sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Beata Alexandrina de Balasar, Portugal, nasceu em 30 de Março de 1904. Ela fez a Primeira Comunhão aos 7 anos. Sempre foi uma menina muito pura, humilde e devota. Em 1918, aos 14 anos, Alexandrina preferiu jogar-se de uma alta janela para escapar de três homens que tinham entrado em sua casa com a intenção de abusar dela, da sua irmã Deolinda, e de uma amiga. Devido à queda, ficou completamente paraplégica por uma mielite na espinha dorsal. Sem chances de cura, doou-se totalmente a Jesus através de Maria, com o voto de virgindade e ofereceu-se voluntariamente como vítima. Nos dias em que vivia apenas deitada no seu quarto sem poder andar, sempre ficava horas em oração. De seu quarto, Alexandrina adorava Jesus presente em todos os Sacrários da Terra, procurando sempre fazer-lhe companhia mesmo de lá. Apesar de tanto sofrimento, oferecia tudo a Deus pelos pecadores e estava sempre alegre, transmitindo paz com seu belo sorriso que impressionava a todos. Alexandrina teve muitas manifestações de Jesus e Nossa Senhora. Ela passou os últimos 13 anos da sua vida se alimentando somente da Eucaristia. Alexandrina pediu a Jesus para poder morrer numa quinta-feira, dia dedicado à Santíssima Eucaristia, e numa festa mariana pelo amor a Nossa Senhora. O seu desejo foi atendido: ela faleceu em 13 de Outubro de 1955, aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, e agora também dia da sua festa litúrgica. Alexandrina de Balasar foi beatificada em 25 de Abril de 2004 e os devotos aguardam ansiosamente pela canonização. As mensagens de Jesus dadas à Beata Alexandrina de Balasar sobre os Sacrários são muito importantes:

“Amar o meu Coração. Amar-me Crucificado é bom. Mas ama-me nos meus Sacrários, onde me podes contemplar, não com os olhos do corpo, mas com os olhos da alma e do espírito, onde estou em Corpo, Alma e Divindade. O tempo passa, o tempo é breve e Eu te escolho um lugar no Céu muito pertinho de mim, assim como na Terra escolheste estar junto de mim, nos meus Sacrários. Vai aos meus Sacrários, vive lá. É de lá que vem a força para tudo. Ama-me muito, pensa somente em mim. Vem aos meus sacrários. Vem à minha escola. Aprende do teu Jesus o amor ao silêncio, à humildade, à obediência e ao abandono. Faz que eu seja amado por todos no meu Sacramento de amor, o maior dos meus Sacramentos, o maior milagre da minha sabedoria.”

“Queres encontrar-me, minha filha? Procura-me no teu coração e na tua alma. Habito lá a penetrar mais em ti o meu amor e a santificar-te mais. O teu coração é o meu Sacrário. E a ti é sempre nos meus Sacrários que Eu quero te encon­trar a pedir-me pelos pecadores. Quero que me digas muitas vezes que és toda minha. Se soubesses como Me consolas! E como acodes aos pecadores só em Me dizeres que és minha vítima! A minha paga é o meu amor e um lugar no Céu tão lindo, tão lindo, muito perto de Mim, muito unidinha a Mim. Se tu pudesses vê-lo, seria o bastante para a tua morte: morrerias de alegria. Não penses em nada deste mundo, pois tu não és dele. Ama-me muito. Olha que te confio os meus Sacrários e os pecadores.”

“Ama a solidão. Vai aos meus Sacrários. É lá onde aprendes. É lá onde a solidão é mais praticada há anos... há séculos... Esteja em recolhimento comigo e mantém o silêncio. Coloca-te como num exílio, num deserto. Falemos um ao outro com amor e ternura de esposos. Coloca sobre mim todas as preocupações da tua vida e pede-me aquilo que desejas. Confia em Mim. Não me deixes, minha filha, nem mesmo um instante só, na minha Eucaristia. Seja lá o teu deserto.”

“Diz às almas que me amam para que vivam unidas a mim durante o seu trabalho. Nas suas casas, seja de dia ou de noite, ajoelhem-se muitas vezes em espírito. E de cabeça inclinada digam: Jesus, Eu Vos adoro em todo o lugar onde habitais Sacramentado. Faço-vos companhia pelos que Vos desprezam. Amo-vos pelos que não vos amam. Desagravo-vos pelos que vos ofendem. Jesus, vinde ao meu coração!”

“Estes momentos de adoração serão de grande alegria e consolação para mim. Que crimes se cometem contra Mim na Eucaristia! Sou horrivelmente mais ofendido neste sacramento de amor por aquelas almas que se dizem piedosas do que pelos grandes pecadores. Os pecadores cometem grandes sacrilégios pela grande ignorância, enquanto os piedosos cometem com conhecimento do mal que fazem. Repara, minha filha. Vive a vida da cruz. Vive a vida da Eucaristia.”

“Que seja bem pregada e propagada a devoção aos Sacrários, porque passam-se dias e dias que me não visitam, não me Amam, não me desagravam. Não crêem que eu habito lá. Eu quero que se acenda nas almas a devoção para com estas Prisões de Amor; não somente naquelas que já me amam, mas em todas. Em todo o trabalho podem consolar-me. Que seja bem pregada e bem propagada a Devoção aos Sacrários, porque são tantos aqueles que, embora entrando na Igreja, nem sequer me saúdam, e não param um momento para adorar-me. Eu quereria muitos guardas fiéis, prostrados diante dos Sacrários, para impedirem tantos e tantos crimes!”

“Não acreditam na minha Existência! Não acreditam que Eu ali habito! Blasfemam contra mim! Outros crêem, mas não me amam e não me visitam, vivendo como se Eu não estivesse presente! Faz tuas as Minhas Prisões! Escolhi-te para me fazeres companhia nesses pequenos Refúgios. Muitos são tão pobrezinhos! Mas, dentro deles, que riqueza! Aí está a Riqueza do Céu e da Terra! Ouve, minha filha, e atende ao pedido do teu Jesus. Anda fazer-me companhia nos meus Sacrários. Nesta noite, nestas horas em que Eu sou mais ofendido. Não me deixes sozinho, tem pena de Mim! Anda com essas tuas dores e com as tuas orações sustentar o Braço da minha justiça prestes a cair sobre os pecadores. Ainda para alguns o baixarei sem castigar; mas para muitos não! Muitos no pecado e daí a poucos momentos no inferno! Eu morri por eles e por eles dei o meu Sangue e por eles fiquei nos Sacrários há tantos séculos. E lá estarei até ao fim. Mas eles desprezam as minhas graças: triste verdade!”

“A Eucaristia é a Paixão recordada. Por isso, minha esposa fiel, vai com o teu amor e com a tua reparação, curar as Feridas que me são abertas pelos delitos! As dores na Eucaristia são mais horríveis que as dores do Calvário! Quantos cravos, quantas coroas de espinhos e quantas lanças! Vai passar grande parte da noite nos meus Tabernáculos, com o teu coração! E, assim mesmo, estarás neles em todo o Mundo!”

Em 25 de fevereiro de 1949, Jesus confiou à Beata Alexandrina a divulgação da Devoção às 6 primeiras Quintas-feiras do mês:

“Minha filha, minha esposa querida, faz que Eu seja amado, consolado e reparado na minha Eucaristia. Diz em meu nome que todos aqueles que comungarem bem, com sinceridade e humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do meu Sacrário passarem uma hora de adoração e íntima união comigo, lhes prometo o Céu. É para honrarem pela Eucaristia as minhas Santas Chagas, honrando primeiro a do meu Sagrado Ombro tão pouco lembrada. Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as Dores da minha Bendita Mãe e em nome delas nos pedir graças, quer espirituais, quer corporais, eu lhas prometo a não ser que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei comigo minha Mãe Santíssima para defendê-los. Eu quero almas, muitas almas verdadeiramente eucarísticas. O Sacrário, o Sacrário... Oh, se fosse bem compreendido o Sacrário! O Sacrário é a vida, o Sacrário é o amor, o Sacrário é a alegria e a paz. O Sacrário é lugar de dor, é lugar de ofensas, é lugar de sofrimentos. O Sacrário é desprezado, o Jesus do Sacrário não é compreendido!”

“Estou ali no Sacrário naquela Hóstia pura, em Corpo, Alma e Divindade. Venham com os seus corações puros, muito puros e sequiosos! Se vierem ao Sacrário nas devidas disposições e rezarem o Rosário, ou uma parte dele, todos os dias, de mais nada mais é preciso para que se afaste a justiça de Deus. O Rosário, o Sacrário e as minhas vítimas, a vítima deste Calvário, são o suficiente para que ao mundo seja dado o perdão e a paz. Quem vem ao Sacrário vive puro. Quem vive à sombra de minha Mãe bendita, vive da sua pureza. E assim a Humanidade vive a vida nova, pura, santa, neste quartinho tantas vezes recomendado por Mim.”

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