quinta-feira, 26 de maio de 2011

A VIDA MONÁSTICA

Nos primeiros séculos do cristianismo, os monges afastavam-se das cidades para buscar, na solidão do deserto e numa vida de despojamento, o clima propício para o encontro com Deus. Embora seja um modo de vida especial, a vocação monástica sempre se conservou atuante na Igreja. O monge não foge do mundo, mas dele se afasta; renuncia a si, desejosos de seguir o Cristo no “ deserto espiritual”, lugar de conversão e de profundo encontro com o Senhor.
Assim, colocando-se à certa distância da sociedade, o monge se entrega totalmente ao Cristo e assume uma disciplina calcada pela sabedoria de uma milenar tradição espiritual que lhe é transmitida por um mestre e uma comunidade.
Buscando a Deus, o monge se dispôe a um contínuo e entusiasmado processo de conversão no dia-a-dia de sua vida comunitária. A comunidade torna-se a “ Escola do Serviço do senhor”, sob a direção de um pai, o Abade, e pela Regra, que orienta a vida dos mosteiros. À oração e ao silêncio interior, expresso na vida cotidiana do monge, une-se, naturalmente, o trabalho manual e intelectual, realizado por todos, em espírito de amor ao Senhor e de serviço aos homens.
A vida do monge é toda alicerçada na fé, experimentando constantemente a morte e ressurreição de Cristo, com tudo o que isso implica: despojamento, humildade, paz, serviço, alegria, liberdade. Dentro do mosteiro o monge permanece aberto às necessidades dos cristâos e ao acolhimento que, junto à oração e o trabalho, formam os carismas fundamentais da vida beneditina. É livre para encontrar e amar a todos, e quer ser, segundo a vontade de Deus, um instrumento do seu Reino.

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