entranhas o nascimento do grande Rei, é celebrado. É graças a ti, ó cheia de graça, que a Trindade Santa e consubstancial pôde ser conhecida no mundo”.

HORTO DE DELEITES - Gn 2, 8-15. O Horto, na terra do Éden – nome que significa delícia – tinha a virtude de produzir, sem o auxílio do homem, os mais deliciosos frutos e a mais linda vegetação. Uma fonte abundantíssima fertilizava todo aquele jardim. Perfeito símbolo de Maria que, sendo Virgem, também é Mãe. Sua fecundidade vem do Espírito Santo. São João Damasceno diz: “Tu és o Horto espiritual, mais santo e mais divino que o antigo, pois este foi a morada de Adão e tu foste o pa raíso daquele que desceu do céu para habitar em ti”.

PALMA DE PACIÊNCIA - Vencedora do demônio. Maria Santíssima é suportadora das angústias e sofrimentos de sua missão de Mãe do Redentor. À Maria dá-se com extrema justeza, o título ou figura de palma da vitória, sendo nosso modelo para que, a seu exemplo vençamos as tentações. Por analogia Maria é comparada também à resistente palmeira, que os vendavais não conseguem abater. Maria, palmeira eleita, passou por todas as tribulações sem vergar. Estava de pé juntoà cruz sem que a veemê ncia da dor a pudesse prostrar. Mártires e confessores têm-na como Rainha, porque soube viver e morrer dando heróicos testemunhos de fé (Gn 3,15).

TERRA BENDITA E SACERDOTAL - A terra, o terreno do Paraíso terrestre era virgem, não lavrada por mãos humanas, sendo no entanto, fertilíssima porque era obra de Deus; produzia plantas, flores e frutos (símbolo das virtudes) e não dava nenhum espinho (figura do pecado). Era portanto terra santa. Da filha desta terra bendita, fertilizada pelo Espírito Santo – Maria – nasceu o Salvador, sumo Sacerdote, sumo Sacerdote, realizando a profecia de Isaías: “Abra-se a terra e germine o Salv ador”. É também figura de Maria pela beleza e fartura, em suma, pelas excelências. Terra de Canaã fecunda apontada a Moisés (Gn 2,8; Dt 8, 7-10).

CIDADE DO ALTÍSSIMO - Aqui se faz alusão à cidade de Jerusalém que teve a honra de ser preferida para aa construção do Templo, onde Jesus haveria de ensinar mais tarde. Maria foi comparada ao Templo, é comparada agora a Jerusalém, cidade santa. Ou melhor, Maria é a verdadeira Jerusalém, pois ao invés de dar a morte, deu a vida ao Redentor, e nunca foi destruída e nem mesmo ameaçada pelo inimigo.

PORTA ORIENTAL - Ez 46, 1-3. A liturgia se serve da mesma comparação no Ofício do Advento: Salve Porta Oriental!, porque foi por Maria que raiou o divino oriente – seu Filho Jesus. Lê-se em Ezequiel: “Isto diz o Senhor: a porta do átrio interior, que olha para o oriente, estará fechada durante os seis dias que são de trabalho; mas abrir-se-á no dia de Sábado, e também se abrirá no primeiro dia de cada mês. E o príncipe entrará pelo caminho do vestíbulo da porta… e fará adoração so bre o limiar desta porta, e depois sairá, e a porta não se fechará até a tarde. E o povo do país fará sua adoração à entrada daquela porta nos dias de Sábado”. Maria é a porta Oriental donde saiu o Sol da Justiça; é aporta que se abre ao pecador, pela misericórdia. A porta se abrirá e não se fechará mais. O povo se aproximará sem medo e adorará o Senhor, glorificando a divina Mãe.

LÍRIO CHEIROSO ENTRE OS ESPINHOS - Ct 2, 1-2. Santa Brígida diz que “assim como a rosa cresce entre os espinhos, assim cresceu Maria entre os sofrimentos”. Espinhos também são nossos pecados; espinhos são as blasfêmias e ingratidões para com seu Imaculado Coração. Além disso, o lírio é uma flor que reflete tranqüilidade pelo seu aspecto, símbolo da pureza pela sua nitidez, da beleza pelos seus contornos, do encanto pela sua fragrância. Dentre as flores é, portanto, a que mais e me lhor se pode comparar a Maria, que além do mais, como a Santíssima Virgem, tem o poder de cura.

TORRE DE DAVI - 2Sm 5,9; Ct 4,4. Acena-se a uma das muitas torres que Davi mandou erguer na cidade de Sião. A Virgem é apresentada como uma fortaleza contendo as defesas contra os inimigos e o arsenal de armas para combatê-los. Para isso eram construídas as torres. Maria Santíssima é uma torre tão bem edificada que, como São Tomás de Villanova podemos dizer: “Ocupando-lhe a praça forte o próprio Deus, não podia este sem grande cuidado, permitir ao demônio que dela se apoderasse, n em um instante sequer. Para isso teve que comunicar-lhe um poder inquebrantável, transformando-a numa verdadeira fortaleza davídica”. Assim Maria é aquela criatura santa que nunca foi vencida pelo pecado, toda cheia de graça e fiel a Deus. É nisso precisamente que consiste o mistério da Imaculada Conceição, que nos apresenta em Maria o rosto do homem novo redimido por Cristo, no qual Deus recria ainda de modo mais admirável o projeto do paraíso (Puebla, 298).

A MULHER E O DRAGÃO - Após o pecado dos primeiros pais quando Deus amaldiçoou a serpente, Ele anunciou que a descendência da Mulher haveria de esmagar-lhe a cabeça (Gn 3, 15). Por isso, Maria Imaculada aparece com a cobre debaixo dos pés. Trazendo ao mundo o Salvador, ela deu início a vitória do Bem sobre o Mal. Outra citação vemos em Ap 12. Há, portanto, duas grandes seduções, ou dois grandes ataques do demônio (dragão) com relação à mulher: a astúcia da serpente que quer que a i nteligência contemplativa de Eva seja apenas uma inteligência eficaz (conhecedora de tudo = Deus) e a oposição brava do dragão com relação à mulher, para que ela deixe de ser fonte de vida. A diferença entre esses dois ataques é que na grande visão do Apocalipse a mulher não cai na armadilha. Ela é ajudada por Deus, recebe as “duas asas de grande águia e voa para o deserto”, onde Deus lhe preparou um refúgio. O demônio, no seu ataque contra a fecundidade, portanto, jamais será vitorioso: ele não pode ser vitorioso. Mas irá muito longe: bem sabemos hoje que ele vai muito longe no seu ataque contra a fecundidade segundo a carne e o sangue, e também contra a fecundidade espiritual. Ele tenta por todos os meios suprimir essa dupla fecundidade. Mas há um socorro de Deus para a Mulher, e, portanto, para a criatura que deve ser fonte de vida e guardiã da vida. Esse socorro divino, são as duas asas da grande águia. Estas duas asas da grande águia são, segundo os Padres da Igreja, a adoração e a contemplação. Se a mulher – isto é, a criatura na sua fraqueza– continuar a adorar e contemplar, ela não cairá na armadilha do dragão.

MULHER FORTE - O livro dos Provérbios (31, 10-31) faz o elogio da perfeita dona de casa, que se mostra solícita, corajosa e operante em tudo que faz. Em todos os tempos, inclusive hoje, existem mulheres que vivem esse ideal de doação total. Porém, mais que todas, Maria sempre teve essa fortaleza de ânimo para executar sua missão no lar e na sociedade. Foi ela a “a mulher forte que conheceu a pobreza e o sofrimento, a fuga e o exílio; é o modelo para os que não aceitam passivamente as circunstâncias adversas da vida pessoal e social, nem são vítimas de alienação” (Puebla, 297,302); tornou-se assim exemplo “para a mulher contemporânea, desejosa de participar com poder de decisão nas opções da Comunidade (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 37).

INVICTA JUDITE - Jd 8,4-8; 15,8-10. No Livro de Judite ela é cognominada Libertadora de Betúlia; à semelhança do livro de Éster, é uma história de libertação do povo por uma heroína: Holofernes, enviado com 132 mil homens pelo rei da Assíria, Nabucodonosor, para invadir a Ásia ocidental, acampa em Betúlia, sitiando a cidade. Judite, seduzindo o general inimigo cortou-lhe a cabeça depois de embriagá-lo; leva Judite então, esse troféu de guerra e exibe-o a seu povo em Betúlia. Eis a aplicação como figura de Maria que nos liberta de Satanás. A Igreja exalta a Maria com as mesmas palavras com que os hebreus festejaram o triunfo desta mulher corajosa que, arriscando a vida, cortou a cabeça do general inimigo e assim salvou seu povo: “Tu és a glória de Jerusalém, és a alegria de Israel, a honra de nosso povo!” .

ALENTASTES O SUMO DAVI - Na história de Davi se conta que ele, estando já velho, mandou que lhe procurassem uma jovem esposa para assisti-lo e cuidar dele. Procuraram em todo território de Israel e trouxeram-lhe uma jovem belíssima, chamada Abisag de Sunan, que o serviu e se tornou sua esposa, mas permaneceu virgem (1Rs 1,1-4). Cristo realizou as esperanças que o povo colocava em Davi; por isso ele foi reconhecido como um novo Davi, um Filho de Davi. A seu lado, Nossa Senhora torn ou-se a esposa virginal de Deus.

MARIA E RAQUEL - Gn 29, 15-30; 37; 39; 41,37-57. Conta o Livro do Gênesis que chegou Raquel certo dia com os rebanhos de seu pai Labão, para apascentá-los. Vendo-a Jacó e sabendo que ela era sua prima irmã e que aqueles rebanhos pertenciam ao sei tio Labão, ajudou Raquel a levantar a pedra do poço para dar de beber ao rebanho. Raquel era formosa e muito agradável. E Jacó, sentindo uma grande afeição disse para Labão que serviria sete anos pela sua segunda filha, Raquel. O texto sa grado mostra-nos em Raquel uma mulher de rara beleza e de uma grande amenidade de temperamento. Sob esse duplo aspecto, tornou-se a filha de Labão uma impressionante figura da formosa e mansa Virgem Maria. Raquel foi sempre, por parte de Jacó, o objeto de um amor cuja ternura não se enfraqueceu jamais.

A virgem Maria foi o objeto das complacências eternas e de uma predileção sem par da parte de Deus. Mas o que de mais significativo é que Raquel foi a mãe de José. José foi vendido por seus irmãos e levado para o Egito. Esta venda proporcionou depois a salvação do Egito e o Faraó o declarou salvador do mundo. Jesus foi vendido por Judas aos Judeus e esta venda operou a salvação de nossas almas. José perdoou, alimentou com o trigo, enriqueceu e salvou seus irmãos da morte. Jesus também perdoou do alto da cruz e continua perdoando pelo sacramento da Reconciliação; alimenta com a Eucaristia e nos enriquece com a sua graça e dons do divino Espírito Santo. Por fim, Jesus é o Salvador do mundo e vencedor do pecado e da morte. “Do Egito o curador de Raquel nasceu, do mundo o Salvador Maria no-lo deu”.

RELÓGIO ATRASADO - 2Rs 20,8-11; Is 38,7-8. O episódio bíblico referido aqui é o da cura obtida pelo rei Ezequias por intervenção do profeta Isaías. Quando este anunciou ao rei que ficaria curado, ele não quis acreditar sem antes ver um sinal do céu, que confirmasse as palavras do Profeta. Isaías então disse que a sombra do sol, com a qual se marcavam as horas no relógio solar, haveria de atrasar dez graus, como se as horas do dia voltassem atrás. Para entendermos que semelhança po de haver entre esse relógio e Maria Santíssima, temos de ler a estrofe seguinte (Para que o homem suba às sumas alturas / desce Deus dos céus para as criaturas) que fala da descida de Deus até junto das criaturas. O Verbo se humilhou, tomando a forma de servo (Fl 2,7), quando se encarnou no seio de Maria; o sol que retrocede representa o Cristo que se rebaixa, fazendo-se homem. Então Maria é comparada ao relógio, no qual se realiza essa aniquilação do Sol divino. Outra analogia que se pode fazer é que em Nossa Senhora no momento de sua Concepção Imaculada o sinal da Redenção foi nela impresso antecipadamente, em virtude da previsão dos méritos do seu divino Filho. As sombras do pecado original foram como que recuando para dar passagem a essa alma predestinada, que deva irradiar ao mundo o Sol da Justiça, Jesus Cristo, Salvador dos homens.

FIZESTE NASCER SOL TÃO FECUNDO - Cristo é a luz do mundo, é o Sol da Justiça. Cristo nasceu de Maria. A igreja recorda freqüentemente esse mistério de Maria: Fonte de Luz (São João Damasceno); Janela do céu pela qual o Pai derramou sua luz (São Fulgêncio); Maria é a Mãe da Luz: da luz que ilumina os próprios Serafins; da Luz que ilumina os últimos confins da terra; da Luz que disse Eu sou a luz do mundo; da luz que iluminou todas as coisas que estão no céu e na terra (Santo Epifân io). Deus prometeu através do profeta Malaquias: “Para vós que temeis o meu Nome brilhará o Sol da Justiça” (Ml 3,20). Esse Sol é o Cristo Salvador, que faz Maria resplandecer com sua Luz, pois Ele é a luz do mundo (Jo 8,12). Por isso São João viu Maria no Apocalipse como “uma mulher vestida com o sol” (Ap 12,1).

OS CEGOS ERRADOS VÓS ALUMIAIS - a nós que muitas vezes erramos o caminho, cegos pelas ilusões do mundo, Nossa senhora nos aponta aquele que é o “Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6) dizendo-nos como nas bodas de Cana “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5).

E COMO COM NUVENS COBRISTES O MUNDO - Eclo 24,6: “À semelhança de uma névoa, eu cobri a terra toda”. Esta nuvem é um símbolo de Maria:

1º) porque cobriu a miséria e nudez dos homens com a sua misericórdia e graça;

2º) porque aquece a nossa tibieza e desânimo, tornando-os fervorosos e ativos;

3º) porque assim como, quando vem a névoa e sopra o vento norte, desaparecem o gelo e os rigores do vento sul, ficando a terra fecunda, assim também, por Maria, que atrai o Espírito Santo– sopro vindo do céu – dissolve-se o gelo e quebra-se a dureza de nosso coração, ficando desse modo fecundo. Em Puebla os Bispos disseram: “Maria não vela apenas pela Igreja. Tem um coração tão grande quanto o mundo e intercede ante o Senhor da história por todos os povos. Isto bem registra a fé popular, que põe nas mãos de Maria, como Rainha e Mãe, o destino de nossas nações” (289).

RAINHA DE CLEMÊNCIA - Esse título celebra a benignidade, generosidade e dignidade de Maria, que elevada aos céus, realiza a figura da rainha Ester (Est 4,17) e sem cessar roga a seu Filho pela salvação do povo, que confiante se refugia junto a ela nas tribulações e perigos. A Virgem Maria é, portanto, a Rainha Clemente que, conhecedora singular da misericórdia de Deus, acolhe todos os que junto dela se refugiam. Por isso é chamada consolação dos penitentes e esperança dos aflitos. A Virgem Maria, no céu, apresenta constantemente as necessidades dos fiéis ao Filho como o fez em Caná (Jo 2, 1-11).

DE ESTRELAS COROADA - Em Ap 12,1, aparece no céu, como um grande sinal, a Mãe do Messias, coroada de doze estrelas. A liturgia aplica esse texto à Assunção de Maria, na qual “se nos manifestam o sentido e o destino do corpo santificado pela graça. No corpo glorioso de Maria, começa a criação material a ter parte no corpo ressuscitado de Cristo. Maria é a integridade humana, corpo e alma, que agora reina intercedendo pelos homens, peregrinos na história” (Puebla 298).

ESTAIS DE OURO ORNADA - O Salmo 44 composto para celebrar as núpcias do rei, descreve o cortejo formado pelas princesas. A rainha, que traja vestes douradas e está à direita do rei, simboliza Maria que, “ao lado do Rei dos séculos, resplandece como Rainha e intercede como Mãe” (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 6).

MÃE DA GRAÇA - Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é o único mediador sempre vivo a interceder por nós ao Pai (Tm 2,5; Hb 7,25). Mas a Santíssima Virgem é mãe e medianeira da graça porque Deus Pai por misterioso desígnio da providência, a constituiu mãe e companheira do Redentor. Mãe da graça é a Santíssima Virgem porque foi a que trouxe em suas castas entranhas ao Deus e homem verdadeiro e nos deu o próprio Autor da graça.

SEGURO PORTO AOS NAVEGANTES - Para os que enfrentamos as tempestades deste mundo, Maria é “vida, doçura, esperança nossa”. Santo Afonso dizia que a devoção a Maria é sinal seguro de salvação; afirmou também que um verdadeiro devoto de Maria não se perde, pois ela tudo alcança junto de seu Filho em favor dos que a invocam.

ESTRELA DO MAR - Santo Tomás explica assim esse título de Maria: “Assim como por meio da estrela do mar os navegantes são orientados para o porto, assim os cristãos por meio de Maria são conduzidos para a glória. E é precisamente este o significado do nome Maria: Senhora do mar. O mar pode ser entendido como nossa vida cujas saudades lembram as distâncias do Porto, cujas vaidades crescem e se desmancham como as ondas; cujo tédio as vezes cansa e desanima como as calmarias; cujas t entações sacodem e abalam como os ventos fortes. Maria é a Estrela do Mar, pois quando aparece tranqüiliza nossa saudade, acalma todas as nossas ondas, suaviza o nosso viver com a doce aragem de seu carinho materno, diminui as tentações e desmancha as nuvens da tempestade.

SAÚDE CERTA - A salvação de Deus atinge o homem todo, seu corpo, sua alma, seu espírito; tanto como peregrino na terra, como habitante do céu. pela salvação alcançada por Cristo do Espírito Santo, a condição do homem muda inteiramente: a opressão se converte em liberdade, a ignorância em conhecimento da verdade, a aflição em alegria, a morte em vida, a escravidão do pecado em participação da natureza divina. Contudo, a absoluta e perfeita salvação, o homem não a pode alcançar nest e mundo: sua vida está sujeita à dor, à enfermidade, à morte. A salvação de Deus é o próprio Jesus Cristo, que o Pai enviou ao mundo como Salvador do homem e médico dos corpos e das almas, como o chama a liturgia referindo-se às palavras de Santo Inácio de Antioquia. Nos dias de sua vida mortal, cheio de misericórdia, curou muitos doentes, libertando-os muitas vezes também das chagas do pecado(Mt 9,2-8; Jo 5,1-14).

Também a Santíssima Virgem, como Mãe de Cristo, salvador do homem, e Mãe dos fiéis, socorre com muito amor seus filhos aflitos. Por isso freqüentemente os enfermos acorrem a ela, vão muitas vezes aos seus santuários, para obter saúde por sua intercessão. Nos santuários marianos encontram-se muitos testemunhos desta confiança dos enfermos para com a Mãe de Cristo. Na Ladainha, também invocamos Maria como “saúde dos enfermos”. Por meio de sua poderosa intercessão, recuperam a saúde os doentes de qualquer espécie. Como seu Filho,“passou pelo mundo fazendo o bem” (At 10,38), Nossa Senhora não se cansa de zelar pela felicidade de seus filhos.

ÓLEO DERRAMADO - Essa imagem é tirada de Ct 1,2: “Teu nome é como um óleo escorrendo”. O óleo tem as propriedades de alimentar, curar, fortalecer, perfumar; assim os que invocam o nome de Maria com confiança experimentam e sua vida que “a devoção à Virgem Santíssima é um auxílio poderoso para o homem em marcha para a conquista da sua própria plenitude” (Paulo VI, Exortação Apostólica Marialis Cultus, 57). Maria é o óleo que Jesus, Bom Samaritano, derramou em nossas feridas. O óleo apaga o fogo na pedra e o alimenta na madeira. Assim procede Maria com nosso coração que, quando tornado pedra pelo fogo das paixões, sente que se apaga esse fogo com o nome da Mãe de Deus; e quando arde no amor divino, sente crescer esse ardor no óleo deste mesmo Nome. Ainda se diz: o vosso nome, ó Maria, escrito ou pronunciado, ou somente imaginado, mantém, alenta, restaura, ilumina e alegra.

Fonte:http://reporterdecristo.com/a-profundidade-teologica-do-oficio-da-imaculada-conceicao