Já tenho escrito alguns milhões de palavras voltadas a alertar as pessoas, aos filhos e filhas de Deus, chamando a atenção para os de boa vontade, para os sinais dos nossos dias, precursores de algo inédito, assombroso e de extrema destruição para o nosso planeta. Nós, de fato, estamos no limiar do caos final, da última explosão do mal, e seguramente da suprema e arrasadora vitória das forças do bem contra os apavorantes exércitos do mal. Embora pareça o contrário!
O misterioso disso tudo é perceber que são poucos, para dizer a verdade, são raros, e são escolhidos entre bilhões aqueles que percebem tudo isso, que sentem desde o mais profundo de seus corações a iminência dos eventos finais, citados nas Sagradas Escrituras, eis os profetas dos últimos tempos. Mas a Palavra de Deus já previa que os homens e mulheres do nosso tempo haveriam de escarnecer dos sinais, dizendo que desde os tempos antigos foi sempre assim, que o mal veio e foi derrotado e que, no final, o bem sempre vence.
Há, porém, nesta frase uma série de desdobramentos, a começar pelo fato de que, sempre que existem estas batalhas, multidões são eliminadas e corre sangue abundante, o que é horrível e não precisaria ser assim. Pelo menos, Deus nunca quis que assim fosse! Em segundo, o fato de ignorarem os sinais e avisos de Deus soa para o Poderoso como escárnio, porque quem se deixa cegar desta forma é, sem dúvida, regido pelo inimigo. E Deus nos deu a razão para perceber isso! Em terceiro, o que está por vir agora é, no mínimo, o dobro de TUDO aquilo que, somado, já ocorreu no mundo em termos de desgraças e de mortes violentas. Tanto assim que o decreto do Altíssimo avisa: dá-lhe em dobro em tormentos e prantos.
A pergunta que se faz, aqui e agora, é como chegamos a este estado de coisas, se o mundo caminhou dois milênios já, depois de Jesus, mesmo em tribulação menor? O que nos fez chegar a este estado atual de coisas, onde a moral dos povos desce aos abismos inauditos e o pecado, em turbilhões diluviais, ameaça matar a fé até mesmo dos escolhidos? Sim, uma vez que falamos em confronto entre o bem e o mal, nosso instinto natural percebe que, mais do que nunca, o mal vence, se assenhora, se assoberba, comanda, rege, e parece triunfar sobre o bem! Mais terrível do que isso é que mal passou a ser bem, e o que é bem passou a ser mal! E cada dia fica pior!
Mas nem isso responde à pergunta que fiz no começo: como e por que nós chegamos a isso? Bem, seria preciso um longo artigo para escrever sobre isso, mas vamos resumir tudo numa só palavra: Igreja! Claro, falo da única Igreja verdadeiramente de Jesus, a Católica Apostólica Romana. De fato, a Igreja Católica, com seus preciosos e mesmo valiosíssimos tesouros, que são os Sete Sacramentos, é, sem dúvida, o “fiel da balança” do mundo, da terra, do próprio Universo, com tudo o que ele contém. Porque nada existe em todo este mesmo Universo e, portanto, nesta nossa terra, da qual Deus tenha mais ciúme, a Igreja. Maior zelo!
Durante séculos, a Igreja Católica foi para o mundo um sinal permanente de moral, de princípios eternos e imutáveis, de fiel guardiã da Santa Doutrina, que emana somente das Escrituras Sagradas. Durante dois milênios ela foi continuamente açoitada pelos ventos fétidos do abismo, e sobre ela o dragão infernal já vomitou dilúvios de heresias, multidões de hereges, avalanches de mentiras e um sem fim de calúnias. Mas sempre, conduzida pelo Espírito Santo, a divina esposa de Cristo, nosso Salvador, se manteve de pé, embora surgissem os ventos e as tempestades. Mas ultimamente, carcomida por dentro, por um verme asqueroso, diabólico, ela está sendo destruída e já mostra mesmo imensos rombos.
A Igreja Católica foi fundada por Jesus, com uma única finalidade, que é levar as almas para Deus. Não existe outra, e esta centraliza tudo aquilo que o Pai Criador almeja em Seu projeto amoroso quanto ao homem. Esta Igreja deve andar os passos de Jesus, seguir os rastros Dele, viver como Ele viveu e ensinar exatamente o que Ele ensinou, para que cada um de nós vá viver depois no Céu, na morada que lá construímos, enviando material daqui. Sair deste ensinamento precioso, desvirtuar o sentido das Escrituras, burlar ou desconhecer o Catecismo da Igreja significa conduzir o rebanho de Cristo aos abismos, e justamente é para eles que caminhamos hoje.
O fato é que a Igreja Católica, fiel guardiã do AMOR, construiu, sem dúvida, toda a civilização ocidental, e, mais do que isso, enterneceu a alma sensitiva dos brutos do Oriente, de modo que, sem ela e o legado de Jesus, o mundo ainda vegetaria na barbárie, isso se ainda existissem homens na terra. Este fato é inegável, e somente os brutos da alma, os celerados de espírito, negam isso diante de todas as evidências, provas e realidades. Foi a Igreja que deu suporte ao mundo para que a humanidade construísse esta que agora se faz uma pavorosa civilização, mesmo que ela tenha sido construída sobre o suor e o sangue.
Mas o que acontece hoje? Açoitada pelos ventos da mentira, do ódio dos entes do mal, empestada pelo hálito fétido de satanás e carcomida por dentro pelos vermes que obedecem aos espíritos infernais, eis que a Igreja tomou outro rumo. Ao invés de ir cantando hinos rumo à pátria celeste, eis que grande parte dela canta o canto fúnebre do abismo, porque procura a terra, deforma o culto e destrói os ritos, porque já não cultua mais a Deus e sim, o homem. Eis o ser humano feito divindade, porque parte já maior da Igreja procura apenas satisfazer o físico e saciar os instintos das pessoas. E isso a afasta do celeste, e sem Deus vai aos abismos.
A Igreja, em síntese, foi feita por Deus como guardiã da alma humana, o tesouro mais caro, mais divino, mais perfeito e estimado por este mesmo Deus, Criador e Pai. A alma humana, dos filhos e filhas de Deus, é partícula valiosa que nos foi doada pelo mesmo Criador, e cada uma delas, na mais profunda concepção de seus efeitos, vale mais sozinha do que toda a matéria que existe no Universo, embora a existência dos trilhões de astros com todas as suas riquezas. A alma não é matéria, é parte do Espírito do Próprio Deus e é feita imortal, porque se imortaliza Naquele que É pelos séculos infinitos.
Em nada, em toda esta imensa e bela criação, com todos os seus eternos atributos de perfeição, Deus colocou tanto amor como na alma humana. Não visível aos olhos da carne, não perceptível ao toque dos sentidos, não constituída de qualquer matéria, a alma nos liga ao Próprio Criador como parte íntima de Si, como um pedaço do Próprio Deus, que a ama com Amor Eterno. E, por causa deste amor e por causa desta profunda afeição, Ele tem se desvelado desde os séculos para resgatar de volta para Si a todas as almas que criou, e por causa delas desceu aos abismos.
De fato, “ninguém tem Amor maior do que aquele que dá a vida por seus irmãos”. Jesus, nosso Deus, fez isso, e pagou com sua vida pelo resgate de muitos, mas estes “muitos” infelizmente não são todos. Há aqueles que não desejam mais participar da divindade, já não pertencem ao Corpo de Cristo e preferem seguir os caminhos do mundo, sem ligarem para os lamentos do nosso Deus, que, em Seu Infinito Amor, nos sinaliza, avisa e tenta atrair, porque nos deu a liberdade até mesmo de rejeitá-lO, de odiá-lO.
Certa vez eu estava numa repartição pública, onde muitos funcionários atendiam ao balcão, percebi que a conversa deles versava sobre o céu e o inferno. Num dado momento eu ouvi uma jovem dizer assim: “cruzes, eu nunca quero ir para o Céu, pra ficar lá assim, paradinho eternamente, de mãos postas rezando. Eu quero é ir para o inferno, porque lá a gente tem festa o tempo inteiro.” Digo isso, não para o efeito da colocação em si, mas para generalizar o que hoje acontece: a humanidade namora o demônio, porque lhe proporciona aqui a festa, insanamente imaginando que também na eternidade da morte, no inferno, há festa.
E a Igreja tem se deixado enganar, não pela voz do Santo Padre, mas pela voz tão macia quanto asquerosa dos lobos sanguinários. Como na fábula dos porquinhos, também aqui o lobo comeu pó de giz, amaciando a fala e, com isso, enganando as ovelhas que então o seguem para o inferno. De fato, hoje se pode dizer que a humanidade em peso caminha para o inferno, tanto que, na mensagem do último cenáculo, a Mãezinha disse que no mundo de hoje há mais joio do que trigo. E Jesus perguntou: se fôssemos agora ao túmulo, qual seria a nossa história?
Então pergunto: qual será a história dos lobos que conduzem as almas incautas ao abismo? Qual será a história da alcateia que não sabe mais do valor de uma alma, e já não luta por ela? Qual será a negra história dos que se deixaram vender ao inimigo, e ensinam os descaminhos, as heresias, a falsa doutrina humana, e que, além disso, andam eles mesmos pelos caminhos da perdição eterna? Qual será a história desta parte já maior da Igreja de Jesus que se esqueceu de buscar com exclusividade a morada eterna e insiste nas obras físicas, no saciar barrigas, no preservar a fauna e no buscar a felicidade apenas aqui nesta terra?
Qual será a história desta parte maior da nossa Igreja Católica que combate a oração do Rosário e do Terço, que combate até mesmo a Ave Maria e todo tipo de oração, esquecendo-se de que a piedade é dom dos humildes e que só estes adentram os céus? Qual será a história desta parte já negra da Igreja que, mesmo sabendo das Escrituras que estudou por décadas, ainda assim afunda-se nos escândalos sexuais, nas orgias, na comilança, no bom vinho tinto, nobre e caro, no queijo fino e raro, esquecendo-se de que a carne é pó e morre? Qual será a história desta parte já negra da Igreja que nega os Dogmas de Fé, nega o pecado – porque está abarrotada deles – e já não faz conta de que tem uma alma a preservar e a salvar? Tudo isso é regra humana, não divina! Tudo isso faz perder, não salvar!
Pois bem, aqui estamos prontos a constar, ou a apontar o motivo pelo qual estamos realmente no limiar do caos: estamos nele exatamente por causa do estado desta mesma Igreja que, tendo construído esta civilização, parte agora para destruí-la, seguindo princípios humanos, regras da terra, coisas do pó e tudo o que é fadado ao desaparecimento. Estamos no limiar do caos, porque a moral desceu aos abismos da podridão, e esta Igreja negra se cala, se acovarda, se aniquila, e ainda grita que deve se misturar ao povo, quando este mesmo povo a engole, porque não é mais povo santo e de Deus. Ele não tem aliança alguma com aqueles que não querem ser seus filhos.
Estamos no limiar do grande caos, exatamente porque maus pastores em tempos de sombras, e já de trevas, resolveram cultuar o homem, adorar a criatura, e se decidiram pelo que não leva aos Céus. Estamos no limiar do grande caos, porque maus mestres e falsos teólogos ensinaram que se deve expulsar o Sacrário para os cantos, derrubar as imagens dos santos, extirpar das igrejas os confessionários com grades e tirar os genuflexórios dos bancos almofadados, para que as ovelhas escutem falsas homilias políticas, que discutam questões de bairros, código florestal e que simplesmente ignorem os Sacramentos que salvam. Estamos no limiar do caos por causa dos dilúvios diários de pecados e dos aluviões de sacrilégios que se cometem nesta Igreja, já não santa, até porque ignora e mesmo despreza o Santo que a criou.
Deus salvará a Sua Igreja, sabemos disso, porque Jesus nos prometeu esta vitória. Deus salvará a Sua Igreja, embora nossos pecados e sacrilégios. Deus salvará a Sua Igreja, independente de nossos méritos ou deméritos. Mas isso nos custará também dilúvios de sofrimentos e aluviões de sangue, porque, até isso acontecer, a terra inteira será tingida por gotas de sangue humano, e se realizará quando o solo das nações estará juncado de cadáveres. E isso não sou eu que vaticino, são os profetas antigos que avisaram sobre o Dia do Senhor. Está lá na Bíblia, podem conferir!
Este caos, do qual estamos no limiar, trará sobre a terra sofrimentos jamais vistos. A humanidade permitiu ao demônio – ele só age com nossa permissão – avançar demais. E o inferno, tendo enganado mais de metade dos homens e mulheres deste planeta, não largará facilmente a sua presa, e para tanto exigirá sacrifícios de sangue, eis o preço de nossa parcela no resgate das almas. Ele virá em forma de dores, doenças, pestes novas e antigas, de fome e de sede, de carência de tudo. Virá de um verdadeiro inferno derramado sobre o planeta! Virá exatamente porque os homens assim o desejam, para isso trabalham assiduamente, e porque se esqueceram de seu Deus.
Estamos sim, sem dúvida alguma, no limiar do caos. Os jogos financeiros são praticados na casa dos trilhões e quatrilhões, criando as bases finais do anticristo, eis o demônio encarnado. Eu me perguntava, ainda há pouco, o motivo pelo qual alguns homens, poucos deles, tendo já praticamente toda a riqueza do planeta nas mãos, ou na dependência deles, ainda insistem em angariar mais, e mais, e mais? A resposta é simples: eles elegerem o ouro por seu deus e senhor, de fato, seu ídolo, e o erigem cada vez maior, para seu deleite pessoal. É na verdade a estátua de um ídolo o que erigem, mesmo sabendo que dentro dela mora Lúcifer, que o movimenta e dá vida.
Eles, porém, desconhecem que sempre a Cruz é maior e mais pesada. Quando viajamos pelas cidades, vemos sempre na entrada o selo do diabo como a dizer: esta cidade me pertence! Mas, nestas mesmas cidades, sempre no alto de algum campanário, ergue-se, bem alta e sobre tudo, uma cruz. E ela é o sinal de salvação, de redenção desta humanidade caída! E de fato eles podem até derrubar os campanários, esmagar as cruzes e destruir tudo “aquilo que é divino e sagrado”, eles podem até fazer seu ídolo “sentar-se no torno de Deus e se fazer passar por Deus”, mas esta mesma cruz haverá de desabar sobre eles todos. E eles não resistirão ao seu peso!
Do caos que segue, resultará um mundo novo, fantástico, extraordinário, porque será feito em Deus, por Deus e para Deus, e assim pelo sempre infinito. O punhado de homens e mulheres que restarem e possivelmente caber em apenas algumas quadras, haverá de exultar de alegria – e isso não tarda – e haverá de cantar o cântico da vitória, como réquiem para os mortos da alma, como sinal de vitória sobre o mal, sobre as trevas e sobre os malditos que para elas lutaram, tentando vencer o bem.
Quem viver verá tudo isso. Quem vir tudo isso será transformado até ao âmago mais profundo de seu ser, e mudará para sempre no bem. Tamanha é a dor que nos espera adiante, visto que isso ficará impresso no gene humano, de tal forma que jamais o homem voltará a pecar, e jamais se perderá uma só alma. Porque daqueles que buscam a perdição já não restará nem mesmo a sombra, nem os rastros de sua passagem sobre a terra, nem os sinais de suas obras nefandas. Deles, de sua raça, de seus filhos e filhas! Eis que a raiz e a semente do mal serão extirpadas daqui para sempre. Com eles cairá a falsa igreja da terra, e nunca mais haverá caos neste planeta.
Cantemos, enfim, desde já o cântico da vitória: Ave, Maria! Santa Maria!... É com este canto que venceremos! Vamos ao triunfo dos Corações unidos de Jesus e Maria! Logo virá o sopro do Espírito Santo e revitalizará toda a nossa Igreja, tornando-a mais santa e esplendorosa do que nunca! Porque, quando todo o caos cessar, restará apenas a Noiva, esplendidamente ornada, para as núpcias do Cordeiro. Ele vem, e fará novas todas as coisas! Não temamos nada! Ele conta conosco!... E nós, com Ele...
Que Deus vos abençoe a todos!
Aarão.
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