quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

LAR CRISTÃO

(Escrito em 10/07/2003 - recoloco à pedido)

Em tanto tempo de busca, não diretamente de pesquisa, mas certamente busca de sentir o coração humano, descobrir-lhe os sentimentos, e entender o motivo pelo qual erra tanto, acabei por perceber muitas coisas que preciso dividir com todos. Já pessoas nos pediram para escrever sobre o casamento, sobre o relacionamento do casal e dos filhos, até mesmo sobre a sexualidade, e prometi fazê-lo.

Entretanto, se for para entrar pela via que a sociedade entende por normal, eu sequer me dou ao trabalho de escrever uma letra. De fato, com todo o respeito que tenho aos psicólogos como pessoas, e aos seus divãs onde eles próprios deveriam sentar, para mim eu defino toda a psicologia moderna como a “técnica do remendo”, qual seja, descumprir ao mandato de Jesus que disse: Ninguém coloca remendo novo, em tecido velho.

Sim, porque a única técnica que dá sempre certo, é pela via de Deus, qual seja, renovar Nele o tecido inteiro, para nunca precisar de remendos. Isso existe e é possível. Como o mundo é pífio, como a sociedade “moderna” é louca, também não me preocupo se as mulheres, os homens, os casais ficarem furiosos com o que vou escrever. Não me importa o mundo, nem o que ele pensa, mas sim a visão da verdade em Deus, conforme está na Bíblia tão claramente, esta a única pesquisa que me importa.

De fato, se o mundo tivesse realmente soluções, as coisas não estariam como estão. Se a psicologia moderna tivesse solução para as crises conjugais, as famílias não chegariam ao desastre atual. Se a moderna sociedade fosse eficiente, não haveria tantos depressivos, nem tantos suicídios e crimes hediondos. Na verdade, o esforço de muitos que se preocupam – como nós - com os rumos para onde o mundo vai, tem sido fazer compreender que perdemos o bonde da história. Que isto não terá mais cura pelo homem, mas que, ao invés de lamentar, devemos nos preparar rezando, porque a explosão vem. Ah! E como vem! Por isso, hoje vou falar do lar cristão!

Depois que dei um grito de liberdade contra minhas prisões antigas, certamente que tive que me corrigir de uma montanha de defeitos. E se continuo tendo muitos ainda, penso que, de um deles vou custar me livrar – se é que se pode julgar isso defeito – que é a verdadeira obsessão que tenho pelas coisas de Deus. Quero dizer, a necessidade que sinto de colocar para todos, que a vida sem Deus é impossível. É fazer ver que, mesmo nas menores coisas de nossa vida, abandonamos o caminho principal – Deus – e nos metemos em veredas, em trilhas, em atalhos, todos na realidade descaminhos. E quando depois perdidos, ao invés de voltarmos ao caminho principal, e recomeçarmos tudo de novo, agora corretamente, sempre preferimos buscar novos atalhos desconhecidos, jamais aceitando nossos erros, jamais corrigindo-nos através do grande perdão, da grande renúncia, única forma de cura definitiva.

Ora: com o perdão, Deus não faz um remendo, mas dá ao casal uma veste totalmente nova e imaculada, única forma de recomeçar sem os vestígios do antigo e errado proceder. Mas tem que ser perdão incondicional, senão nada feito. Ou seja, se a gente errar, deve recomeçar em Deus, tê-lO sempre à nossa frente, e jamais voltar a acusar-se de erros e falhas antigas. Só então o casal será realmente feliz! Dizem que não é bom citar a gente como exemplo, mas meu caso foi típico e preciso citar.

De fato, jamais eu estaria aqui escrevendo, se não tivesse partido para uma radical, explosiva e tonitruante modificação em minha vida. Se eu disser ao leitor, que eu e minha esposa, há menos de dez anos atrás, chegamos quase á loucura, podem acreditar com certeza. E foi somente pela mão de Deus, por uma graça imensa e imerecida, embora com um esforço supremo, que conseguimos nos arrancar do abismo profundo em que satanás nos havia metido. Especialmente quando ele – certamente – percebeu que a gente tinha uma missão maior pela frente. Mas nós nos agarramos tão obstinadamente no manto de Nossa Senhora, que hoje, finalmente já podemos respirar mais aliviados.

De fato, quando apeamos Deus de nossas vidas, imediatamente satanás – o esperto artífice do mal – nos oferece a sua própria garupa. Quando deixamos de lado a oração – o caminho que leva a Deus – logo o maldito nos carrega nos braços para o mundo, mostrando todos os seus deslumbramentos, novos, sempre outros – os atalhos – até que nos tenhamos enredado e perdido. Então, ao invés de ele nos ajudar a voltar para o caminho, ele monta na nossa própria garupa, eis aí nossas dores, nossos sofrimentos, nossas angústias, nossas depressões, nosso stress, esta praga moderníssima, prova perfeita e incontestável de falta de Deus em nossas vidas. São as esporas de satanás o flagelo maior da humanidade. De Deus, JAMAIS sairá uma família separada, destruída!

Olhem, porém, o mundo. Como estão as famílias? Como estão os casais? Quem já fez uma pesquisa, para saber quantos casais se podem dizer realmente felizes, ambos, em todos os sentidos, aqui no Brasil? Claro, eu falo de felicidade completa, interior e exterior, sem qualquer tipo de fingimento ou de mentira. Falo em felicidade na pobreza e na riqueza, na tristeza e na alegria, na doença e na saúde, sempre! Falo em felicidade não fingida, daqueles que se anulam por interesse, e mais tarde sucumbem no desespero. Quem tem estes dados? É que eu atendo tanta gente com problemas, tantos casais em crise, que não me consta de um só que viva realmente esta vida em Deus que sempre falo.

Coloquei todas estas coisas como introdução, porque também na família, no nosso lar, se ele não estiver firmado completamente no plano divino, já está indo pelo atalho, já está indo pelos descaminhos, quando não chegou ao estágio em que o maldito já montou nas costas do casal, ou da família. Seria aqui o momento de o casal recomeçar em Deus – pois Nele, se existe um cair, existe sempre um levantar – entretanto, não sei se um em cada milhão de casais, que chegou neste ponto, tem realmente coragem, e acha forças para tanto. Porque a maioria absoluta deles, quando tenta, escolhe o caminho do remendo novo em lençol velho, e acontece que, mal se deitam, já aparecem novos rombos. E digo mais, não existe outra forma, a não ser firmar-se no poder divino, dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, porque a miséria humana é de tal magnitude, que só compreenderemos isso, apenas ao nos livrarmos deste corpo pesado, sofrido, para adentrar na eternidade.

Com certeza plena, assim, todo lar cristão, nasce de outro lar cristão. Ninguém irá conseguir firmar os alicerces de uma família feliz, se não firmá-la em Deus. Já no próprio casamento em si, na cerimônia, acontece uma ruptura fenomenal, um rombo que muito dificilmente será curado. Eu me refiro ao fato de que, não sei se um em um milhão de casais, realmente “casa” com Deus. Ou seja, que ele não se preocupe absolutamente com nada da parte externa das bodas, mas tenha o coração voltado 100% para Deus, colocando-O como parte intrínseca, maior, principal e inseparável de suas vidas.

Na verdade, o aparato externo, o vestido da noiva, o bolo, os convites, o terno do noivo, os presentes, tudo isso consome 99,99% dos pensamentos e dos sentimentos da maioria dos casais, de modos que para Deus resta apenas aquele 0,01% miserável, quando muito. Como Ele poderá agir ali? Melhor, por qual motivo Ele se obrigaria a participar da vida do casal, se foi quase alijado desde o início? Tudo, pois, começou mal, não só no casamento, como já veio errado antes, no namoro! Quantos casais ainda casam, ambos virgens? Acaso não é certo que a sociedade moderna considera isso ridículo? Mas na verdade, esta poderosa renúncia, seria o início certo e seguro de uma vida matrimonial em Deus, porque deu tempo ao tempero do aço que forja a personalidade do casal para as futuras lutas, dores e vicissitudes.

Já muitas vezes apontamos o casal de Nazaré como exemplo em todos os sentidos. Se os leitores soubessem o que foi o casamento de José e Maria, certamente teria a mesma vergonha que tive do meu casamento – depois que lhe entendi o sentido – especialmente do primeiro. Lá, tudo foi sentimento! Tudo foi divino em plenitude! Tudo foi pureza, absoluta! Tudo foi apenas coração, alma, mente, espírito, jamais o físico, jamais qualquer tipo de exterioridade! No lar de José e Maria, eles próprios se anularam de tal forma em Deus, que representaram desde o início, apenas aquele 0,01%, sendo Deus o Tudo. Óbvio que jamais atingiremos este patamar de assombro. Óbvio que nenhum outro casal da terra chegou, nem chegará a tanto. Porém, quanto mais longe estivermos disso, maiores serão nossas dores e a nossa infelicidade! Maiores serão, também, os problemas, dentro dos nossos lares, e mais profundas as nossas divisões. E daí as separações!

A grande chave da felicidade de um casal, não está, eu diria, apenas no amor, porque o amor moderno tem muitas faces, a maioria delas não boas. Ela está sim, na renúncia! Renúncia que significa anulação completa de ser em si mesmo, para ser TUDO no outro! Maria e José fizeram assim! Eles viveram apenas um para o outro, e em nenhum momento para si. Isso significa doação completa de si mesmo, em reciprocidade feliz e absoluta, como a única forma de anular o egoísmo – fonte onde bebem os demônios – e o único alicerce capaz de manter firme o lar.

Eis que esta doação é na verdade a essência do amor cristão. E como Deus é Amor, renunciar-se a si mesmo para viver no outro – homem e mulher – é participar desta essência bendita e agregadora, o Amor de Deus! Ele é a solda, o amalgama perfeito, que une as almas e os corações, num pulsar único em Deus. Eis que, quanto mais se preservam as individualidades dentro de um casal – é isso que a psicologia ensina – mais se quebra o vínculo com Deus, pois se divide e segrega. Eis aí a melhor ferramenta de Lúcifer para destruir as famílias: O egoísmo!

Naturalmente que, quando uma família está TODA firmada em Deus, ela também aceita plenamente a vontade Dele. E a primeira coisa que esta família fará, é conformar-se com aquilo que tem, com aquilo que Deus lhe dá, fugindo especialmente de tudo aquilo que leve à fúria consumista e insana de hoje. Falo em ser feliz com os bens que se tem e se adquire legalmente. Falo em contentar-se com pouco, em não viver a vida toda somente a pensar em crescer loucamente, em invejar o que os outros têm, em querer possuir mais e melhor que os outros, coisa que certamente traz enormes prejuízos, quando não a desagregação completa da família. Quantos seguem isso?

Longe, porém, da pobreza conformada e inativa, ou seja, daqueles que nada fazem, esperando que Deus faça tudo. Esta pobreza vem do diabo e se chama preguiça. Deus nunca quis ninguém pobre, sem emprego, sem salário, passando fome, morando mal, ou vivendo de esmolas e sofrendo de doenças, os males todos da família “moderna”. Estas coisas, TODAS, falo em 100% delas, sofrem aqueles que já estão, com toda a certeza, com satanás montado nas suas costas e metendo a espora. Eu desafio, qualquer família do mundo, que viva em Deus realmente, e que mesmo assim passe necessidades e seja infeliz. Se me provarem que esta família existe, então eu provarei que Deus é mentiroso, e que não cumpre as Suas promessas.

Naturalmente que, para cumprir a vontade de Deus, é preciso seguir o Seu projeto de família. Da Família Santa, fica o exemplo, mas a Palavra de Deus também traz indicações preciosas. Vejam! O mundo machista diz: Abaixo às mulheres! As feministas gritam: Abaixo ao homem, viva a liberdade! Entre eles a Bíblia diz: “O homem e a mulher se unirão e serão uma só carne!” E São Paulo diz mais: “Mulheres! Sejam submissas aos seus maridos, assim como convém ao Senhor. Maridos! Amai às vossas esposas!”... Ou seja, o homem é cabeça, a mulher é coração. Um não vive sem o outro, sendo, pois “uma só carne”! Como pode funcionar um corpo com duas cabeças, ou com um coração dividido?

O homem é responsável pela família, a mulher é a maior responsável pela educação e formação dos filhos. Quando o homem se furta ao desígnio de dar condições de vida digna aos seus filhos e esposa, ou quando a mulher foge do lar – mesmo que para trabalhar fora – descumprindo o sentido maior da sua missão, rasgam ambos o contrato que fizeram com Deus. Cospem, ainda, naquele mísero 0,01% que Lhe deram, na “Missa” de casamento.

Ora, o mundo moderno, já não ouve mais a voz de Deus, nem segue mais as regras que Ele instituiu por sagradas. Quando Deus pede a submissão da mulher ao homem, não pede dela a escravidão, nem dá direito ao homem de ter uma serva. Em contrapartida, quando Deus pede ao homem que ame à sua esposa, não lhe pede amor físico e sexo apenas, mas amor sublime, de entrega e de renúncia.

Eis que São Paulo diz: A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido! Da mesma forma o homem não pode dispor de seu corpo: ele pertence à sua esposa (I Cor 7,4). Ou seja, corpo, mente, alma e espírito, formam então a verdadeira unidade pedida por Deus. E quando as feministas pregam o contrário, o fazem exatamente para desafiar as Leis de Deus, as únicas capazes de trazer a felicidade aos lares, pais, mães, e filhos. Buscam seguir as regras do diabo, que pregam a desunião, a separação, o egoísmo, a luxúria, o adultério, a fornicação, a bebedeira, e ao mais terrível de tudo, ao abandono dos filhos nas mãos da TV e do mundo que os crie...

Assim, para dar certo, é preciso compreender que o marido é sempre a “cabeça” do casal, embora legalmente – lei humana – haja a equiparação. Ou seja, na questão de dúvida na família, a última palavra é sempre do marido, e a responsabilidade é, assim, também dele. Sei que os movimentos feministas também são contra este tipo de pensar, entretanto, e justo por causa dos movimentos liberalizantes é que as mulheres se tornaram as escravas sofredoras de hoje, porque quanto mais elas tentam subverter a lei divina, mais afundam na escravidão. Quanto menos vestem saias e buscam o macacão, menos liberdade elas encontram e mais estressadas vivem.

No plano de Deus, então, é preciso que cada um cumpra a sua função maior. O plano de Deus ao criar a família, foi deixá-la como célula formadora da sociedade. Falo no plano de Deus, embora sabendo que a humanidade não encara as coisas assim, e critica esta posição. Critica, mas não encontra outra solução. Ou seja, os pais e filhos trabalham fora, e as mães e também as filhas, salvo exceções, ficam dentro de casa. As mães, para cuidar do marido e dos filhos. As filhas, para aprenderem a serem boas esposas e também mães especiais. No mais, isso permitiria o pleno emprego de todos os homens, que com salários melhores proveriam a casa dignamente. Sim, porque a entrada da mulher, no mercado de trabalho, fez apenas inflacionar a oferta de empregos, e aviltar os salários de ambos, pela simples lei da oferta e da procura, ou alguém tem dúvida que sobram trabalhadores e faltam empregos hoje em dia?

Que temos hoje? Milhões de homens por aí desempregados e de outro lado milhões de mulheres escravas de dupla jornada de trabalho. Quem lucrou com isso? Os grandes! Por isso, toda mulher casada, que foge deste projeto inicial, foge da missão maior que Deus lhe confiou, e pagará sua conta amanhã, mesmo que não tenha filhos, pois tem marido e tem um lar. Quando mais tarde seus filhos lhe cuspirem na cara, a odiarem por ter amado mais o trabalho fora de casa do que eles, virá certamente um arrependimento tardio. Nenhuma delas escapará da justiça de Deus, quando não começará pagando ainda aqui. Pois com certeza Deus lhe perguntará: Como trataste o marido que te dei? Onde estão os filhos que te pedi para educar na minha Lei? Quem te mandou sair de casa para competir com os homens?

Entremos no cerne da questão. Diz-se que a mulher precisou sair de casa, para poder aumentar a renda familiar! Se vocês ainda não sabem, esta foi a arma inventada pelo comunismo ateu, para destruir a família. Lênin, o pavoroso artífice do inferno, disse certa vez: Dêem-me a mulher, e eu dominarei o mundo! Ele queria dizer: Tirem a mulher de dentro de seu lar e para longe dos seus filhos, façam-na masculinizada a disputar com os homens, que o mundo se destrói por si só. Ou seja, ele conseguiu!

Pois bem, além disso, aqui estão no mínimo mais dois ardis diabólicos! Primeiro isso indica ganância e não conformidade com o plano de Deus, porque significa forçar um crescimento financeiro além da conta. Segundo é tese comprovada, com certeza absoluta, que todo este dinheiro extra, vai unicamente para comprar o supérfluo, o desnecessário, o além da conta, o desperdício, aquilo com o qual todos podem viver sem possuir. Encontrem um só lar, médio, deste imenso país, onde não se encontrem dezenas e até centenas de bugigangas, de quinquilharias e porcarias, de coisas que não se usa, ou para nada servem. Onde?

Começa até pelas louças melhores, que ficam por décadas nas prateleiras, esperando uma ocasião especial que nunca chega, e terminam nos milhares de objetos 1,99, que quebram fácil, e na maioria são bons para o lixo. Enfim, que se dirá dos milhares de produtos de limpeza e de beleza – que hoje já consomem mais de 30% da renda familiar – quando antigamente se vivia muito bem, usando apenas sabão de turco e “gumex”. Duvidam? Façam então um inventário daquilo que vocês têm em casa e que não precisam!

Vejam agora quanto pagaram, e verifiquem se a mulher precisa ainda trabalhar fora para aumentar renda. Sim, incluam todos os gastos em bobagens, em excessos, em mordomias, em exageros de crescer além da conta, em trocas constantes de aparelhos domésticos, em luxos bestas, em roupas e coisas de marca e incluam aí os juros do cheque especial e do cartão de crédito, que são como sangue retirado das veias. Um dia, li a frase de um economista que disse assim: O supérfluo é a mola que move o mundo! E eu diria: A busca do supérfluo é a armadilha fatal do capeta, que desagrega as famílias!

Vamos até deixar claro que as lides do lar são realmente massacrantes. Deixemos claro que, aparentemente, o fato de a mulher ser apenas dona de casa desmereça ou até a diminua. Mas quem diz isto? Foi o mundo que criou o desastre atual. Quem me disse que diante de Deus, não é supervalorizada e maior, a esposa dedicada, a mãe de família, que conseguiu manter o seu lar, mesmo dentro das maiores tempestades? Quem disse que a mulher médica, advogada, ou primeira ministra, é superior à simples dona de casa? Para Deus não e muito pelo contrário! Isso só acontecerá, se um dia – distante dia – as crias humanas nascerem de chocadeira. Ou seja, nunca!

O torpe mundo diz isto e a mulher acolheu esta falsa idéia. Vou ser claro! No céu não entram diplomas de cursos que Deus não criou, nem são valorizadas as mulheres pelo grau de comando que exercem em vida. O supremo curso de uma mulher, de valor eterno diante de Deus, é ser mãe de verdade! É ser esposa presente! É ser o pilar sobre o qual se fundamenta a família cristã. Porque ruindo a mulher, destrói-se a família! Ruindo a família, vem derrocada do mundo! A culpa – perdão se digo isso – não é dos homens! O fato terrível é que a sociedade moderna tem ensinado as meninas, desde a mais tenra infância a serem fêmeas, a atraírem machos com transparências, insinuações, e mostra ostensiva do próprio corpo. Acaso não se comercializam assim? Se banalizam? Noutro dia soube de uma jovem muito linda, que casou e não sabia nem fritar um ovo! Mãe isso?

Ora, a sociedade familiar deveria ser conduzida de tal forma, que jamais a mãe tivesse que abandonar seus filhos seja em creches, seja nas mãos de babás, ou com suas mães e sogras. Pode-se dizer que isso, em quase 100% dos casos, é um verdadeiro desastre. Porque NINGUÉM na terra pode substituir uma mãe, na educação dos filhos. Este dom é divino, e o vínculo que Deus colocou entre ambos é eterno. Ele começa já muito antes da própria concepção, ele não diminui, mas se aprofunda com o corte do cordão umbilical, e segue pela vida inteira, até que a morte de ambos, os separe. Querem saber quando a família naufragou? Quando os casamentos entraram em parafuso? Exatamente no dia em que a mulher, em nome da liberdade, colocou calças masculinas e foi para a rua arrumar emprego e competir com os homens, nos negócios e na política. Não adianta espernear os que não concordam! NUNCA isso dará certo! Nem daqui a um milhão de anos!

Na verdade, existem coisas que a própria natureza rejeita, pois fruto de regras que são eternas e imutáveis. Noutro dia a TV fazia uma enquête entre as mulheres, perguntando qual era a atitude do homem que lhe indicava a liberdade. Pasmem, um grupo delas disse que era a possibilidade que o homem tem de fazer xixi em pé, direito que elas também reivindicavam para si. Ora, nem daqui há um milhão de séculos isso vai ocorrer. Elas sabem no que dá tentar. Aliás, isso é blasfêmia! Ou seja, esta inconformidade exacerbada contra a própria natureza das coisas, torna as mulheres infelizes e deixa até os homens sem rumo e direção. Da mesma forma em relação às funções na sociedade. Existem postos que a própria essência das coisas exige a presença masculina, pois o contrário nunca dará certo. Mulheres no altar do sacerdócio, por exemplo! E quantas buscam isso? Mulheres na guerra... E querem isso! Mulheres na política... Eis o caos na sociedade!

Jamais imaginem que a presença ativa da mulher-mãe, na economia, na política e nos negócios – pior ainda, no pomposo comentário econômico da TV – seja um bem, porque nisto se constitui no grande desastre do mundo moderno. Não pelo fato de que algumas não sejam eficientes, mas simplesmente porque, enquanto elas estão à frente de seus empreendimentos, dentro dos seus lares as gerações futuras estão sendo preparadas por satanás – com sua TV imoral – em nome da psicologia moderna. Porque foram somente elas que cortaram o vínculo com seus filhos – não o cordão umbilical, mas o vínculo divino – tornando-se mães ausentes, deixando que o mundo os preparasse.

Que temos hoje nos lares, especialmente da parte das mulheres? Reclamações, xingas e resmungos! A mulher se acha infeliz por ser mãe, odeia as lides domésticas por ouvir as repelentes feministas, renega a criação dos filhos em troca de uma vida civil aberta e a equiparação com os “direitos” do homem, e é como se dissesse em nome da liberdade e do “espaço feminino”: Eu sei fazer melhor que o homem! Ora, também um dia Lúcifer tentou criar um novo sistema de administração do Universo, baseado na pseudo “ciência do bem e do mal”.

E 1/3 parte dos anjos do Céu, inconformado com o já maravilhoso idílio em que viviam na presença do Altíssimo, resolveu seguir ao rebelde. E se danaram! Que ganharam com isso? A escravidão eterna! Da mesma forma fizeram os movimentos feministas com a mulher: Vamos mudar a visão do mundo! E elas, inconformadas com o plano que Deus tinha para elas – superior e sublime – largaram-se no mundo em busca de espaço. Que conseguiram com isso? Escravidão, separações, destruição dos lares, morte das famílias! Destruição dos filhos, que se tornaram despersonalizados, inseguros, homossexuais ativos, transviados, drogados, sem rumo e sem futuro!

Há outra máxima que diz assim: Por trás de todo grande homem, existe sempre uma grande mulher! E eu tenho certeza disso! Deveria ser SEMPRE assim! Se o homem e a mulher foram feitos um só por Deus, então, se o homem sobressai, junto com ele vem a esposa e mãe de seus filhos. E assim, jamais um dos dois sairá por baixo. Maria, sempre Maria, fez exatamente assim! Porque embora ela tendo sido assombrosamente grande, jamais aceitou dar um passo na frente de seu querido José, jamais um milímetro na frente de seu Filho Jesus. Eis que afinal, Maria, ficando dentro de sua casa, cuidando apenas de seu lar, seu marido e seu Filho, tornou-se sem dúvida a criatura humana mais importante, mais poderosa, e mais perfeita, que já pisou na face da terra. E o segredo que fez com que Maria fosse grande aos olhos de Deus, chama-se “humildade”.

E neste ponto do trabalho fora de casa, mais uma vez o casal de Nazaré é modelo. José trabalhava, junto com seu Filho, e com isso sustentavam o lar. Maria cuidava excepcionalmente bem de ambos, era acima de tudo uma esposa dedicada. Primeiro era uma esposa exemplar, porque sabia que o marido vem antes de tudo. E nem pode ser diferente, se são um só! Depois era Mãe solícita e extremosa, que nada deixava faltar a ambos. Mas, nem por isso, ela deixou de ser a pessoa mais importante da história.

Ora, o homem não foi feito para o avental, nem a mulher para as rédeas do mundo. Deus levou bilhões de anos para bolar estas coisas com perfeição e que aconteceu? Algumas mulheres sem cérebro – as feministas – destruíram a mulher e trucidaram com a missão perfeita que o Criador lhes destinou desde o sempre. Eu era criança, quando surgiram estas primeiras e infelizes libertárias, mas mesmo assim eu disse: Não vai dar Certo! Será um desastre para a família! Será uma desgraça para a mulher! E foi! E é! E sempre será!

Quantos milhares de casais passam às vezes a semana inteira sem se encontrar, sem poderem conversar direito, sem se trocarem carinhos com paz e calma, num clima de doce cumplicidade? Ou seja, um chega, o outro sai, em pleno frenesi. Um chega do trabalho, o outro já saiu! E nunca conseguem tempo para fazerem sequer uma refeição com a família inteira. Não têm mais tempo para um diálogo sadio com os seus filhos e filhas, ficando até estes, na maior parte do tempo eles ficam largados, sozinhos, a mercê do mundo e da TV, que os educa.

Que os leva para o crime, para a morte da alma, para as drogas, para o vício, para satanás. E se não têm tempo mais para o diálogo, quando têm tempo para Deus? Nunca, é a resposta! Quando chega o fim de semana, quando o trabalho não os chama, tiram então tempo para descansar, para dormir mais um pouco, para passear, para se divertir, mas quase nunca têm tempo para Deus. E a prova está em que se todos os católicos deste país, realmente cumprissem a sua parte com Deus – o preceito dominical da Santa Missa, pais, mães com todos os seus filhos, juntos – nem que a Igreja construísse o triplo dos templos, haveria espaço neles para todos se acomodarem.

Ou seja, o dia do Senhor, é feito o dia do lazer e do alheamento maior. É na verdade o dia de satanás, porque o dia onde mais se peca. Têm prioridade o sítio, a praia, os esportes, as viagens, quase sempre algo egoísta, porque nem sempre todos estão concordes uns com os gostos dos outros, de tal forma que até nisso as divisões se aprofundam. De fato, até mesmo para um relacionamento sexual, saudável, a maioria dos casais já não acha tempo. Uma recente pesquisa americana, por exemplo, dá conta de que a média dos relacionamentos sexuais do casal americano, não passa de vinte vezes por ano. Até isso é um desastre, porque o sexo é parte viva e ativa do casal cristão.

Já que falamos em sexo, mudemos um pouco o sentido: Porque aumentaram tanto os relacionamentos homossexuais nas últimas décadas? Acaso alguém já verificou que eles aumentaram na medida exata em que sucumbiram os casamentos normais, e na medida em que aconteceu a degradação da mulher? Do seu aviltamento, e da fuga que ela empreendeu de cumprir o sublime ministério que o Criador lhe deu: Ser Mãe, com letra maiúscula, assim como o foi Maria! De fato, na medida em que mulher abandonou o lar e os filhos, em troca do emprego fora de casa, cresceram em progressão geométrica as separações. Ora, quando a mulher aceitou do diabo o convite de trabalhar fora, largando os filhos nas creches, ou nas mãos de babás, também largou o marido no mundo.

E dou um exemplo, numa só frase que ouvi ainda nesta semana, de uma mulher “moderna”, que trabalha fora e que – superiora – ganha mais do que o marido. Disse ela ao filho que lhe pedia que ela passasse uma simples camisa a ferro, pois ele tinha pressa: “Cruzes, filho, eu nunca passei uma camisa nem para o teu pai, quanto mais pra ti!” Eis aí o exemplo clássico da mãe moderna. Quando ela, depois, perde seu filho para as drogas, descabela-se! Quando seu marido cai na “zona” fica desvairada e dá o troco traindo também.

E agora a triste verdade: Quantos destes filhos, e destes maridos, que ao não mais encontrarem em casa, nas mães e esposas, a maternidade responsável para o filho, nem o tratamento dedicado ao marido, acabam acolhendo os relacionamentos gays, porque perdem o referencial de mãe, e acham que devem preencher seu lugar na cozinha? Quem já pensou nisso? Quantos filhos, que não tendo os pais nem mães presentes vão suprir sua afetividade junto a parceiros do mesmo sexo? Acaso no tempo em que as mulheres trocavam receitas de bolo entre si, faziam tricô e cuidavam de sua casa, seu marido, seus filhos, havia tantos deles?

Ora, se uma mulher, mesmo que trabalhe fora do lar, chega a ponto de nunca ter passado uma camisa para o esposo – farão bodas de prata nos próximos dias – e se negue ainda a fazer o mesmo para o seu filho, solteiro, esta criatura mora num lar aberrante, construiu para si uma toca de esconderijo, pois até as mães raposas são mais solícitas. Jamais pode ser isso um lar cristão. Pior ainda, jamais uma família voltada para Deus, pois onde o amor e a caridade? Onde a esposa solícita? Onde a mulher na sua função maior? Sim, eu os conheço! São brigas constantes, gritos, desafios, drogas, um lixo! Até a casa fede a urina de cachorro! Nada de oração, tudo superficial! Para eles, as coisas de Deus, são apenas simples rotina! Nojenta rotina! Conta o dinheiro extra, a renda maior, a satisfação do ter mais, enquanto isso, os filhos rolam na promiscuidade. São presas das drogas! Quem disse que um moço não pode aprender a passar suas camisas? Acaso uma mãe não deve dar exemplo? Como aprenderá se a mãe não o ensina?

Ora, que não quero dizer que a esposa deva adorar seu esposo, porque somente a Deus se deve adoração. Quando cito este termo, me refiro ao sentimento carinhoso de amor dedicado e profundo, capaz de uma doação sem reservas. Olhem o mundo das últimas décadas. O homem, infelizmente, malignamente foi educado durante muito tempo para a traição, para a busca do sexo inconseqüente, para machismo nefasto e tudo mais. Mas mesmo assim, quando eu tinha apenas 14 anos, eu disse um dia à minha mãe e lembro como se fosse hoje: Mãe! Vai vir o dia, em que se o homem não fugir da mulher, o mundo vai virar um “puteiro”. Profecia? Entendam, como quiserem, o fato é que, passados muitos anos daquele dia, hoje as estatísticas comprovam: A mulher trai mais que o homem! Como se poderão formar famílias em Deus, se nas cidades grandes em especial, quase metade das mulheres declaram que já traíram seus maridos? Lar ou zona de meretrício? Acaso os milhares de motéis que existem são somente para solteiros?

Não, não justifico o homem, mas se a mulher é o coração da família, a traição dela conspurca o lar, que é a alma da família, de uma forma ainda mais nefasta, terrível e assoladora. Incrível, mas já chegaram a me perguntar – quanto ao sexo – se dentro do casal tudo é permitido, mesmo as relações contra a natureza. E eu sempre respondo com a mesma frase: Só é permitido e não é pecado, aquele sexo entre o marido e sua esposa, aberto à vida. Se de uma relação sexual não pode nascer uma vida – não importa a idade do casal – ela é pecaminosa na essência, e é vedada ao casal cristão, mesmo que seja dentro do matrimônio. Ou seja: nem tudo o casal cristão pode fazer em termos de sexo!

E é por isso que a Igreja proíbe a camisinha, todo tipo de contraceptivo, aceitando apenas o controle da gravidez pelos métodos naturais da continência e do autodomínio. E não adianta espernear, nem tentar me por na Cruz. E certamente que até eu mesmo, nos primeiros anos de meu relacionamento, também descumpri esta regra. Entretanto, a realidade deu tempo de me penitenciar, e saber certamente que hoje eu poderia ter tido outros filhos, conforme o plano de Deus. Lamento isto, mas é tarde para choro! Porque no dia do nosso julgamento, todos os casais irão ver diante de si, como testemunhas de acusação, os filhos que deixaram de ter em vida.

Por coisas assim é que chegamos ao desastre de hoje. Triste espetáculo de separações que presenciamos. Um sacerdote, do Tribunal Eclesiástico de Curitiba, com quem falei, disse acreditar que em torno de 60% dos próprios casamentos já são nulos na essência, ou seja, desde saída. Como poderão dar certo? Numa comarca vizinha, uma pesquisa do Fórum chegou a conclusão de que mais de 40% dos casamentos civis lá feitos, já haviam acabado depois de apenas cinco anos. Onde isso irá parar? Ou qual o motivo?

Há só um motivo: Subversão do plano divino! Satanás conseguiu meter tantos conceitos falsos dentro da vida familiar, e fez os casais de uma tal forma se bestializarem em torno deles, que hoje pode deitar e descansar. Porque, ele já conseguiu na maioria dos lares:

- A Expulsão completa de Deus, em suas vidas!
Isso conduz gradativamente a todos os problemas abaixo. Quando Deus está fora, entra satanás com suas ofertas sempre podres. Então a mulher vai para a rua, o homem para fora de casa, e os filhos podem cair nos seus braços. Aí ele os educa!
- A Supervalorização das expectativas do TER!
A inconformidade com o plano divino – um tempo para cada coisa – leva o casal à busca exagerada do crescimento patrimonial ou financeiro, em detrimento da vida pessoal do convívio familiar e da educação dos filhos, conforme o plano divino.
- A Obsessão bestializada em busca do SER!
Procura exagerada em ser mais do que se é, nisso envolvendo o estudo exagerado, cursos, academias, malhações, beleza exterior, buscando a competição não a renúncia e a cumplicidade.
- A Fúria descontrolada na busca do PRAZER!
Que leva a degradação do indivíduo, pois conduz à morte da alma, uma vez que o homem é, na essência, um ser espiritual. Neste caminho está o prazer estéril do sexo exclusivista, do marido que se satisfaz e usa a mulher como objeto. Estão aí os adultérios e as traições.
- A Negação furiosa de exercitar a RENÚNCIA!
Este é exatamente o caminho da psicologia moderna, o egoísmo, que prega o se dar bem, o estar bem consigo mesmo, numa perniciosa individualidade de caracol. Nisso se inclui o controle da natalidade, a fuga da criação dos filhos, e a dedicação dos cônjuges um ao outro, em especial da esposa para com seu marido.
- A Dificuldade sem limites de PERDOAR!
Esta a trava suprema, o bloqueador maior, da volta para Deus. Uma vez que a pessoa ofendida não busque, ela mesma o perdão, jamais fechará a ferida.

Enfim, você, casal cristão, quer uma veste nova, para uma vida nova? Pense, medite nas colocações que fiz. Quem puder, volte atrás! Que a esposa volte para o lar e para os filhos e o marido. Que o marido volte a ser pai e esposo presente. Que a família volte, a toda pressa, para Deus, pelo Rosário de Maria. Não há outra forma de ser feliz! Duvidam?
Depois que fiz isso, voltei a ser feliz! E Deus seja louvado pela esposa que me deu!

Aarão!

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