sábado, 16 de outubro de 2010

São Tarcísio(245-257)

Na época do Império Romano, os cristãos eram perseguidos, presos e martirizados. As Missas e outras reuniões eram sempre feitas às escondidas. Às vezes, era permitido a visita de amigos antes do dia da execução. Por isso, sempre enviavam outros cristãos para levar o conforto da Eucaristia. Mas às vezes, era impossível entrar. Alguns cristãos foram presos e aguardavam o dia seguinte para serem jogados às feras. Numa das tentativas, dois diáconos, Felicíssimo e Agapito, foram identificados como cristãos e brutalmente sacrificados. O papa Xisto II queria levar a Eucaristia a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia como. O pobre e órfão Tarcísio era coroinha do papa, ou seja, ajudava na celebração das Missas. A atividade de coroinha era reservada aos fiéis que mais se distinguiam pela bondade e pelas virtudes. Foi quando Tarcísio pediu ao papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as Hóstias a nenhum pagão e por ser uma criança, ninguém suspeitaria dele. Ele tinha 12 anos de idade. O menino pediu com tanto fervor e devoção para com a Eucaristia que o papa ficou comovido. Abençoou-o e deu-lhe uma caixinha de prata com as Hóstias. Tarcisio recebeu as Santas Hóstias com grande respeito. Ele saiu segurando-as com carinho sobre o seu peito e cobrindo-as cuidadosamente com as mãos. Ele saiu caminhando rapidamente pelas estradas, evitando os pontos mais freqüentados e aqueles mais desertos para levar Jesus até os outros cristãos. Como se sentia feliz em colocar Jesus junto a seu peito! Andava assim pelas ruas quando de repente, outros meninos o chamaram para brincar, pois faltava um para completar a brincadeira. Tarcísio desculpou-se, dizendo ter pressa. Um rapaz atrevido pegou-lhe pelo braço e quis forçá-lo. Tarcísio resistiu e negou. Entretanto, perceberam que ele segurava algo contra o peito. Curiosos perguntaram-lhe o que era. Tarcisio não os deixou ver nem tocar. Então, os rapazes caíram sobre o pobre menino para lhe arrancar à força o que escondia. Mas Tarcísio segurava com tanta firmeza a Eucaristia, que força nenhuma conseguiu arrancá-la de suas mãos. Encolerizados, espancaram e maltrataram Tarcísio sem piedade. Exausto e quase morto, continuava as Santas Hóstias com fervor. Neste instante, passou um soldado que também era cristão e percebeu o que se passava. Ele dispersou os malvados e tomou Tarcísio ferido sobre seus braços para levá-lo ao sacerdote. No caminho, Tarcisio morreu nos braços do soldado. O sacerdote recebeu-o com grande veneração. Tirou com facilidade as Santas Hóstias, tão heroicamente defendidas pelo pequeno mártir, e, beijou, por entre lágrimas, as mãos deste Santo herói, que tinha derramado seu sangue em defesa de Jesus Eucarístico. O papa São Damaso deixou esta inscrição: “Enquanto um criminoso grupo de fanáticos se atirava sobre Tarcisio que levava a Eucaristia, o jovem preferiu perder a vida antes que deixar aos raivosos profanarem o Corpo de Cristo.” Por causa disso, São Tarcisio é o padroeiro dos coroinhas e dos ministros da Eucaristia. São Tarcísio, rogai por nós!

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