domingo, 27 de fevereiro de 2011

A EUCARISTIA NA MÃO

Em Roma, não à Eucaristia na mão.



Importantíssimo... fiquemos atentos quando formos à Santa Missa ou à Celebração da Palavra...

Tentativa de roubo da Hóstia Consagrada pode acontecer do nosso lado...

JESUS CRISTO MERECE ESTE CUIDADO.

Onde há Missas com grande aglomerado de pessoas, pode acontecer de Eucaristias serem levadas a terreiros de umbanda e candomblé como também a rituais satânicos, para serem usadas nas conhecidas como missas negras, onde mulheres deitadas nos altares insinuam-se em atitudes ilícitas e depravantes!

Mas os anjos vem e trocam por partículas comuns, pois não deixarão que JESUS passe por este ultraje.

Enganam satanás e os seus...



Assim também acontece quando a Eucaristia cai no chão, os anjos vem e a recolhem, para que ninguém pise em Jesus!

Um conhecido, foi comungar com um sacerdote na Catedral, Pe. Orivaldo. A Eucaristia caiu no chão e eles procuraram por todo lado. O Padre chegou a levantar as vestes e não encontraram nada! Foi um anjo certamente que amparou Jesus!

Segue Texto Texto extraído de: http://www.cantualeantonianum.com/2010/12/il-papa-riconsidera-lindulto-della.html#ixzz19MUx22By

Notícia de enorme importância: nas Missas celebradas pelo Papa (desde a Missa na véspera do Natal de 2010), não só ele mas todos os sacerdotes que ajudam a distribuir a Comunhão aos fiéis não irão mais colocar a Hóstia Santa nas palmas das mãos, mas somente na boca, a quem for comungar, leigo ou clérigo que seja.
Não há dúvida, para quem ja esteve pelo menos uma vez nas missas celebradas pelo Papa em São Pedro que o momento da comunhão é, muitas vezes, de grande confusão, e há pessoas que estendem a mão para o sacerdote, dando às vezes a impressão de querer pegar uma partícula. Agora, cada um, de forma mais ordenada e com menos perigo de as partículas cairem ao chão, deverá calmamente comparecer perante o ministro e receber dele na boca a Sagrada Comunhão.
Esta forma de receber o Corpo de Cristo, não só aumenta a devoção e a consciência da presença real do Salvador, mas também previne não raros furtos das sagradas espécies que podem acontecer nas Missas mais lotadas.
Para aqueles que dirão que \"se torna atrás no tempo\" etc etc é SEMPRE bom lembrar:
a) a ÚNICA forma prevista pelo Missal de Paulo VI é a de receber a comunhão na boca.
b) a possibilidade alternativa de a receber nas mãos é regulada por um INDULTO que pode ser concedido (e retirado) em alguns lugares e por determinados bispos (não todos).
FALA O CARDEAL
Cardeal Antonio Cañizares Llovera, com a Capa Magna abolida por Paulo VI.
A liturgia católica vive “uma cerca crise” e Bento XVI quer dar vida a um novo movimento litúrgico, que volte a trazer mais sacralidade e silêncio à Missa, e mais atenção à beleza no canto, na música e na arte sacra.
O Cardeal Antonio Cañizares Llovera, 65 anos, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, que enquanto bispo na Espanha era chamado de “o pequeno Ratzinger”, é o homem ao qual o Papa confiou esta tarefa. Nesta entevista a Il Giornale, o “ministro” da liturgia de Bento XVI revela e explica programas e projetos.
Como cardeal, Joseph Ratzinger havia lamentado uma certa pressa na reforma litúrgica pós-conciliar. Qual é a sua opinião?
A reforma litúrgica foi realizada com muita presa. Havia ótimas intenções e o desejo de aplicar o Vaticano II. Mas houve precipitação. Não se deu tempo e espaço suficiente para acolher e interiorizar os ensinamentos do Concílio; de repente, mudou-se o modo de celebrar.
Recordo bem a mentalidade então difundida: era necessário mudar, criar algo novo. Aquilo que havíamos recebido, a tradição, era visto como um obstáculo. A reforma foi entendida como obra humana, muitos pensavam que a Igeja era obra de nossas mãos e não de Deus. A renovação litúrgica foi vista como uma investigação de laboratório, fruto da imaginação e da criatividade, a palavra mágica de então.
Como cardeal, Ratzinger havia prognosticado uma “reforma da reforma” litúrgica, palavras atualmente impronunciáveis, mesmo no Vaticano. Todavia, parece evidente que Bento XVI a deseje. É possível falar dela?
Não sei se é possível, ou se é conveniente, falar de “reforma da reforma”. O que vejo absolutamente necessário e urgente, segundo o que deseja o Papa, é dar vida a um novo, claro e vigoroso movimento litúrgico em toda a Igreja. Porque, como explica Bento XVI no primeiro volume de sua Opera Omnia, em relação à liturgia se decide o destino da fé e da Igreja. Cristo está presente na Igreja através dos sacramentos. Deus é o sujeito da história, e não nós. A liturgia não é uma ação do homem, mas de Deus.
O Papa, mais que decisões impostas de cima, fala com o exemplo. como ler as mudanças introduzidas por ele nas celebrações papais?
Acima de tudo, não deve haver nenhuma dúvida sobre a bondade da renovação litúrgica conciliar, que trouxe grandes benefícios para a vida da Igreja, como a participação mais consciente e ativa dos fiéis e a presença enriquecida da Sagrada Escritura. Mas além destes e outros benefícios, não faltaram sombras, surgidas nos anos seguintes ao Vaticano II: a liturgia, isso é fato, foi “ferida” por deformações arbitrárias, provocadas também pela secularização que desgraçadamente atinge também dentro da Igreja. Consequentemente, em muitas celebrações já não se coloca Deus no centro, mas o homem e seu protagonismo, sua ação criativa, o papel principal é dado à assembléia. A renovação conciliar foi entendida como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da tradição. Devemos reaviver o espírito da liturgia e para isso são significativos os gestos introduzidos nas liturgias do Papa: a orientação da ação litúrgica, a cruz no centro do altar, a comunhão de joellhos, o canto gregoriano, o espaço para o silêncio, a beleza na arte sacra. É também necessário e urgente promover a adoração eucarística: diante da presença real do Senhor, não se pode senão estar em adoração.
Quando se fala de uma recuperação da dimensão do sagrado, há sempre quem apresente tudo isso como um simples retorno ao passado, fruto de nostalgia. Como o senhor responde?
A perda do sentido do sagrado, do Mistério, de Deus, é uma das perdas de consequências mais graves para um verdadeiro humanismo. Quem pensa que reavivar, recuperar e reforçar o espírito da liturgia e a verdade da celebração é um simples retorno a um passado superado, ignora a verdade das coisas. Colocar a liturgia no centro da vida da Igeja não é em nada nostálgico, mas, pelo contrário, é garantia de estar a caminho em direção ao futuro.
Como julga o estado da liturgia católica no mundo?
Diante do risco da rotina, diante de algumas confusões, da pobreza e da banalidade do canto e da música sacra, pode-se dizer que há uma certa crise. Por isso é urgente um novo movimento litúrgico. Bento XVI, indicando o exemplo de São Francisco de Assis, muito devoto do Santíssimo Sacramento, explicou que o verdadeiro reformador é alguém que obedece a fé: não se move de maneira arbitrária e não se arroga nenhuma discricionariedade sobre o rito. Não é o dono, mas o custódio do tesouro instituido pelo Senhor e confiado a nós. O Papa, portanto, pede à nossa Congregação promover uma renovação segundo o Vaticano II, em sintonia com a tradição litúrgica da Igreja, sem esquecer a norma conciliar que prescreve não introduzir inovações exceto quando as requererem uma verdadeira e comprovada utilidade para a Igreja, com a advertência de que as novas formas, em todo caso, devem surgir organicamente das já existentes.
O que pretende fazer como Congregação?
Devemos considerar a renovação litúrgica segundo a hermêutica da continuidade na reforma indicada por Bento XVI para ler o Concílio. E para fazê-lo, é necessário superar a tendência de “congelar” o estado atual da reforma pós-conciliar, de um modo que não faz justiça ao desenvolvimento orgânico da liturgia da Igreja.
Estamos tentando levar adiante um grande empenho na formação dos sacerdotes, seminaristas, consagrados e fiéis leigos, para favorecer a compreensão do verdadeiro significado das celebrações da Igreja. Isso requer uma adequada e ampla instrução, vigilância e fidelidade nos ritos, e uma autêntica educação para vivê-los plenamente. Este empenho será acompanhado pela revisão e pela atualização dos textos introdutórios de diversas celebrações (prenotanda). Somos conscientes também de que dar impulso a este novo movimento não será possível sem uma renovação pastoral da iniciação cristã.
Uma perspectiva que deveria ser aplicada também à arte e à música…
O novo movimento litúrgico deverá fazer descobrir a beleza da liturgia. Por isso, abriremos uma nova seção em nossa Congregação dedicada à “Arte e música sacra” a serviço da liturgia. Isso nos levará a oferecer, o quanto antes, critérios e orientações para a arte, canto e música sacras. Como também pensamos em oferecer o mais rápido possível critérios e orientações para a pregação.
Nas Igrejas desaparecem os genuflexórios, a Missa às vezes é ainda um espaço aberto à criatividade, são cortadas inclusive as partes mais sagradas do cânon. Como inverter esta tendência?
A vigilância da Igreja é fundamental e não deve ser considerada como algo inquisitório ou repressivo, mas como um serviço. Em todo caso, devemos tornar todos conscientes da exigência, não só dos direitos do fiéis, mas também dos “direitos de Deus”.
Existe também o risco oposto, isto é, o de se crer que a sacralidade da liturgia depende da riqueza dos paramentos: uma posição fruto de esteticismo que parece ignorar o coração da liturgia…
A beleza é fundamental, mas é algo muito distinto de um esteticismo vazio, formalista e estéril, no qual se cai às vezes. Existe o risco de se acreditar que a beleza e a sacralidade da liturgia dependem da riqueza ou da antiguidade dos paramentos. É necessário uma boa formação e uma boa catequese baseada no Catecismo da Igreja Católica, evitando também o risco oposto, o da banalização, e atuando com decisão e energia quando se recorre a costumes que tiveram seu sentido no passado, mas que atualmente não têm ou não contribuem de nenhum modo para a verdade da celebração.
Poderia nos dar alguma indicação concreta sobre o que poderia mudar na liturgia?
Mais que pensar em mudanças, devemos nos comprometer em reaviver e promover um novo movimento litúrgico, seguindo o ensinamento de Bento XVI, a reaviver o sentido do sagrado e do Mistério, pondo Deus no centro de tudo. Devemos impulsionar a adoração eucarística, renovar e melhorar o canto litúrgico, cultivar o silêncio, dar mais espaço à meditação. Disso surgirá as mudanças…
Escrito por G. M. Ferretti
dezembro 27, 2010 às 2:04 pm
Publicado em Atualidades, Igreja, O Papa, Vaticano II
Etiquetado com Cardeal Antonio Cañizares Llovera, Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Novus Ordo Missae, O Papa, Vaticano II
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“Sereis como deuses...”
(a promessa do Presidente Lula no seu Programa Nacional de Direitos Humanos)

Adão e Eva podiam comer de todas as árvores do jardim. A única proibição era que eles decidissem por si mesmos o que é bem e o que é mal (Gn 2,16-17).

A serpente enganou o primeiro casal dizendo que a felicidade deles estaria em desobedecer a Deus. Comendo do fruto proibido, eles estariam agindo “como deuses, versados no bem e no mal” (Gn 3,5). Ser livre para satisfazer os próprios caprichos, sem se importar com as leis que o Criador inscreveu na natureza: eis a libertação do homem!

Todos nós conhecemos as tristes consequências dessa rebelião contra Deus, dessa reivindicação de uma falsa autonomia diante do Criador.

* * *

No dia 21 de dezembro de 2009, às vésperas da Solenidade do Natal do Senhor, o presidente Lula presenteou os brasileiros com o Decreto 7037/2009, que aprovou o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Ao povo foi oferecido o direito de agir ignorando a Deus e não se importando com as leis naturais.

“Não matarás” (Ex 20,13)

Segundo Lula, seremos felizes não se respeitarmos a vida, mas se tivermos o direito de matar. Por isso o governo pretende “apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos” (Eixo orientador IV, diretriz 9, objetivo estratégico III ação programática g).

Usando a inverdade de que existem casos em que o aborto é “legal” no Brasil, o Estado já vem financiando sua prática em nossos hospitais. É desejo do governo “implementar mecanismos de monitoramento dos serviços de atendimento ao aborto legalmente autorizado (sic), garantindo seu cumprimento e facilidade de acesso” (Eixo Orientador IV, diretriz 17, objetivo estratégico II, ação programática g).

“Homem e mulher os criou” (Gn 1,27)

Segundo Lula, a complementaridade natural dos sexos não precisa ser respeitada. Essa lei, segundo a qual somente um homem e uma mulher podem casar-se entre si, é apelidada de “heteronormatividade”. O governo se propõe “desconstruir” essa regra, reconhecendo novas formas de família. Pretende “reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares (sic) constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade (sic)” (Eixo orientador III, diretriz 10, objetivo estratégico V, ação programática d). Pretende ainda “apoiar projeto de lei que disponha sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo” e “promover ações voltadas à garantia do direito de adoção por casais homoafetivos” (Idem, ações programáticas b, c).

Tão grande é a autonomia proposta pelo governo, que ninguém deve ser obrigado sequer a aceitar o próprio sexo. Quem estiver insatisfeito, pode ir ao SUS a fim de fazer uma cirurgia “transexualizadora”. O decreto promete “garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas transexuais que fazem parte do processo transexualizador no Sistema Único de Saúde e de suas famílias” (Eixo orientador III, diretriz 7, objetivo estratégico IV, ação programática p).

“Não cometerás adultério” (Ex 20,14)

Em matéria sexual, o governo oferece a felicidade através da liberdade. Todos devem ter direito à “livre orientação sexual” (Eixo orientador III, diretriz 10, objetivo estratégico V). Não deve haver liberdade, porém, para se opor ao homossexualismo. Essa conduta, apelidada de “homofobia”, deve ser combatida pelo Estado. Para isso, o governo pretende “fomentar a criação de redes de proteção dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio à implementação de Centros de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia (sic) e de núcleos de pesquisa e promoção da cidadania daquele segmento em universidades públicas” (Eixo orientador III, diretriz 10, objetivo estratégico V, ação programática g).

A prostituição não deve ser combatida, mas reconhecida como uma profissão. Segundo o governo, é preciso “garantir os direitos trabalhistas e previdenciários de profissionais do sexo por meio da regulamentação de sua profissão” (Eixo Orientador III, diretriz 7, objetivo estratégico VI, ação programática n). Pretende-se ainda quebrar a imagem negativa das mulheres prostitutas: “realizar campanhas e ações educativas para desconstruir os estereótipos relativos às profissionais do sexo” (Eixo orientador III, diretriz 9, objetivo estratégico III, ação programática h).

“Não roubarás” (Ex 20,15)

Um dos grandes entraves do governo petista em seu apoio às invasões de terra é a ação de reintegração de posse. Por esse meio processual, o proprietário tem restituído o direito à posse de que havia sido privado pelo invasor. O decreto do presidente Lula dá a entender que se pretende dificultar o cumprimento dessas ordens judiciais: “propor projeto de lei voltado a regulamentar o cumprimento de mandados de reintegração de posse ou correlatos, garantindo a observância do respeito aos Direitos Humanos” (Eixo orientador IV, diretriz 17, objetivo estratégico VI, ação programática b). De fato, se invadir propriedade privada é um direito humano, é lógico que o governo queira mudar a lei para garantir o exercício desse direito.

“Amarás o Senhor teu Deus” (Dt 6,4)

Se, conforme pensa o governo, Deus é inimigo do homem por cercear sua liberdade, é necessário expulsar a Deus. Por isso o decreto prevê “desenvolver mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União” (Eixo orientador III, diretriz 10, objetivo estratégico VI ,ação programática c). A preocupação de Lula é compreensível: a presença de um crucifixo nos prédios dos Ministérios, do Congresso Nacional e dos Tribunais é incômoda para os que pretendem condenar inocentes à morte.

* * *

Como ocorreu no jardim do Éden, as promessas de Lula são ilusórias. O convite à liberdade esconde uma dura escravidão.

Se, por exemplo, são direitos humanos o aborto, o homossexualismo e a prostituição, o governo pretende punir os que ousarem falar contra esses “direitos”. O decreto prevê diversas penalidades para os meios de comunicação social que contrariarem sua ideologia: “propor a criação de marco legal regulamentando o art. 221 da Constituição, estabelecendo o respeito aos Direitos Humanos nos serviços de radiodifusão (rádio e televisão) concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação, prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas” (Eixo Orientador V, diretriz 22, objetivo estratégico I, ação programática a).

Como se vê, estamos às portas de uma ditadura.

Quem assinou o decreto?

O decreto 7037/2009 traz a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seus ministros. Entre eles figura Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à presidência da República. Conclusão de tudo isso: um cristão não pode votar no Partido dos Trabalhadores.



Anápolis, 11 de fevereiro de 2010

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Ó Santa Luzia, Santa protetora dos olhos, defendei-me da cergueira física e espiritual, abrindo os olhos da alma e do coração de:................................................................................., para conversão e salvação eterna.
Acrescentai-me à vossa fé e oração, que mesmo atingida nos olhos, não duvidastes do poder do Sangue de Cristo e da proteção da Virgem Maria Santíssima, daí-me forças e ajude-me a não duvidar da proteção divina, e atendei este pedido.
Obrigado por ter ouvido esta minha súplica que permaneça em mim sempre a verdade, a justiça, a humildade e o amor em Cristo Ressuscitado no meio de nós.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Seja sempre bem vindo Senhor. Amém.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Os SANTOS e o CARNAVAL

Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).

Santa Margarida Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo, agora?” (Escritos Espirituais).

São Francisco de Sales dizia: “O carnaval: tempo de minhas dores e aflições”. Naqueles dias, esse santo fazia o retiro espiritual para reparar as graves desordens e o procedimento licencioso de tantos cristãos.

São Vicente Ferrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.

O Servo de Deus, João de Foligno, dava ao carnaval o nome de: “Colheita do diabo”.

Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”

São Carlos Borromeu jamais podia compreender como os cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).

Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado…” (Carta 162).

Savonarola e o protesto contra o carnaval
Conta-se que, em represália aos excessos do carnaval florentino, organizou Savonarola em 1496 uma procissão de 10.000 jovens, que desfilou pelas ruas principais da cidade cantando hinos religiosos de penitência. Chegando a uma praça, onde se erguera uma grande pirâmide de livros maus, recolhidos com antecedência, a um sinal dado, colocaram-lhes fogo. Ao mesmo tempo soavam as trombetas da “Signoria”, repicavam os sinos de São Marcos e a multidão prorrompia em aclamações. Encerrou-se a função com uma missa solene no meio da praça, onde foi erguido um grande Crucifixo.

São Pedro Claver e o carnaval
Um oficial espanhol viu um dia São Pedro Claver com um grande saco às costas.
— Padre, aonde vai com esse saco?
— Vou fazer carnaval; pois não é tempo de folgança?
O oficial quer ver o que acontece: acompanha-o.
O Santo entra num hospital. Os doentes alvoroçam-se e fazem-lhe festa; muitos o rodeiam, porque o Santo, passando com eles uma hora alegre, lhes reparte presentes e regalos até esvaziar completamente o saco.
— E agora? – pergunta o oficial.
— Agora venha comigo; vamos à igreja rezar por esses infelizes que, lá fora, julgam que têm o direito de ofender a Deus livremente por ser tempo de carnaval.

Santo Afonso Maria de Ligório e o carnaval
“Por este amigo, a quem o Espírito Santo nos exorta a sermos fiéis no tempo da sua pobreza, podemos entender que é Jesus Cristo, que especialmente nestes dias de carnaval é deixado sozinho pelos homens ingratos e como que reduzido à extrema penúria. Se um só pecado como diz as Escrituras, já desonra a Deus, o injuria e o despreza, imagina quanto o divino Redentor deve ficar aflito neste tempo em que são cometidos milhares de pecados de toda a espécie, por toda a condição de pessoas, e quiçá por pessoas que lhe estão consagradas. Jesus Cristo não é mais suscetível de dor; mas, se ainda pudesse sofrer, havia de morrer nestes dias desgraçados e havia de morrer tantas vezes quantas são as ofensas que lhe são feitas.
É por isso que os santos, a fim de desagravarem o Senhor de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo do carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e realizar exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, pregava ainda na igreja diante de um auditório numerosíssimo. Tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas, que se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendiam-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente.

Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão se amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus Sacramentado ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas.
O meio para adquirires um tesouro imenso de méritos e obteres do céu as graças mais assinaladas, é seres fiel a Jesus Cristo em sua pobreza e fazer-lhe companhia neste tempo em que é mais abandonado pelo mundo. Como Jesus agradece e retribui as orações e os obséquios que nestes dias de carnaval lhe são oferecidos pelas suas almas prediletas!” (Meditações).
(enviado p/ Nelly, por Irmão João Manoel, )



TERÇO EM REPARAÇÃO DOS PECADOS DO CARNAVAL
(mistérios dolorosos)

1) AGONIA DE JESUS
Jesus agoniza porque, sendo Ele o Filho de Deus, o Imaculado, sem qualquer mancha de pecado, ao assumir em Si os pecados de todos os homens, desde o início ao fim do mundo, torna-Se, por assim dizer, o pecador universal. E se um simples pecado O faz agonizar, o que mais O faz sofrer são os pecados de todos os cristãos que repetem ora a dormição dos três apóstolos preferidos no Jardim das Oliveiras, ora o beijo de Judas,ora a fuga dos apóstolos, ora as negações de S. Pedro. E tal acontece sobretudo nesta quadra, em que muitos se comportam como autênticos pagãos. E tanto assim é que há quem diga, já a gozar, que
estes dias são para se divertirem e a 4ª. feira de Cinzas é para fazer penitência destes dias de Carnaval.

2) FLAGELAÇÃO DE JESUS
Se neste mistério Jesus sofre pelos pecados com o corpo, quanto não sofrerá Ele pelos pecados sensuais cometidos durante os dias de Carnaval. Quantas aberrações corporais cometidas durante estes dias por qualquer um dos sexos.

3 ) COROAÇÃO DE ESPINHOS
Jesus repara o mau uso que os homens fazem da sua inteligência. E se Jesus sofre com a imaginação corrupta e depravada que provocam certas cenas de carnaval naqueles que apenas assistem a ele, quanto mais razão de queixa tem dos que passam o ano inteiro a aplicar a sua inteligência a preparar cenas licenciosas para o carnaval seguinte, cenas que sendo provocadoras terão como consequência levar os que assistem a deleitarem-se nessas cenas. Já dizia S. Tiago: "cada qual é tentado pelos desejos maus, que o arrastam e procuram atrair. Depois, os maus desejos concebem e dão origem ao pecado, e o pecado, uma vez
consumado, gera a morte" (1, 14-15)

4) JESUS A CAMINHO DO CALVÁRIO COM A CRUZ AOS OMBROS
Disse Jesus à Irmã Lúcia (de Fátima, Portugal): " A penitência que hoje peço e exijo é o cumprimento dos deveres, cada qual no seu estado". Ora, o cumprimento dos deveres implica levar a nossa cruz, pois muitas vezes eles são bem pesados. Também o carnaval deveria ser vivido cristãmente . Jesus pediu, em fins de 1940 por meio da Irmã Lúcia, a supressão destas festas e a sua substituição por oração e penitência, com preces públicas pelas ruas. Talvez por isso há hoje quem queira tornar estes dias mais cristão: divertimentos, sim, mas sem exageros, com tempos de oração. Faz lembrar S. João Bosco que dizia aos seus alunos: “Diverte-te, sim, mas não peques”

5)MORTE DE JESUS
Durante o ano, muitos cristãos são-no apenas de nome: crêem em tudo o que obriga a uma vida santa e inocente e procedem de um modo que desmente tudo o que crêem. Durante o Carnaval, a máscara cai e aproveita-se a licenciosidade destes dias para se praticar, à luz do
dia, o que vai no coração. Vive-se segundo a carne, e não segundo o espírito. No fundo, a máscara do carnaval é um símbolo da contradição existente entre fé cristã e vida pagã. No Calvário, o Coração de Jesus foi trespassado pela lança de Longuinhos. Com quanta propriedade se pode dizer que a referida contradição estava presente naquela lançada.
Mas Jesus, Rei de Amor, pagou tal facto com um ato de amor: o Sangue e a Água que saíram do Seu Coração lavaram tais pecados. Rezemos para que os cristãos correspondam a tal ato de amor.

MILITARIZAÇÃO CRESCENTE

Falam as profecias que ao final dos tempos as nações estariam sendo governadas por maus governantes, que por frete falavam em paz, mas nos bastidores preparavam a guerra. O artigo abaixo ilustra bem esta profecia, fato que temos desde muitos anos anunciado. Nós vivemos hoje os 25 anos finais de FALSA PAZ preditos na mensagem de La Sallete. Uma tenebrosa escaramuça se prepara em todo mundo. Russos, chineses e maometanos, formarão um grande exército, ao qual pode se aliar a India, e quando tiverem sido parados 1/4 da humanida terá desaparecido. Está escrito no apocalipse, com estes números. Então acontecerá!

Por - Alex Corsini, no Monitor Mercantil

Apesar da formalização do acordo Start-3 a corrida armamentista prossegue
Muito foi dito e escrito nos últimos meses para convencer as pessoas de que o mundo tornou-se, supostamente, mais "seguro" e mais "pacífico", após a formalização do novo acordo para redução dos arsenais nucleares (Start-3), que prevê uma redução de cerca de 1/3 das armas estratégicas nucleares que possuem as superpotências mundiais.

Entretanto, a realidade é que o antagonismo entre as potências imperialistas agrava-se cada vez mais. Guerras econômicas e comerciais, choques de grandes monopólios e mecanismos estatais, com meios diplomáticos e de espionagem cercam todos os lados da atividade humana. E destes antagonismos não poderia ser excluído o espaço, apesar dos "compromissos" internacionais e acordos, expressos no Direito Internacional.

Recentemente, os veículos de comunicação dos EUA manifestaram sua preocupação com relação à "espaçonave robotizada russa" que é capaz de enfrentar a análoga norte-americana, Boeing X-37B. Segundo o jornal norte-americano Christian Science Monitor, "o renascido setor espacial da Rússia pode estar desenvolvendo sua versão análoga da espaçonave não tripulada norte-americana de múltiplos usos".

E, segundo opinião de autoridades norte-americanas, "o Kremlin hoje considera os bem sucedidos projetos espaciais como sendo vetores de importância estratégica para o aumento do peso da Rússia que agora despende elevados volumes de recursos para reativar seu envelhecido setor espacial".

Estas avaliações foram formuladas por causa das declarações do comandante das Forças Armadas Espaciais da Rússia, general Oleg Ostapenko, que no início deste mês disse apenas que "a Rússia tem conseguido algo neste setor".

Uso bélico
Anotem que a espaçonave norte-americana X-37B foi lançada em 22 de abril do ano passado e durante sete meses executou missão secreta no espaço, retornando à Terra em dezembro. De acordo com informações disponíveis, a X-37B tem apenas 1/4 das dimensões dos ônibus espaciais da Nasa e dispõe de baterias que são carregadas por espelhos-seletores solares que fornecem energia para um vôo autônomo com duração de até nove meses.

O X-37B não é tripulado e também não precisa ser comandado por terra, porque dispõe de um sistema de piloto automático tão desenvolvido que permite - além de traçar seu próprio itinerário no espaço - retornar à Terra, aterrissando sem absolutamente nenhuma intervenção humana.

Konstantin Sivkov, primeiro vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos da Rússia, solicitado a comentar o vôo da nave norte-americana, disse que "trata-se de um avião espacial que poderá servir para muitos propósitos, como, por exemplo, a destruição de outros satélites".

Ainda, de acordo com Sivkov, "não está excluído o uso desta aeronave espacial como vetor de defesa antimíssil, ou para atingir alvos na Terra. O X-37B é um vetor, uma plataforma, que os norte-americanos podem utilizar como desejarem".

Mas Sivkov não deixou de avaliar os riscos que representa a X-37B, tanto para a segurança da China, quanto, também, da Rússia: "No que diz respeito à China, os EUA procuram hoje encontrar várias fórmulas tecnológicas que lhes permitam garantir sua supremacia mundial no futuro conflito para a aquisição de matérias-primas. Mas, também, os chineses, por sua vez, estão testando - com sucesso - vários modelos de armas espaciais, entre as quais anti-satélites".

Provável resposta russa
Sivkov revelou que "na década de 1970 a Rússia desenvolveu vários vetores espaciais. Por exemplo, quando começaram as pesquisas para o desenvolvimento de uma astronave supersônica, capaz de atingir alvos na Terra, podendo permanecer em vôo por longo tempo. No início da década de 1980, foram iniciados os testes de uma espaçonave análoga, que foram concluídos com sucesso".

Contudo, com a derrocada da União Soviética, durante o governo de Boris Yeltsin, o desenvolvimento foi abandonado. "Aliás, também, em 1993, foi cancelado o programa de construção do ônibus espacial russo Buran, que poderia permanecer voando durante longos meses".

Questionado se a Rússia reúne condições para responder contra uma provocatsia dos EUA, Sivkov disse que "a Rússia hoje não está preparada, ainda, para lançar uma espaçonave semelhante à norte-americana X-37B. Contudo, reestruturou a versão do denominado "matador de satélites", o famoso caça MIG-31M, que já foi testado durante os anos da União Soviética e é capaz de destruir satélites inimigos".
"A Rússia também poderá reiniciar a construção de uma espaçonave, movida com combustível nuclear, assim como poderá lançar e manter em órbita ogivas nucleares, destinadas à destruição de satélites e outras espaçonaves com impulso eletromagnético."

EUA X China
Já se sabe que a China dispõe de um veículo espacial análogo ao Boeing X-37B norte-americano, já fabricado e que já realizou, com sucesso, o programa de testes. Este veículo espacial chinês foi batizado Dragão Mágico (Shenlong, em chinês).
A disputa entre EUA e China para o controle do espaço já começou e já registra as primeiras derrubadas mútuas de satélites. Foram revelados documentos secretos norte-americanos, segundo os quais os EUA já testaram sua arma secreta destinada a destruir satélites.

O cruzador norte-americano USS Lake Erie lançou míssil que atingiu e derrubou o satélite norte-americano 193, em uma altura de 150 milhas. Este teste norte-americano foi realizado cerca de um ano após um teste análogo chinês, que derrubou um satélite da China.

Anotem que, em 11 de janeiro de 2007, a China lançou um míssil balístico intercontinental, o qual, voando a uma altura de 150 milhas, derrubou um satélite meteorológico chinês. Com este teste a China mostrou que suas Forças Armadas estão preparadas para atuar também no espaço e causar sérios problemas nas comunicações via satélite do opositor, particularmente, os EUA, os quais, por causa da ação militar mundial, estão se apoiando, basicamente, nas comunicações via satélite.

O teste da China provocou confusão e pânico nos EUA e iniciou uma troca de duros comunicados entre Washington e Beijing. Condoleezza Rice, então secretária de Estado dos Estados Unidos, havia declarado que "qualquer intervenção que tenha como alvo o sistema interespacial norte-americano será considerado pelo governo como solapamento de seus direitos e será enfrentada como agravamento da crise e do choque".

"Utopia reacionária"
Entretanto, os EUA não ficaram só em protestos verbais, e partiram para mostrar à China que também reuniam possibilidades de agir no espaço. Assim, lançaram um míssil que derrubou um satélite norte-americano.

Mas, em janeiro do ano passado, a China realizou novo teste. Desta vez, os chineses derrubaram um míssil balístico intercontinental em uma altura de 150 milhas da Terra. Ato contínuo, os EUA classificaram a demonstração como teste de arma anti-satélite, enquanto a atual secretária de Estado, Hillary Clinton, exigiu que o governo de Beijing informasse os objetivos do programa chinês de defesa antimíssil.

Em resposta, o governo de Bejing acusou os EUA de realizarem testes de arma laser que poderá destruir mísseis chineses sobre o território da China.

Ao que tudo indica, já começou a nova corrida armamentista com o objetivo de militarização do espaço, tornando ainda mais atuais as palavras de Lenin: "As promessas de pacifismo e de desarmamento internacional nas condições do capitalismo e dos tribunais de arbitragem não são somente uma utopia reacionária, mas, também, constituem ostensivo engano para os trabalhadores, e visam ao desarmamento do proletariado e a seu afastamento de seu dever de desarmar os exploradores".

PALAVRAS PRECIOSAS

“ Toda vez que alguém contemplar a minha Face derramarei o meu amor nos corações. E por meio da minha Face obter-se-á a salvação de muitas almas. “ ( Nosso Senhor à Irmã M. Pierina, falecida em 1945 em Milão).
“ Esta Face é como o sêlo da Divindade que tem o poder de reimprimir nas almas que se dedicam a imagem de Deus. Eu lhes concederei uma contrição tão perfeita que mesmo os seus pecados serão transformados diante de Mim em jóias de ouro precioso. “ ( Nosso Senhor à Irmã M. de S. Pedro, falecida em 1848 em Tours)
“ Quem tem os meus mandamentos e os observa este é que Me ama. E aquele que Me ama será amado por meu Pai. Também Eu o amarei e Me manifestarei a ele. “ ( Nosso Senhor do Evangelho de São João, 14,22)

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

“ Quando deus quer uma obra, os obstáculos se transformam em meios “.

( Pe. Júlio Chevalier )

SOBRE OS DOGMAS

Texto extraido de um livro, como está em http://www.devilsfinalbattle.com/port/ch13.htm
Importante ler, para entender a grande batalha que se trava contra os dogmas da nossa Igreja Católica, e a luta do demônio para o Santo Padre se contradiga em matéria de fé. Abaixo se verá que a heresia do Arianismo teve origem em apenas uma letra, que mudou o sentido de uma palavra grega. Segue parte de um capítulo que fala sobre o terceiro segredo de Fátima, onde Nossa Senhora fala sobre o dogma em Portugal.
Olhemos então mais de perto a essência do Terceiro Segredo. Como o Cardeal Ratzinger admitiu há 18 anos - e note-se que foi antes de o Cardeal Sodano ter instituído a Linha do Partido sobre Fátima -, o Terceiro Segredo diz respeito, em primeiro lugar, aos perigos contra a Fé. É São João quem nos diz o que é que vence o Mundo: diz Ele que é a nossa Fé. Portanto, para que o Mundo pudesse derrotar a Igreja, teria primeiro que derrotar a nossa Fé como Católicos.
Logo, a essência do Terceiro Segredo ocupa-se da tentativa do Mundo em derrotar a Nossa Fé Católica. Como demonstrámos abundantemente nos capítulos anteriores, as forças do Mundo têm vindo a travar uma grande batalha contra a Fé Católica a partir de 1960. Mas o que acontece é que, simplesmente, não há qualquer debate sobre isto com base nas evidências esmagadoras que nós apenas esboçámos aqui.
Observando ainda em mais pormenor: o Segredo diz respeito ao dogma da Fé. Nossa Senhora de Fátima disse que o dogma da Fé se conservaria sempre em Portugal - e não simplesmente “a Fé”. Porque terá Nossa Senhora frisado este dogma católico? Sem dúvida a Senhora assim o disse porque o Segredo é uma profecia sobre o facto de o dogma católico da Fé ser, especificamente, o alvo daqueles que atacariam a Igreja, tanto a partir do seu interior como de fora. Ora já Nosso Senhor nos avisava nas Sagradas Escrituras: «Surgirão falsos messias e falsos profetas que farão sinais e prodígios, a fim de enganarem, se possível, até os eleitos» (Mc. 13:22). E como já demonstrou a crise ariana, estes falsos profetas podem até ser Sacerdotes e Bispos. Passamos a citar aqui a conhecida descrição do Cardeal Newman dessa era da História da Igreja: «Os relativamente poucos que permaneceram fiéis foram desacreditados e afastados para o exílio; os demais, ou vinham enganar ou vinham enganados». Em tempos de crise como estes, os Católicos têm de se agarrar aos dogmas da Fé.
- O que é um dogma? Dogma é aquilo que foi infalivelmente definido pela Igreja - e no qual os Católicos têm de acreditar para serem Católicos. Os dogmas da Fé estão contidos nas definições infalíveis e solenes do Magistério - nomeadamente, quando o Papa, em Pessoa, se pronuncia de uma maneira que obriga claramente a Igreja Universal a acreditar naquilo que Ele está a decretar; ou quando um Concílio Ecuménico de todos os Bispos Católicos, é presidido pelo Papa que promulga tais pronunciamentos obrigatórios; ou, ainda, tudo aquilo que é ensinado pelo Magistério Universal e Ordinário da Igreja.
- Que quer dizer uma definição dogmática infalível? A palavra infalível significa «que não pode falhar». Logo, as definições da Fé, solenemente definidas pela Igreja, não podem falhar. É por meio das definições infalíveis que nós sabemos o que é a Fé e o que são os dogmas da Fé. Se acreditarmos e se nos agarrarmos a estas definições infalíveis, então não podemos ser enganados em assuntos deste modo definidos.
- Como sabemos que um assunto foi definido infalivelmente como um artigo da Fé Católica? Sabemo-lo pelo modo como tal ensinamento é apresentado.
Quatro fontes de ensino infalível
Há quatro modos principais segundo os quais o ensino da Igreja nos é apresentado de modo infalível:
Primeiro, por meio da promulgação, pelos Papas e pelos Concílios Ecuménicos, de credos que fornecem um resumo daquilo em que os Católicos devem crer para serem Católicos.
Segundo, por meio de definições solenes que contêm frases como «Nós declaramos, pronunciamos e definimos (…)» ou alguma fórmula semelhante que indica que o Papa ou o Papa em conjunto com um Concílio Ecuménico têm claramente a intenção de impor à Igreja que creia nesse ensinamento. Tais definições são geralmente acompanhadas por anátemas (condenações) daqueles que, de qualquer modo, negarem o ensinamento assim definido.
Terceiro, as definições do Magistério Ordinário e Universal - ou seja, o ensino constante da Igreja de um modo “ordinário”, desde sempre e em qualquer parte do mundo -, mesmo se esse ensinamento não foi solenemente definido pelas palavras «Declaramos, pronunciamos, e definimos (…)» (Um bom exemplo é o ensino constante da Igreja, ao longo da Sua história, de que a contracepção e o aborto são gravemente imorais).
Quarto, há julgamentos definitivos do Papa - geralmente sobre proposições condenadas, nas quais é proibido a um Católico acreditar. Quando um Papa, ou um Papa em conjunto com um Concílio, condenam solenemente uma proposição, é possível saber-se, infalivelmente, que ela é contrária à Fé Católica.
Um exemplo de um Credo é a Profissão de Fé promulgada pela Concílio de Trento. Apresentamo-lo aqui, convenientemente arranjado em forma de pontos e sem alteração na linguagem:


* Eu N. creio firmemente e confesso tudo o que contém o Símbolo da fé usado pela Santa Igreja Romana, a saber:



* Creio em um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de tôdas as coisas, visíveis e invisíveis. E em



* um só Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro; é gerado, não feito; consubstancial ao Pai, por quem foram feitas tôdas as coisas.



* O qual, por amor de nós homens e pela nossa salvação, desceu dos céus. E se encarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fêz homem.



* Foi também crucificado por nossa causa; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos e foi sepultado. E



* ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E subiu ao céu,



* está sentado à mão direita de Deus Pai. E pela segunda vez há de vir com majestade a julgar os vivos e os mortos. E o seu reino não terá fim.



* E [creio] no Espírito Santo, [que também é] Senhor e Vivificador, o qual procede do Pai e do Filho. O qual, com o Pai e o Filho, é juntamente adorado e glorificado, e foi quem falou pelos profetas.



* E [creio] na Igreja, que é una, santa, católica e apostólica.



* Confesso um só Batismo para remissão dos pecados. E aguardo a ressurreição dos mortos e a vida da eternidade. Assim seja.



* Aceito e abraço firmemente as tradições apostólicas e eclesiásticas, bem como as demais observâncias e constituições da mesma Igreja.



* Admito também a Sagrada Escritura naquele sentido em que é interpretada pela Santa Madre Igreja, a quem pertence julgar sôbre o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Escrituras. E jamais aceitá-la-ei e interpretá-la-ei senão conforme o consenso unânime dos Padres.



* Confesso também que são sete os verdadeiros e próprios sacramentos da Nova Lei, instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo, embora nem todos para cada um necessários, porém para a salvação do gênero humano.



* São êles: Baptismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Extrema-Unção, Ordem e Matrimônio, os quais conferem a graça; mas não sem sacrilégio se fará a reiteração do Baptismo, da Confirmação e da Ordem.



* Da mesma forma aceito e admito os ritos da Igreja Católica recebidos e aprovados para a administração solene dos todos os supracitados sacramentos.



* Abraço e recebo tudo o que foi definido e declarado no Concílio Tridentino sôbre o pecado original e a justificação.



* Confesso outrossim que na Missa se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro, próprio e propiciatório pelos vivos e defuntos, e que no santo sacramento da Eucaristia estão verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, operando-se a conversão de tôda a substância do pão no corpo, e de tôda a substância do vinho no sangue; conversão esta chamada pela Igreja transubstanciação.



* Confesso também que sob uma só espécie se recebe o Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.



* Sustento sempre que há um purgatório, e que as almas aí retidas podem ser socorridas pelos sufrágios dos fiéis;



* Que os Santos, que reinam com Cristo, também devem ser invocados; que êles oferecem suas orações por nós, e que suas relíquias devem ser veneradas.



* Firmemente declaro que se devem ter e conservar as imagens de Cristo, da sempre Virgem Mãe de Deus, como também as dos outros Santos, e a êles se deve honra e vereração.



* Sustento que o poder de conceder indulgências foi deixado por Cristo à Igreja, e que o seu uso é muito salutar para os fiéis cristãos.



* Reconheço a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana, como Mestra e Mãe de tôdas as Igrejas.



* Prometo e juro prestar verdadeira obediência ao Romano Pontífice, Sucessor de S. Pedro, Príncipe dos Apóstolos e Vigário de Jesus Cristo.



* Da mesma forma aceito e confesso indubitàvelmente tudo o mais que foi determinado, definido e declarado pelos sagrados cânones, pelos Concílios Ecumênicos, especialmente pelo santo Concílio Tridentino (e pelo Concílio Ecumênico do Vaticano, principalmente no que se refere ao Primado do Romano Pontífice e ao Magistério infalível9)



* Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e tôdas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja.



* Eu mesmo, N., prometo e juro como o auxilio de Deus conservar e professar integra e imaculada até ao fim de minha vida esta verdadeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação, e que agora livremente professo. E quanto em mim estiver, cuidarei que seja mantida, ensinada e pregada a meus súbditos ou àqueles, cujo cuidado por ofício me foi confiado. Que para isto me ajudem Deus e êstes santos Evangelhos!


Com respeito às definições solenes e infalíveis do dogma Católico, um exemplo recente é a Carta Apostólica do Bem-aventurado Papa Pio IX, Ineffabilis Deus (1854), onde se define infalivelmente o Dogma da Imaculada Conceição de Maria:


Declaramos, pronunciamos e definimos: A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de tôda a mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolàvelmente por todos os fiéis.
Portanto, se alguém (que Deus não permita!) deliberadamente entende pensar diversamente de quanto por Nós foi definido, conheça e saiba que está condenado pelo seu próprio juizo, que naufragou na fé, que se separou da unidade da Igreja, e que, além disso, incorreu por si, “ipso facto”, nas penas estabelecidas pelas leis contra aquêle que ousa manifestar oralmente ou por escrito, ou de qualquer outro modo externo, os erros que pensa no seu coração. (ênfase acrescentada)


Neste ponto, lembremo-nos que o Cardeal Ratzinger, em AMF, fez ruir estrondosamente este dogma - e a Mensagem de Fátima - por ter ousado afirmar que «O “coração imaculado” é, segundo o evangelho de Mateus (5, 8), um coração que a partir de Deus chegou a uma perfeita unidade interior e, consequentemente, “vê a Deus”». Não, não e não! O Coração Imaculado não é “um” coração, mas antes o coração - só esse e o único Coração - da Santíssima Virgem Maria, o único simples ser humano Que foi concebido sem Pecado Original e Que nunca sequer cometeu o mais leve pecado pessoal ao longo da Sua vida gloriosa nesta terra.
Finalmente, há a proposição condenada - de que é um exemplo acabado o Syllabus de Erros do Bem-aventurado Pio IX, onde este grande Papa enumerou os muitos erros do liberalismo na forma de proposições que ele, solene, definitiva e infalivelmente condenou como erros contra a Fé10, inclusive a proposição nº 80 (que já anteriormente mencionámos): «O pontífice romano pode e deve reconciliar-se e conformar-se com o progresso, com o liberalismo e com a moderna civilisação».
Como mostrámos, também aqui o Cardeal Ratzinger tentou enfraquecer insidiosamente o ensino anterior da Igreja, ao dizer que o ensino do Concílio Vaticano II era um “contra-Syllabus”, ou seja: «uma tentativa de uma reconciliação oficial com a nova era inaugurada em 1789» e um esforço para corrigir aquilo que ele teve a ousadia de chamar «a unilateralidade da posição adoptada pela Igreja sob o reinado do Bem-aventurado Pio IX e de São Pio X, em resposta à situação criada pela nova época da História inaugurada pela Revolução Francesa ...»11. Para tornar ainda mais explicita a sua rejeição do ensino infalível e solene do Bem-aventurado Papa Pio IX, o Cardeal Ratzinger afirma que, no Concílio Vaticano II, «a atitude de reserva crítica em relação às forças que têm deixado a sua “chancela” no Mundo moderno deve ser substituída por uma plataforma de acordo em relação a esses movimentos»12 - opinião que contradiz radicalmente o ensino do Bem-aventurado Papa Pio IX, de que a Igreja não deve «conformar-se com o progresso, com o liberalismo e com a moderna civilização».
O Cardeal Ratzinger, no seu uso ultrajante e abusivo do dogma da Imaculada Conceição bem como na sua arrogante rejeição do Syllabus, que considera “unilateral”, evidencia o próprio âmago da crise pós-conciliar na Igreja: o ataque às definições infalíveis do Magistério.
Ora, na maioria dos casos, este ataque foi apenas indirecto. No geral, a definição infalível não é directamente negada, mas antes minada por meio da crítica ou da “revisão”. Os inovadores da Igreja não são tão estúpidos que afirmem, pura e simplesmente, que um ensino infalível da Igreja está errado. E até pode acontecer que, na sua suposta “iluminação”, estes inovadores possam pensar, inclusivamente, que estão “a aprofundar” ou “a desenvolver” o ensino Católico para o bem da Igreja - note-se que não estamos a julgar as suas motivações subjectivas. Mas o efeito daquilo que fazem é óbvio: a derrocada, pelos alicerces, dos ensinamentos definidos infalivelmente pelo Magistério.
Outro exemplo deste enfraquecimento insidioso é o ataque ao dogma de que fora da Igreja Católica não há salvação. O Credo Tridentino, acima citado em toda a sua inteireza, afirma: «Eu prometo conservar e professar esta verdadeira fé católica, fora da qual não pode haver salvação (…)» No Capítulo 6 mostrámos como, muitas e muitas vezes, o Magistério definiu solenemente este dogma: de que fora da Igreja Católica não há salvação. Pois apesar disso, este dogma é hoje negado e constantemente minado por um “ecumenismo” que afirma que nem os hereges Protestantes nem os Ortodoxos cismáticos precisam de regressar à Igreja Católica, porque isso não passa de uma “eclesiologia antiquada”13. E em muitos lugares, o dogma é hoje directamente negado, enquanto noutros, se não o é directamente, desmorona-se na prática devido a ataques indirectos, repetidos e insidiosos - daí resultando que, em tais lugares, já não acreditam nem seguem o dogma [de que fora da Igreja Católica não há salvação].
É inegável que, a partir do Concílio Vaticano II, uma multidão de noções singulares e estranhas foram introduzidas na Igreja como “desenvolvimento” da Doutrina Católica, mesmo que tais inovações - pelo menos implícita e às vezes explicitamente - contradissessem e minassem as definições infalíveis. Por exemplo, a ideia de que o documento conciliar Gaudium et Spes é um “contra-Syllabus” que se opõe às condenações solenes do Bem-aventurado Pio IX14 faz ruir toda a integridade do Magistério infalível. Tal afirmação é um ataque à própria credibilidade do oficio docente da Igreja; portanto é, afinal, um ataque ao dogma católico em si.
Não pode haver
“um novo entendimento” do Dogma Católico
Este ataque pós-conciliar contra o dogma, quer corrompendo-o quer opondo-se-lhe por uma contradição implícita, não pode ser justificado como um “desenvolvimento” ou um “novo entendimento” do dogma. Como o Concílio Vaticano I solenemente ensinou: «Assim, o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que eles pudessem revelar uma nova doutrina, mas antes para que, com o Seu auxílio, pudessem guardar de modo sagrado a revelação transmitida pelos Apóstolos e o depósito da Fé, e para que os pudessem fielmente perpetuar ao longo dos tempos»15.
Além disto, e segundo o Concílio Vaticano I solenemente ensinou, não pode haver nenhum “novo entendimento” daquilo que a Igreja já definira infalivelmente:


[S]empre se deve ter por verdadeiro sentido dos dogmas aquêle que a Santa Madre Igreja uma vez tenha declarado, não sendo jamais permitido, nem a título de uma inteligência mais elevada, afastar-se dêste sentido.16


Logo, é um princípio da Fé Católica, no qual acreditamos, que nenhuma nova doutrina foi revelada por Deus desde a morte do último Apóstolo, São João; e que não emergiu nenhum entendimento novo da doutrina, nem devido ao Concílio Vaticano II nem a qualquer outro motivo.
Portanto, esta doutrina “nova” ou “contra”-doutrina de que tanto ouvimos falar desde o Concílio Vaticano II pode não passar de uma pseudo-doutrina - que tem vindo a ser ensinada de um modo muito subtil: quando esta pseudo-doutrina contradiz as doutrinas que foram infalivelmente definidas, então os Católicos devem manter-se fiéis às doutrinas infaliveis e rejeitar as “novas”.
O dogma da Fé não pode falhar, mas as inovações podem falhar-nos. Os homens podem falhar; os leigos podem falhar; os Sacerdotes podem falhar; os Bispos podem falhar; os Cardeais podem falhar; e até o Papa pode falhar em assuntos que não envolvam o Seu carisma de infalibilidade - tal como a História nos demonstra com mais do que um Papa que ensinou, ou pareceu ensinar, alguma inovação.
Por exemplo, - O Papa Honório foi postumamente condenado pelo Terceiro Concílio de Constantinopla, no ano 680, por ser auxiliar e cúmplice de heresia17, condenação essa que foi aprovada pelo Papa Leão II e reiterada por Papas subsequentes. - No Século XIV (1333), o Papa João XXII proferiu homilias - não definições solenes - em que insistia que as bem-aventuradas almas dos defuntos não gozam da Visão Beatífica antes do dia do Juízo Final. Por causa disto foi denunciado e corrigido por teólogos até que, por fim, retractou a sua opinião herética já no leito de morte.
Neste último caso17a, os Católicos bem informados dessa época (que eram os teólogos) sabiam que João XXII estava enganado no seu ensino sobre o Juízo Particular. Sabiam que havia algo de errado no ensinamento de João XXII, por contradizer aquilo em que a Igreja tinha sempre acreditado - mesmo que, a essa altura, ainda não fosse uma definição infalível. Então, os Católicos que no Século XIV conheciam a sua Fé, não se ficaram a dizer simplesmente: «Ora bem, o Papa fez esta homilia a dizer isto… portanto, nós devemos mudar aquilo em que acreditamos». Olhando ao ensino constante da Igreja de que os defuntos, falecidos na bem-aventurança, gozam da Visão Beatífica imediatamente a seguir ao Purgatório, os teólogos sabiam que João XXII estava enganado - e disseram-Lho.
E aconteceu que, com o passar do tempo, o carácter imediato da Visão Beatífica foi solene e infalivelmente definido em 1336, pelo sucessor de João XXII, o que arrumou o assunto e o pôs acima de todo e qualquer debate ulterior - ora é precisamente para isso que uma definição infalível foi necessária. O mesmo se pode dizer em relação a todos os outros assuntos infalivelmente definidos pela Igreja. Podemos, e devemos, confiar nestas definições infalíveis com absoluta certeza, e rejeitar todas as opiniões em contrário - mesmo se as opiniões contrárias vierem de um Cardeal ou até de um Papa.
Há outros exemplos de Papas que falham. Até São Pedro, o primeiro Papa, errou, como mostram as Sagradas Escrituras - não por aquilo que disse, mas pelo exemplo que deu: cerca do ano 50, em Antioquia, S. Pedro recusou sentar-se à mesa com gentios convertidos. Por se ter afastado destes convertidos, deu a falsa impressão de que o Primeiro Concílio de Jerusalém errava no seu ensino infalível de que não se aplicava à Igreja Católica a lei cerimonial moisaica (que proibia os Judeus de comerem com os gentios “imundos”). Foi por causa deste incidente que São Paulo repreendeu São Pedro, cara a cara e em publico. (Gal. 2:11).
Outro exemplo é o do Papa Libério que, em 357, errou ao assinar um Credo que lhe fora proposto pelos Arianos e que omitia qualquer referência ao facto de o Filho ser consubstancial ao Pai. Resta esclarecer que o Papa Libério consentiu nisto depois de sofrer dois anos no exílio, e sob ameaça de morte. Falhou também (sob prisão e no exílio) ao condenar e excomungar erradamente - na realidade, dando só a aparência de excomungar - Santo Atanásio, que defendia a Fé neste assunto. Libério, o primeiro Papa a não ser proclamado santo pela Igreja, errou, porque Atanásio ensinava a Doutrina Católica - a verdadeira e infalível doutrina - ensinada infalivelmente pelo Concílio de Niceia no ano de 325 d.C. E era essa definição infalível - não o ensino erróneo do Papa Libério - que tinha de ser seguido naquele caso.
Destes exemplos da História da Igreja aprendemos que tudo quanto nos é proposto para a nossa Fé tem de ser julgado por aquelas definições. Logo, se um Cardeal, um Bispo, um Sacerdote, um leigo ou até o Papa nos ensinar alguma inovação que seja contraria a alguma definição da Fé, é certo e sabido que esse ensino é errado e deve ser rejeitado em prol da salvação das nossas almas imortais. Sim, até o Papa pode errar; e de facto erra, se expressa uma opinião contrária a uma definição solene e infalível da Igreja Católica. Mas isso não significa que a Igreja erra, quando tal acontece; apenas que o Papa se enganou - sem que tal falha se imponha à Igreja inteira. Claro que, se até o Papa pode errar ao ensinar alguma inovação, também decerto os Cardeais, Bispos e Sacerdotes podem errar no seu ensino e nas suas opiniões.
Logo, quando Nossa Senhora fala sobre o “dogma da Fé”, indica-nos que o perigo contra a Fé - e para «a vida do Cristão e, consequentemente, [para a vida] do mundo», para evocar a afirmação do Cardeal Ratzinger - se erguerá quando são ‘falsificadas’ ou corrompidas as definições dogmáticas e solenes da Fé Católica; é que são essas definições que formam as próprias fundações da Fé Católica e, consequentemente, o fundamento da nossa salvação, para evocar a homilia do Papa, em Fátima, em 1982.
À objecção de que simples Sacerdotes, ou simples leigos, não podem discordar de altos prelados como o Cardeal Ratzinger, ou até mesmo (aquando de casos extraordinários, de que já demos exemplos) do Papa, deve responder-se: -É para isto mesmo que a Igreja tem as definições infalíveis. É medindo todo e qualquer ensinamento pela bitola das definições solenes e infalíveis da Igreja que é possível saber se esse ensinamento é verdadeiro ou falso - e não pelo cargo eclesiástico da pessoa que o emitiu. Como São Paulo ensinou: «Mas ainda que alguém - nós mesmos ou um anjo do Céu - vos anuncie outro Evangelho, além daquele que vos tenho anunciado, esse seja anátema.» (Gal.1:8) Note-se que os Fiéis têm de considerar anátema - ou seja, maldito, afastado da Igreja, merecedor do fogo do Inferno - mesmo que seja um Apóstolo, se ele contradisser o ensino infalível da Igreja. Por isso é que os teólogos tinham o poder de [no século XIV] corrigir o Papa João XXII no seu erróneo ensino do púlpito; e é por isso também que os Católicos de hoje podem apontar, distinguindo, o ensino correcto e o errado, mesmo tendo, na Hierarquia, um lugar inferior ao do prelado que está a cometer o erro.
Um bom exemplo histórico disto mesmo encontra-se no caso de um advogado chamado Eusébio, que fez notar que Nestório - ilustre Arcebispo de Constantinopla e o mais alto prelado logo abaixo do Papa - estava errado quando negou que a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. Naquele dia de Natal, durante a Santa Missa, Eusébio pôs-se de pé no seu banco na Igreja e denunciou Nestório por pregar uma heresia - a despeito de todos os Sacerdotes e Bispos (hierarquicamente superiores) terem ficado calados em face dessa mesma heresia. Portanto, era um simples leigo quem tinha razão, enquanto todos os outros não a tinham. O Concílio de Éfeso foi chamado a ouvir o assunto, e assim foi infalível e solenemente definido que a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus. E uma vez que Nestório se recusou a abjurar, foi deposto e declarado herege. Nestório foi, pois, excomungado!
Em resumo: a verdade não é assunto que deva ser confirmado por uma maioria democrática ou pela (alta) posição social de quem afirma tal coisa; a verdade é aquilo que Cristo e Deus-Pai revelaram nas Sagradas Escrituras e na Tradição, aquilo que foi solenemente definido pela Igreja Católica, e que a Igreja Católica sempre ensinou - sempre, e não apenas a partir de 1965!
Os efeitos desastrosos
de interferir nas definições infalíveis
A História também nos fornece um caso exemplar sobre o que pode acontecer à Igreja quando um só dogma é contradito numa larga escala. A heresia do Arianismo causou uma confusão catastrófica na Igreja, de 336 a 381 d.C. Já no ano de 325 o Arianismo tinha sido condenado; apesar disso, reergueu-se em 336 - e foi a partir dessa data que a heresia ganhou para si cerca de 90% dos Bispos, até que acabou por ser derrotada cerca de cinquenta anos mais tarde. Na confusão e perda da Fé resultantes, até o grande Santo Atanásio foi “excomungado” pelo Papa, em 357. Por 381, o Arianismo fora vencido pelo Primeiro Concílio de Constantinopla. Todavia, estava ainda florescente entre 360 e 380; e os resultados foram profundamente assoladores para a Igreja.
Mas a Crise Ariana tem mais para nos ensinar sobre o provável conteúdo do texto que falta no Terceiro Segredo. Uma razão por que os Arianos foram capazes de ser bem sucedidos por algum tempo, foi terem atacado “com sucesso” um dogma que tinha sido solene e infalivelmente definido no Concílio de Niceia, em 325 - o dogma de que Cristo é Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Esta definição solene e infalível está no Credo do Concílio de Niceia, que dizemos cada Domingo na Santa Missa.
Os Arianos alteraram a definição conseguindo que muitos dos “fiéis” fizessem pressão para que ela fosse substituída por uma definição falsa, que não era infalível. Em 336, eles substituíram a palavra grega Homoousion por outra palavra Homoiousion. A primeira, Homoousion, significa basicamente “consubstancial” ao Pai. Ora, para Deus-Filho ser consubstancial ao Pai, o Filho tem de ser não só Deus mas o mesmo único Deus com o Pai, de tal modo que a substância do Pai é a substância do Filho - mesmo que a Pessoa do Pai não seja a Pessoa do Filho. Portanto, há três Pessoas em um só Deus - Pai, Filho, e Espirito Santo -, mas há um só Deus, com uma só substância, em três Pessoas distintas. Isto é o Mistério da Santíssima Trindade. A palavra nova Homoiousion, todavia, significa “de substância semelhante” à do Pai. Logo, a frase crítica neste dogma - “consubstancial ao Pai” - foi mudada para “de substância semelhante à do Pai” ou “à semelhança do Pai”.
Assim, os Arianos provocaram uma confusão total na Igreja por acrescentarem uma só letra à palavra Homoousion, criando uma palavra nova com uma significação nova: Homoiousion. Atacaram uma definição solene, afirmando que a sua definição nova era melhor que a definição solene - o que era impossível: a definição nova não podia ser melhor que a definição solene, porque a declaração solene do Concílio de Niceia era infalivel.
Acrescentando uma só letra a uma só palavra, os Arianos suprimiram uma definição infalivel. Isto abriu caminho aos Arianos e semi-Arianos, levando-os a um verdadeiro estado de guerra. Houve pessoas martirizadas, perseguidas, levadas para o deserto, afastadas para o exílio - por causa desta única mudança a um único dogma infalível. Santo Atanásio foi, por cinco vezes, afastado para o exílio pelo Sínodo do Egipto (tendo, por isso, passado mais de 17 anos no exílio). Mas era ele quem tinha razão; e os Bispos heréticos desse Sínodo estavam, todos eles, errados.
As definições infalíveis estão acima
de quaisquer estudos ou de qualquer
cargo da Hierarquia da Igreja
-Como sabia Atanásio que tinha razão? Sabia-o, porque se agarrou firmemente à definição infalível, sem se importar com o que pudessem dizer as outras pessoas. Nem todo o estudo do mundo nem os altos cargos podem sobrepor-se à verdade de um único ensinamento católico infalivelmente definido. Até o mais humilde dos Fiéis, ancorado a uma definição infalível, terá mais sabedoria que o teólogo mais “ilustrado” que a negue ou a corrompa. Este é todo o propósito do ensino da Igreja infalivelmente definido para nos tornar independentes das opiniões de simples homens, por mais estudiosos que sejam, por mais elevados que sejam os cargos que ocupam.
Ora, em 325, a definição solene do Concílio de Niceia foi infalível; mas, nessa altura, muita gente não se deu plenamente conta de que as definições solenes da Fé o eram - isto porque, nessa era na História da Igreja, ainda não tinha sido promulgada a definição do ensino solene da Igreja: que as definições solenes e definitivas da Fé são infalíveis. Seria em 1870 que o Concílio Vaticano I definiu, solene e infalivelmente, a infalibilidade das definições solenes da Igreja. Nós agora sabemos, infalivelmente, que as definições solenes são infalíveis. E, repetimos, elas não podem falhar - nunca.
As definições infalíveis
estão a ser atacadas no nosso tempo
Logo, no nosso tempo não há qualquer desculpa nem para sermos seduzidos pela heresia nem para deixarmos de defender as definições solenes. No entanto, é precisamente isso que acontece hoje, tal como aconteceu no tempo de Ário. Há eclesiásticos que julgam as coisas à luz do Concílio Vaticano II, em vez de julgarem o Concílio Vaticano II à luz das definições infalíveis. Esqueceram-se que são as definições infalíveis - não o Concílio Vaticano II - os padrões inalteráveis pelos quais se medem todas as doutrinas, assim como o metro-padrão de cem centímetros é a medida imutável para calcular um metro, sendo óbvio que não se pode decidir de repente que o novo padrão para medir um metro é uma barra com 95 centímetros. Semelhantemente, a Igreja não pode decidir de um dia para o outro que o Concílio Vaticano II é a nova medida-padrão da Fé.
E assim, depois de um exame mais pormenorizado, chegamos de novo ao âmago do Terceiro Segredo. É por esta razão que ele começa com a referência de Nossa Senhora ao dogma da Fé. É por esta razão que a Irmã Lúcia disse que o Terceiro Segredo seria “mais claro” depois de 1960. E aqui devemos fazer notar que, indubitavelmente, estamos a viver no meio do período de calamidade que o Terceiro Segredo vaticina. -Como sabemos que assim é? Porque a Virgem Maria nos disse que o Segredo seria “mais claro” a partir de 1960 e ainda que por fim o Seu Imaculado Coração triunfará. Visto que o Triunfo do Coração Imaculado de Maria (obviamente) ainda não chegou, temos que estar a viver no período intermédio entre 1960 e aquele Triunfo final - ou seja, o período delineado pela profecia do Terceiro Segredo.
Ora o que temos visto a partir do Concílio Vaticano II é, repare-se, um ataque - um ataque indirecto e muito subtil - contra as definições solenes da Igreja. Foi um Concílio pretensamente pastoral que se recusou a pronunciar-se com definições solenes e que - aos olhos de algumas pessoas - foi efectivamente contra certas definições solenes. Como vimos, era por isso que o Concílio desejava ser “pastoral”: para evitar definições solenes, e para evitar condenações do erro, tal como o Papa João XXIII declarou na sua alocução de abertura.
Pois sim, mas que mal tem isso? O mal está em que, através do subtil erro em recusar fazer definições solenes, fica aberta uma porta para o uso de uma linguagem com a qual o Concílio poderia minar definições solenes já existentes - artifício utilizado precisamente pelos Arianos no Século IV, para incitar a confusão na Igreja. E eles quase conseguiram derrotar a Igreja inteira.
Ora foi este mesmo processo que foi novamente posto em prática, a partir da abertura do Concílio Vaticano II. Mas os Fiéis têm uma solução para este problema: não sendo o Concílio Vaticano II autoritário - no sentido em que não exerceu o Seu Magistério supremo -, não exerceu, portanto, o Seu poder nem de definir doutrina nem de anatematizar o erro. Uma vez que não exerceu, pois, essa autoridade, tudo o que foi ensinado pelo Vaticano II - e que não fora ensinado infalivelmente antes do Concílio - tem de ser examinado à luz das definições dogmáticas infalíveis e dos ensinamentos da Igreja Católica.
Todavia, não é isso que acontece hoje. O que hoje acontece é que se está a redefinir “a Fé” à luz do Vaticano II. É certamente deste processo que fala Nossa Senhora de Fátima quando, indo directamente ao coração do assunto, diz que o dogma da Fé se conservará sempre em Portugal - mas se perderá claramente em muitos outros lugares -, recomenda à Irmã Lúcia que esta Sua advertência deve tornar-se conhecida por volta de 1960, quando o Concílio já tinha sido anunciado.
Esta conclusão é confirmada pelas homilias do Papa em Fátima, em 1982 e em 2000: em 1982, o Santo Padre disse que as bases da nossa salvação tinham vindo a ser minadas; e em 2000, na Sua homilia proferida durante a beatificação dos Bem-aventurados Jacinta e Francisco, o Papa João Paulo II advertiu-nos sobre os perigos para a nossa salvação hoje, ao dizer que «A mensagem de Fátima é um apelo à conversão, alertando a humanidade para não fazer o jogo do ‘dragão’ cuja ‘cauda arrastou um terço das estrelas do Céu e lançou-as sobre a terra’» (Apoc. 12:4). E - vejamos de novo -, onde é que encontramos isto nos excertos já revelados da Mensagem de Fátima? Em parte nenhuma. Portanto, tem de estar no Terceiro Segredo. O Papa vem dizer-nos que o Terceiro Segredo trata dos perigos contra a Fé e que um terço do Clero católico está envolvido nisso.
O ataque parte do interior da Igreja
Focaremos agora mais um pormenor da essência do Terceiro Segredo. O Papa também fez notar que o ataque contra a Fé Católica vem do interior [da Igreja]. Disse-o em 1982:
«Poderá a Mãe, que deseja a salvação de todos os homens, com toda a força do seu amor que alimenta no Espírito Santo, poderá Ela ficar calada acerca daquilo que mina as próprias bases desta salvação?» O verbo minar implica o enfraquecimento dos alicerces da nossa salvação a partir do interior. Um inimigo de fora da Igreja ataca do exterior; mas um inimigo infiltrado atacará a partir do Seu interior. No segundo caso, o ataque é inesperado e sem sobressaltos de ninguém; e o atacante é visto como se fosse um “amigo”.
Portanto, é o Papa João Paulo II quem nos diz que a Fé Católica está a ser minada a partir do seu interior (13 de Maio de 1982: «daquilo que mina as próprias bases dessa salvação») e pelo Clero Católico (13 de Maio de 2000: «um terço das estrelas do Céu»).
Concluimos este ponto chamando a atenção para o facto de ainda haver mais uma fonte da qual podemos inferir este aspecto do Terceiro Segredo. Em 1963, a publicação alemã Neues Europa divulgou algo que parecia ser uma parte do Terceiro Segredo: que estaria Cardeal contra Cardeal, Bispo contra Bispo. Sabemos isto porque, quando foi inquirido se o relato da Neues Europa deveria ou não ser publicado, o Cardeal Ottaviani, que também tinha lido o Terceiro Segredo - embora fosse de uma personalidade muito seca e bastante indiferente á maioria das aparições -, exclamou com toda a ênfase: «Publiquem 10.000 exemplares! Publiquem 20.000 exemplares! Publiquem 30.000 exemplares!»18.
Depois, há também o testemunho do falecido Padre Malachi Martin, de que a mensagem de Garabandal (Espanha) contém o Terceiro Segredo ou alguns dos seus elementos. O Padre Martin - que era conhecedor do Terceiro Segredo porque ele próprio o tinha lido, e que lera também a mensagem de Garabandal - disse que fora devido à decisão do Vaticano de não divulgar o Terceiro Segredo em 1960 que Nossa Senhora tinha aparecido em Garabandal em 1961, a fim de O revelar. O que está na mensagem de Garabandal? Entre outras coisas, a mensagem de Garabandal diz: «muitos Cardeais, Bispos e Sacerdotes estão no caminho do Inferno, e “arrastam” consigo muitíssimas almas.» Repare-se mais uma vez na reiteração da ideia de arrastar almas para o Inferno. A mesma terminologia aparece no reparo da Irmã Lúcia ao Padre Fuentes: «O demónio sabe que os religiosos e os Sacerdotes que caem na sua bela vocação arrastam numerosas almas para o inferno»19; e na homilia do Papa, a 13 de Maio de 2000, que se refere à cena no Livro do Apocalipse na qual a cauda do dragão arrasta um terço das estrelas (almas consagradas) do Céu.
Enquanto as aparições de Garabandal não são formalmente aprovadas, o Bispo de Santander (que detém a jurisdição de Garabandal) disse que nada na mensagem era contrário à Fé Católica.
O ataque inclui tanto a má prática
como a má doutrina
Devemos aqui fazer notar que não é apenas por sustentar ou não sustentar a Fé verbalmente que se determina se um membro do Clero (ou do laicado) é bom ou nocivo. Para além da comparação do seu ensino - ou seja: das palavras de um Sacerdote, de um Bispo, de um Cardeal ou do Papa - com o ensino infalível do Magistério, é preciso ver se essa pessoa também professa a prática ortodoxa da Igreja Católica, quer pelas suas palavras (escritas e faladas) quer pelas suas acções e pela conduta cristã da sua vida. É preciso saber se acaso essa pessoa (Sacerdote, Bispo, Cardeal ou Papa) adere a alguma(s) heteropraxis - práticas contrárias à Fé -, tal como o desrespeito para com o Santíssimo Sacramento.
Ora a Fé pode ser atacada por acções, quer realizadas de uma maneira óbvia quer subtil. E as nossas acções têm de confirmar as nossas palavras. Assim, nós sustentamos a Fé se formos fiéis às doutrinas nos nossos pensamentos, palavras e escritos; e também se mantivermos as práticas piedosas da Igreja que alimentam a nossa Fé. Mas, se introduzirmos na nossa Paróquia (ou na Diocese ou Província eclesiástica local, ou mesmo na Igreja Universal, como alguns Doutores Católicos escreveram que poderia acontecer) práticas heterodoxas que dão a impressão de que a Fé definida não é digna de crédito, escandalizar-se-ão “os pequeninos” e até algumas almas eruditas, devido a essa(s) heteropraxis.
Por exemplo: sabemos pelas definições solenes do Concílio de Trento que Deus nos dá a certeza de que a Hóstia Consagrada é verdadeiramente a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo - isto é, o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Ora os Protestantes rebeldes quiseram negar este artigo da Fé e, ainda, influenciar outros para que fizessem o mesmo. Foi assim que a prática da Comunhão na mão - inicialmente introduzida, como prática muito alargada, pelos hereges arianos do Século IV, em sinal da negação de que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus - foi re-introduzida. Por esta acção simbólica, a sua negação seria clara aos olhos de todos.
Nos nossos dias, os inimigos da Igreja têm usado da heteropraxis para escandalizar muitos Católicos e para lhes fazerem perder a Fé na Presença Real de Jesus Cristo [na Eucaristia]. Por essa razão é que a lei universal da Igreja proibiu a Comunhão na mão, como sendo um abuso, ao longo de muitos séculos - e continua ainda a proibi-la até hoje. O indulto recente [ou seja: a autorização] para ir contra a letra da lei é apenas permitido se esta prática não conduzir à diminuição da Fé na Presença Real, e se não conduzir a um menor respeito para com essa Presença Real de Cristo. Todavia, o resultado é sempre esse, como podemos ver pela nossa experiência diária com esta forma de heteropraxis20.
Por outro lado, às práticas que sustentam a doutrina ortodoxa da Igreja dá-se o nome de orthopraxis (isto é, práticas católicas ortodoxas) e incluem: genuflexão na presença do Santíssimo Sacramento, dar/receber a Comunhão na boca, conservar o tabernáculo com o Santíssimo Sacramento como o principal foco de atenção (e de adoração) e como o centro do santuário; o comportamento solene do Clero no interior do santuário, mostrando a devida reverência para com a Presença de Deus no Santíssimo Sacramento. Estes exemplos de orthopraxis (acções ortodoxas que mantêm a Fé) testemunham a verdade do dogma de que o Santíssimo Sacramento é a Presença Real de Deus - Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, sob a aparência de pão - bem como o devido respeito do Homem para com Deus.
Exemplos de heteropraxis contra o dogma da Presença Real incluem (como já vimos) a Comunhão na mão. Esta forma de heteropraxis veicula aos Fiéis a mensagem errónea de que o Santíssimo Sacramento não é assim tão importante, visto que Ele é só pão, e promove a heresia de que Ele não é a Presença Real de Deus - Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo sob a aparência de pão. Outro exemplo de heteropraxis nesta área é afastar constantemente do santuário o tabernáculo com o Santíssimo Sacramento - colocando-O numa sala ao lado, ou então numa espécie de “armário de vassouras”, de modo que o foco principal de atenção (e de adoração) no santuário passa a ser a cadeira do “celebrante” ou “Presidente da assembleia”. A mensagem, subtilmente dada e recebida, é a de que a pessoa que se senta na cadeira é mais importante que o Santíssimo Sacramento. E uma vez que o “Presidente da assembleia” representa o povo, é subtilmente dada a mensagem de que Deus é menos importante do que o povo.
Estes exemplos fazem-nos lembrar de novo as palavras do Papa Pio XII, citadas mais acima:


Suponha, caro amigo, que o Comunismo [um dos “erros da Rússia” mencionados na Mensagem de Fátima] foi somente o mais visível dos instrumentos de subversão usados contra a Igreja e contra as tradições da Revelação Divina (...) As mensagens da Santíssima Virgem a Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma . (…) Chegará um dia em que o Mundo civilizado negará o seu Deus, em que a Igreja duvidará como Pedro duvidou. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus (…) Nas nossas igrejas, os Cristãos procurarão em vão a lamparina vermelha onde Deus os espera. Como Maria Madalena, chorando perante o túmulo vazio, perguntarão: “Para onde O levaram?”21


Das palavras do Papa Pio XII parece intuir-se que as formas de heteropraxis (acima mencionadas) contra o Santíssimo Sacramento eram explicitamente mencionadas no Terceiro Segredo de Fátima - porque, se é certo que o Papa Pio XII as relaciona com a Mensagem de Fátima, elas não são mencionadas em parte alguma da Mensagem que já foi publicada. Logo, têm de ser mencionadas no Terceiro Segredo - ou seja, na parte ainda não publicada. O Papa Pio XII diz claramente que é Nossa Senhora de Fátima Quem nos avisa contra «o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma». Portanto, o Terceiro Segredo avisa-nos, tanto em relação à falsa doutrina como à heteropraxis, como sendo ataques contra «o dogma da Fé».
O ataque inclui a corrupção moral do Clero
que nós agora testemunhamos
Com a erupção pelo mundo inteiro - como vemos hoje - de um escândalo em massa envolvendo um comportamento sexual desviante de membros do Clero, surge uma terceira linha de ataque à Igreja neste tempo de grande crise: a corrupção moral de muitas almas consagradas. A cauda da dragão arrasta almas do Céu - caídas do seu estado consagrado - não só por meio da heterodoxia e da heteropraxis, mas também por meio da imoralidade. Lembremo-nos das declarações da Irmã Lúcia ao Padre Fuentes:


O demónio quer tomar posse das almas consagradas. Tenta corrompê-las para adormecer as almas dos leigos e desse modo conduzi-los à impenitência final.
O que aflige o Coração Imaculado de Maria e o Coração de Jesus é a queda das almas religiosas e sacerdotais. O demónio sabe que os religiosos e Sacerdotes que abandonam a sua bela vocação arrastam inúmeras almas para o inferno.


Hoje vemos que a corrupção alastra entre o Clero católico e que agora se manifesta, em escândalos sexuais de natureza indescritível, pelas dioceses da América do Norte, da Europa e da África. A cauda do dragão tem arrastado consigo muitos membros do Clero até às mais asquerosas espécies de imoralidade.
Daqui resulta que a credibilidade de muitos Sacerdotes que honram os seus votos e mantêm a Fé vai sendo destruída, juntamente com a própria credibilidade da Igreja como Instituição. Mesmo se há uma doutrina boa e boas práticas, os seus benefícios são frequentemente invalidados quando a corrupção moral mina a credibilidade da Igreja.
Quem é o responsável?
É agora que se ergue a pergunta: -Mas quem é identificado no Terceiro Segredo como sendo o responsável pela derrocada da Fé através da heterodoxia e da heteropraxis, da corrupção moral e da queda das almas consagradas? Em primeiro lugar, são os membros do próprio aparelho de estado do Vaticano. Fazemos notar mais uma vez a revelação do Cardeal Ciappi, o teólogo pontifício oficial do Papa João Paulo II, de que «No Terceiro Segredo é predito, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja começará pelo cimo». Portanto, antes de mais nada, a responsabilidade recai sobre certos homens do Vaticano. Vemos nisto o cumprimento não só do Terceiro Segredo, mas também da advertência do Papa São Pio X na sua encíclica de 1907, Pascendi, onde escreve: «Os fautores do erro não devem hoje ser procurados entre os inimigos declarados; mas (...) no próprio seio e no coração da Igreja, inimigos tanto mais para temer quanto o são menos abertamente». Estes inimigos são leigos e Sacerdotes «impregnados, até à medula, de uma peçonha de erros bebida nos adversários da Fé», e que se apresentam «como renovadores da Igreja»22.
E São Pio X insiste:


«Inimigos da Igreja, certamente o são, e [podemos] dizer que ela os não tem piores (...) Não é de fora da Igreja, já se notou, é de dentro que eles tramam a sua ruína; o perigo está hoje quase nas próprias entranhas e nas veias da Igreja; os seus golpes são tanto mais certeiros, quanto melhor sabem onde feri-La23».
«Apoderam-se de cadeiras nos Seminários e nas Universidades, e transformam-nas em cátedras de pestilência24».
«É tempo de tirar a máscara a esses homens e de os mostrar à Igreja universal tais como são25».


Então perguntar-se-á: «-Como sabemos quem, de entre o Clero, faz parte do terço das estrelas a que se refere, indirectamente, o Papa João Paulo II? Como sabemos quem são os sequazes de erro?» E a resposta, uma vez mais, pode encontrar-se naquilo que foi definido infalivelmente: aqueles que sustentam a Fé, que se agarram com firmeza à doutrina de Jesus, são amigos (Apoc. 12:17); aqueles que não fazem isto são adversários. Como Nosso Senhor disse: «Pelos frutos os conhecereis» (Mt. 7:16). Pode saber-se quem é de confiança: quem professa a Fé Católica tal como é definida pelas definições solenes. Outro sinal será, também, o facto de viverem a sua Fé Católica.
Em conclusão, quando o Papa Paulo VI lamentava, em 1967, que «o fumo de Satanás entrou no Templo de Deus» e, em 1973, que «a abertura ao Mundo [se] tornou uma verdadeira invasão da Igreja pelo pensamento mundano», estava somente a confirmar o conteúdo do Terceiro Segredo; assim como o fez o Papa João Paulo II nas suas declarações, mais veladas, de 1982 e 2000. As duas primeiras partes do Grande Segredo de Fátima advertem sobre o facto de a Rússia espalhar os seus erros pelo mundo inteiro. O Terceiro Segredo, no seu conteúdo completo, é seguramente uma advertência de que aqueles erros se infiltrarão na própria Igreja, aí se implantando especialmente por meio da “abertura ao Mundo” pelo Vaticano II. A infiltração da Igreja Católica por elementos homossexuais, neo-modernistas, comunistas e maçons vê-se nos resultados ruinosos das suas actividades e na perda da Fé, mesmo entre os Católicos que frequentam a igreja.
Àqueles que troçam da afirmação de que foi este o desastre que se abateu sobre a Igreja do nosso tempo, só podemos dizer-lhes que estão cegos, e que têm vindo a desprezar a própria História da Igreja, que nos mostra que algo muito semelhante já aconteceu anteriormente: já aludimos à descrição que o Cardeal Newman fez do estado da Igreja durante a Heresia Ariana. Um extracto mais extenso dessa descrição - do seu livro On Consulting the Faithful in Matters of Doctrine - é suficiente para provar que o estado das coisas na Igreja de hoje tem aí os seus precedentes:


O corpo episcopal falhou na sua confissão da Fé. (...) Falavam segundo intenções diversas, um contra o outro. Depois de Niceia, não houve nada [que fosse] um testemunho consistente, invariável e firme, durante cerca de sessenta anos. Houve Concílios não fidedignos, Bispos sem Fé; houve, sim, fraqueza, medo das consequências, maus conselhos, ilusão, alucinação - que foi sem fim, sem esperança, estendendo-se a quase todos os recantos da Igreja Católica. Os relativamente poucos que permaneceram fiéis foram desacreditados e afastados para o exílio; os demais, ou vinham enganar ou vinham enganados26.


O que salienta o livro do Cardeal Newman é que foram os leigos, agarrando-se ao dogma definido da Fé em conjunto com alguns Bispos fiéis - como Santo Atanásio - que mantiveram a Fé viva durante a Crise Ariana. E assim acontece hoje.
Mas uma das grandes diferenças entre a Crise Ariana e a actual crise da Igreja é que a Santíssima Virgem Maria não só nos veio avisar a este respeito muitos anos antes da crise actual, como também nos deu os meios para a evitar - seguindo os Seus pedidos, feitos em Fátima. Ora, por terem privado a Igreja desta advertência contida no Terceiro Segredo de Fátima, por terem encoberto a profecia de uma apostasia que envolve, precisamente, os mesmos indivíduos que impuseram à Igreja uma nova orientação (que a arruinou e a deixou ser invadida pelo inimigo) e, consequentemente, por terem impedido os Fiéis de compreenderem a causa de tudo isto, impedindo-os de se defenderem dessa apostasia - oferecem-nos outro elemento-chave do grande e terrível crime aqui em debate.
Mas, apesar disso tudo, o encobrimento total não foi bem sucedido: a Mensagem de Fátima não foi sepultada; a desconfiança de que a chamada ‘divulgação’ do Terceiro Segredo não o foi, realmente, na sua totalidade vai-se alargando num crescendo. Ao verem isto, os membros do aparelho de estado do Vaticano (que já identificámos) fizeram ainda mais uma tentativa para a sepultarem a 17 de Novembro de 2001 - agravando, deste modo, o seu crime contra a Igreja e contra o Mundo. Consideraremos agora este desenvolvimento dos factos.

" FESTAS" da IGREJA

Arca de Maria, Formação | Posted by Daniel Brandão
jan 16 2010

Umas das conseqüências mais funestas do processo de mundanização pelo qual passaram e estão passando o mundo e a Santa Igreja de Deus é a degradação das chamadas “festas de Padroeiros”. Os que ainda conservam, por graça de Deus, a capacidade de indignação, assistem hoje atônitos, em tantos lugares, a derrota do sentido sagrado das “festas de Padroeiros”. Novenas, festas e celebrações que deveriam elevar espiritualmente toda a comunidade tornaram-se a mais viva expressão de materialismo, mundanismo e perda de valores. De fato, onde e quando, Deus deixa de ser o centro, perde-se o sentido do que se busca e do que se celebra.

As festas de padroeiro deveriam levar as nossas comunidades paroquiais a meditarem de maneira mais profunda as virtudes praticadas pelo santo (a) festejado (a) a fim de receberem um impulso para viverem melhor sua fé, imitando seu patronos no seguimento de Cristo.

Estas festas deveriam glorificar a Deus promovendo a conversão e santificação da comunidade que celebra, deixando o povo menos apegados à terra é mais comprometido com os irmãos, sobretudo os mais necessitados. Ao mesmo tempo no campo da confraternização, deveria ser um modelo de festa cristã para as nossas famílias.

O grande problema é que em muitas comunidades paroquiais as festas deixaram de ser um momento forte de conversão e santificação para se tornarem simplesmente um meio para arrecadar dinheiro. Daí a razão pela qual muitos justificam a venda de bebidas alcóolicas, uso de músicas mundanas e lasciva e muitos outros comportamentos deploráveis que obscurecem e degradam o sentido da comemoração e em muitos casos tornam-se um contra-testemunho para as famílias e para a sociedade em geral.

Há poucos anos os Bispos brasileiros lançaram uma Campanha da Fraternidade com o tema “vida sim, drogas não”, na qual se refletiu longamente sobre o perigo das drogas, especialmente do álcool, para a vida de nossos jovens e de nossas famílias, entretanto, para uma grande parte, essas meditações não surtiram muito efeito.

Infelizmente são muitos os jovens que aprenderam e ainda hoje aprendem a beber nas “festas de Igreja”. Foi também aí que muitos jovens e seus pais perderam a consciência do perigo e da malignidade dos bailes mundanos, discotecas e carnavais, pois tantas vezes os ambientes de nossas “festas de Igreja” se assemelham aos destes eventos. Vivemos uma situação dramática e contraditória dentro da Igreja: uns lutam para tentar recuperar os dependentes do álcool e das drogas enquanto outros ajudam a “fabricá-los” através de suas festas mundanas e de uma pregação permissiva e omissa. Até quando teremos que suportar esta incoerência?… É absurdo ter que pensar que a Igreja que foi feita para salvar as pessoas, se torne para muitos causa de queda.

Que Deus dê aos nossos Pastores e Sacerdotes um maior amor a alma de cada um dos fiéis confiados aos seus cuidados para que possam ajudá-los a abraçar o que é bom e rejeitar o que é nocivo a sua vida e à sua salvação.

Pe. Rodrigo Maria
Fonte: A Jesus por Maria -
Carta circular aos amigos da Arca – n° 04\
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OBS: Realmente estas festas são um grande mal, e Deus com certeza não gosta nada disso. O problema é que isso se enraizou de tal forma, que é difícil extirpar da mente dos católicos. Mas as pessoas que lutam contra isso não devem desistir. Em certa paróquia, o pároco proibiu as bebidas alcoólicas na festa do padroeiro, que era também festa tradicional do município. Que aconteceu? Foi denunciado ao bispo, que deu um jeito de mandar o padre embora...
Mas a semente ficou... E hoje, pelo que sei, em toda a diocese está sendo proibida a venda de bebidas nas festas de padroeiro. De fato, o dízimo é a forma instituída por Deus para a manutenção das atividades da Paróquia e da Igreja em geral. Mas as pessoas preferem gastar 200 reais numa festa com bebidas, do que dar 20 de dízimo, com amor e fé. Eis que milhares das nossas capelas são construídas a custa de comilanças, cigarros e cerveja... E echam que Deus aprova!