sábado, 26 de fevereiro de 2011

MILITARIZAÇÃO CRESCENTE

Falam as profecias que ao final dos tempos as nações estariam sendo governadas por maus governantes, que por frete falavam em paz, mas nos bastidores preparavam a guerra. O artigo abaixo ilustra bem esta profecia, fato que temos desde muitos anos anunciado. Nós vivemos hoje os 25 anos finais de FALSA PAZ preditos na mensagem de La Sallete. Uma tenebrosa escaramuça se prepara em todo mundo. Russos, chineses e maometanos, formarão um grande exército, ao qual pode se aliar a India, e quando tiverem sido parados 1/4 da humanida terá desaparecido. Está escrito no apocalipse, com estes números. Então acontecerá!

Por - Alex Corsini, no Monitor Mercantil

Apesar da formalização do acordo Start-3 a corrida armamentista prossegue
Muito foi dito e escrito nos últimos meses para convencer as pessoas de que o mundo tornou-se, supostamente, mais "seguro" e mais "pacífico", após a formalização do novo acordo para redução dos arsenais nucleares (Start-3), que prevê uma redução de cerca de 1/3 das armas estratégicas nucleares que possuem as superpotências mundiais.

Entretanto, a realidade é que o antagonismo entre as potências imperialistas agrava-se cada vez mais. Guerras econômicas e comerciais, choques de grandes monopólios e mecanismos estatais, com meios diplomáticos e de espionagem cercam todos os lados da atividade humana. E destes antagonismos não poderia ser excluído o espaço, apesar dos "compromissos" internacionais e acordos, expressos no Direito Internacional.

Recentemente, os veículos de comunicação dos EUA manifestaram sua preocupação com relação à "espaçonave robotizada russa" que é capaz de enfrentar a análoga norte-americana, Boeing X-37B. Segundo o jornal norte-americano Christian Science Monitor, "o renascido setor espacial da Rússia pode estar desenvolvendo sua versão análoga da espaçonave não tripulada norte-americana de múltiplos usos".

E, segundo opinião de autoridades norte-americanas, "o Kremlin hoje considera os bem sucedidos projetos espaciais como sendo vetores de importância estratégica para o aumento do peso da Rússia que agora despende elevados volumes de recursos para reativar seu envelhecido setor espacial".

Estas avaliações foram formuladas por causa das declarações do comandante das Forças Armadas Espaciais da Rússia, general Oleg Ostapenko, que no início deste mês disse apenas que "a Rússia tem conseguido algo neste setor".

Uso bélico
Anotem que a espaçonave norte-americana X-37B foi lançada em 22 de abril do ano passado e durante sete meses executou missão secreta no espaço, retornando à Terra em dezembro. De acordo com informações disponíveis, a X-37B tem apenas 1/4 das dimensões dos ônibus espaciais da Nasa e dispõe de baterias que são carregadas por espelhos-seletores solares que fornecem energia para um vôo autônomo com duração de até nove meses.

O X-37B não é tripulado e também não precisa ser comandado por terra, porque dispõe de um sistema de piloto automático tão desenvolvido que permite - além de traçar seu próprio itinerário no espaço - retornar à Terra, aterrissando sem absolutamente nenhuma intervenção humana.

Konstantin Sivkov, primeiro vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos da Rússia, solicitado a comentar o vôo da nave norte-americana, disse que "trata-se de um avião espacial que poderá servir para muitos propósitos, como, por exemplo, a destruição de outros satélites".

Ainda, de acordo com Sivkov, "não está excluído o uso desta aeronave espacial como vetor de defesa antimíssil, ou para atingir alvos na Terra. O X-37B é um vetor, uma plataforma, que os norte-americanos podem utilizar como desejarem".

Mas Sivkov não deixou de avaliar os riscos que representa a X-37B, tanto para a segurança da China, quanto, também, da Rússia: "No que diz respeito à China, os EUA procuram hoje encontrar várias fórmulas tecnológicas que lhes permitam garantir sua supremacia mundial no futuro conflito para a aquisição de matérias-primas. Mas, também, os chineses, por sua vez, estão testando - com sucesso - vários modelos de armas espaciais, entre as quais anti-satélites".

Provável resposta russa
Sivkov revelou que "na década de 1970 a Rússia desenvolveu vários vetores espaciais. Por exemplo, quando começaram as pesquisas para o desenvolvimento de uma astronave supersônica, capaz de atingir alvos na Terra, podendo permanecer em vôo por longo tempo. No início da década de 1980, foram iniciados os testes de uma espaçonave análoga, que foram concluídos com sucesso".

Contudo, com a derrocada da União Soviética, durante o governo de Boris Yeltsin, o desenvolvimento foi abandonado. "Aliás, também, em 1993, foi cancelado o programa de construção do ônibus espacial russo Buran, que poderia permanecer voando durante longos meses".

Questionado se a Rússia reúne condições para responder contra uma provocatsia dos EUA, Sivkov disse que "a Rússia hoje não está preparada, ainda, para lançar uma espaçonave semelhante à norte-americana X-37B. Contudo, reestruturou a versão do denominado "matador de satélites", o famoso caça MIG-31M, que já foi testado durante os anos da União Soviética e é capaz de destruir satélites inimigos".
"A Rússia também poderá reiniciar a construção de uma espaçonave, movida com combustível nuclear, assim como poderá lançar e manter em órbita ogivas nucleares, destinadas à destruição de satélites e outras espaçonaves com impulso eletromagnético."

EUA X China
Já se sabe que a China dispõe de um veículo espacial análogo ao Boeing X-37B norte-americano, já fabricado e que já realizou, com sucesso, o programa de testes. Este veículo espacial chinês foi batizado Dragão Mágico (Shenlong, em chinês).
A disputa entre EUA e China para o controle do espaço já começou e já registra as primeiras derrubadas mútuas de satélites. Foram revelados documentos secretos norte-americanos, segundo os quais os EUA já testaram sua arma secreta destinada a destruir satélites.

O cruzador norte-americano USS Lake Erie lançou míssil que atingiu e derrubou o satélite norte-americano 193, em uma altura de 150 milhas. Este teste norte-americano foi realizado cerca de um ano após um teste análogo chinês, que derrubou um satélite da China.

Anotem que, em 11 de janeiro de 2007, a China lançou um míssil balístico intercontinental, o qual, voando a uma altura de 150 milhas, derrubou um satélite meteorológico chinês. Com este teste a China mostrou que suas Forças Armadas estão preparadas para atuar também no espaço e causar sérios problemas nas comunicações via satélite do opositor, particularmente, os EUA, os quais, por causa da ação militar mundial, estão se apoiando, basicamente, nas comunicações via satélite.

O teste da China provocou confusão e pânico nos EUA e iniciou uma troca de duros comunicados entre Washington e Beijing. Condoleezza Rice, então secretária de Estado dos Estados Unidos, havia declarado que "qualquer intervenção que tenha como alvo o sistema interespacial norte-americano será considerado pelo governo como solapamento de seus direitos e será enfrentada como agravamento da crise e do choque".

"Utopia reacionária"
Entretanto, os EUA não ficaram só em protestos verbais, e partiram para mostrar à China que também reuniam possibilidades de agir no espaço. Assim, lançaram um míssil que derrubou um satélite norte-americano.

Mas, em janeiro do ano passado, a China realizou novo teste. Desta vez, os chineses derrubaram um míssil balístico intercontinental em uma altura de 150 milhas da Terra. Ato contínuo, os EUA classificaram a demonstração como teste de arma anti-satélite, enquanto a atual secretária de Estado, Hillary Clinton, exigiu que o governo de Beijing informasse os objetivos do programa chinês de defesa antimíssil.

Em resposta, o governo de Bejing acusou os EUA de realizarem testes de arma laser que poderá destruir mísseis chineses sobre o território da China.

Ao que tudo indica, já começou a nova corrida armamentista com o objetivo de militarização do espaço, tornando ainda mais atuais as palavras de Lenin: "As promessas de pacifismo e de desarmamento internacional nas condições do capitalismo e dos tribunais de arbitragem não são somente uma utopia reacionária, mas, também, constituem ostensivo engano para os trabalhadores, e visam ao desarmamento do proletariado e a seu afastamento de seu dever de desarmar os exploradores".

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