segunda-feira, 17 de junho de 2013

QUE FAZEMOS?

QUE FAZEMOS? Já estamos no mês de Junho. Parece impossível como o tempo passa tão depressa! Parece que foi ontem que o ano começou e já seis meses passaram! Depois de passar 2012, ano tão carregado de medos de coisas que poderiam acontecer, entrámos num ano em que todos parecem ter respirado de alívio e em que se entrou numa espécie de torpor, aquele torpor que se segue a uma noite de agitação e de insónia. Diz-se que o mundo está em crise, mas essa crise parece não nos estar a afetar senão no que se refere à situação monetária, com a qual lá vamos vivendo melhor ou pior, e nos vamos habituando a poupar mais e a fazer menos compras. Ouvimos falar em grandes dificuldades de pessoas que ficaram sem emprego e passam fome… e lá vamos colaborando um pouco, quando nos lembramos, com o auxílio que as paróquias dão a essas pessoas, contribuindo com bens alimentícios. As outras crises, crises mundiais, de imoralidades descaradas, sem conta nem medida, de crimes, de perseguições, de atividades políticas, lutas pelo poder e ameaças entre países, parece já não nos impressionarem, parece que já nos habituámos com elas, de tão comuns que se tornaram… É esse torpor que está tomando conta do mundo e das nossas almas. E assistimos impávidos às notícias de tantas coisas horríveis que acontecem pelo mundo! As nossas almas parecem já estar impermeabilizadas contra a chuva de notícias de assaltos, de crimes de todo o gênero, raptos, violações, assassínios cada vez mais violentos, pedofilia, nudez, escândalos variados, manipulação educacional das crianças, filmes violentos e imorais, troça das coisas sagradas e dos valores da moralidade que foram válidos até agora, assaltos na via pública e nas casas… manifestações públicas em alguns países, greves noutros, perseguições e morte de cristãos, países que se ameaçam uns aos outros com mísseis e bombas… São notícias de sismos, de vulcões em atividade, de terramotos, buracos que se abrem de repente em terra que parecia firme, e engolem casas… enquanto as notícias de leis iníquas que se tramam na sombra e se publicam sem o menor receio nem respeito pela opinião pública, continuam a ser espalhadas pelos governos que nós próprios elegemos e agora governam as nossas vidas e nos reduzem à escravidão das ideias de uma minoria sem consciência nem decência. Comentamos às vezes a assistência médica que em alguns lados parece ser bastante má, mas como nós próprios estamos de saúde, fazemos algum comentário, mas deixamos cair essas notícias esquecidos de que amanhã podemos estar na mesma situação… e continuamos na nossa vidinha diária, já transformada em rotina, a qual não temos sequer desejo de modificar, não vá tornar-se pior com novos compromissos. É verdade que nos sentimos um pouco encurralados, sem saber o que fazer, perante o que se passa mundialmente. Que pode uma pessoa dos nossos dias fazer perante leis que são publicadas pelos governantes que estão comodamente sentados nas suas secretárias, aos quais não falta nada daquilo que nos falta a nós, e que têm todo o poder das leis dos respetivos países? Quantos deles, são também pressionados por outros países a publicarem essas mesmas leis e, parecendo ter muito poder estão de mãos atadas pelos empréstimos de dinheiros e por outras ameaças que ocultamente lhes são feitas por aqueles que querem dominar o mundo!... Quantas coisas nós não sabemos e que existem através de sujos jogos políticos! Que podemos então fazer nós, pobres mortais, simples trabalhadores, donas de casa, estudantes, crianças? Que podemos fazer, neste mundo que, diante dos nossos olhos parece rir-se de nós, troçar dos nossos gestos aflitivos para nos salvarmos no meio desta aflição que nos parece afogar em preocupações familiares e laborais, não nos dando grande espaço para preocupações morais, mas lavando-nos constantemente o cérebro contra os sãos princípios? A maior parte de nós parece preferir ignorar tudo, discutindo apenas os problemas, quando as situações surgem e saltam nas manchetes dos jornais ou nos noticiários na tv… ou assumindo um ar de desgosto e acaba por deixar correr… bem basta o que basta nos nossos problemas do dia-a-dia, para nos manter ocupados e preocupados!... Muitas vezes também comentamos que não passa tudo de uma porção de mentiras fabricadas pela comunicação social com o intuito de fazer medo às pessoas. Assim vai correndo a nossa vida, mornamente, e o tempo passa sem darmos conta nem sabermos como… um dia… outro dia… completamente esquecidos dos medos que tivemos, dos sustos do ano passado. Apesar das notícias de coisas que vão acontecendo, apesar das convulsões em que o planeta parece estremecer diariamente em certos lugares, parece que uma paz morna e podre se estabeleceu nas mentes em todo o mundo, nesse suspiro de alívio que saíu de tantos lábios no início de Janeiro. É o nosso próprio egoísmo, esse amor-próprio e à própria comodidade, que assentou arraiais em nós. Queremos lá saber o que acontece aos outros, desde que nós possamos continuar a viver a nossa vidinha diária sem preocupações maiores que as que já temos! É esse amor-próprio mau, que nos leva a descuidar do mais importante, em nome da comodidade pessoal, esse amor-próprio que afinal é nosso inimigo. E o tempo vai passado! O tempo, essa preciosidade que recebemos ao nascer, deixamo-la passar, como areia que nos escapa entre os dedos. Mas, na ampulheta do tempo, a areia passa, vai caindo e quando dermos conta já não haverá mais areia para cair, estaremos no fim, sem termos feito grande coisa nem para nós próprios, porque gastámos o tempo inutilmente em coisas que para nada nos servem, nem servem para os outros. E a nossa comodidade por onde fica? Desaparece com esse mesmo tempo que desperdiçámos, que deixámos passar entre um e outro gosto, um e outro trabalho, um e outro descanso… Este nosso amor-próprio, que nos incita à comodidade e ao gozo vira-se então contra nós, e vemos que afinal não foi nosso amigo e que errámos ao segui-lo. Por onde andam então aqueles medos que tivemos o ano passado? Uns temiam o fim do mundo, outros o fim dos tempos… embora nem sequer percebessem bem o que isso queria dizer… Alguns arrecadavam comida em caves profundas que construíam, como se houvesse algum búnquer que os pudesse salvar da ira de Deus! Outros em alguns países pagaram fortunas para poderem se esconder em abrigos para passarem os dias finais em situações de orgia! Foi um fim de ano de loucura! Por isso o suspiro de alívio em Janeiro e o deixar correr subsequente, esse cansaço súbito que se instalou na humanidade e que parece estar tomando conta das mentes de todos. Isto me faz pensar muitas vezes na frase de S. Paulo em Tess 5, 3 “Quando disserdes, paz e sossego, as dores cairão sobre vós como em mulher em trabalho de parto. E não escaparão”. Sim, agora, apesar das notícias que ouvimos e às quais já nos acostumámos, parece haver um sossego por todo o lado nas nossas mentes e nas nossas ideias. Parece que estamos tão adormecidos sobre as nossas aflições passadas, que já nem reparamos nas aflições presentes. Quantos dizem “Nada se passou, nada se passará. Foi tudo para fazer medo à gente!” Cuidado! Lembremo-nos do aviso de S.Paulo! Não podemos descuidar as nossas obrigações diárias, mas isso não é motivo para descuidarmos do cuidado que devemos ter com o tempo que temos para passar na terra, esse tempo precioso que Deus nos deu para cuidarmos da nossa santificação. Entremos na nossa consciência e perguntemos a nós próprios como é que ela está. Se fôssemos agora chamados a juízo, como ficaríamos perante o Juiz? Quanta vergonha teríamos de nos exibirmos na nudez dos nossos merecimentos, na sujidade das nossas ações, das nossas palavras, dos nossos pensamentos… Em que estado estariam as nossas pobres almas para podermos entrar na Casa do Pai, onde só entra a absoluta pureza? Para que serviu afinal todo o medo do ano passado? Para cairmos na modorra do ano que corre? É fácil censurarmos os outros. São maus, são criminosos, são ateus, hereges, imorais, pecadores… gostam de mandar… são injustos… fazem leis más!... E nós? Nós que os criticamos nada mais sabemos fazer do que criticar! Não nos lembramos de que se o mundo está como está, isso se deve ao nosso descuido, à nossa falta de oração e de cuidado com as nossas próprias almas, que mantemos numa fome incessante de presença de Deus, fome que não procuramos saciar, nem compreendemos, mas que nos faz manter esse grau de fraqueza espiritual e nos coloca na modorra... Que nos leva a deixar passar o tempo e a descuidar-nos do dever do apostolado através da oração e do sacrifício. A vida não está para descuidos, para descanso, para deixá-la correr. A nossa vida pode estar a chegar ao fim. E se não for a nossa, será a de muitos outros dos quais depende de nós a própria salvação. Como responderemos um dia pela salvação daqueles que deixámos perder pela nossa própria incúria em rezar por eles? Nossa Senhora avisou em Fátima em 1917 que iam muitas almas para o inferno por não haver quem rezasse e se sacrificasse por elas. O que era válido nessa altura é sem dúvida ainda mais válido agora, em que o mundo se debate e se afunda entre tanta imoralidade, tanta injustiça e tanto crime, os quais em 1917 ainda nem de leve se imaginavam! Pesa sobre nós um grande dever, um dever ainda maior que os deveres aos quais nos dedicamos todos os dias. É o dever da oração por tantos irmãos que procedem como loucos em todo o mundo e também o dever primordial que é o da nossa santificação pessoal, o qual descuidamos continuamente e que com grande probabilidade teremos que completar num doloroso purgatório, o qual, segundo muitos santos, é tão doloso que seria preferível sofremos todas as dores possíveis nesta terra, até ao fim do mundo. Cuidado! Nós que tanto fugimos das dores, nós que receamos sofrer seja o que for, nós que nada queremos sofrer sem anestesia, nem sequer dores de parto, nem tratar de um dente cariado, nem coser uma ferida aberta! Cuidado! Prestemos atenção à nossa pobre vida! Prestemos atenção ao que fazemos, ao que dizemos, ao que pensamos e ao que deixamos por fazer, por preguiça espiritual! De tudo isso teremos de prestar contas… e no Purgatório não se dorme… nem há anestesias! Passemos uma revista às nossas ações diárias. Vejamos se não estamos a dormir pelo caminho, quando teríamos um trabalho para cumprir, o qual nos arriscamos a deixar por fazer e afinal é o trabalho mais importante, aquele que viemos especificamente fazer à terra, o trabalho da santificação pessoal. Sim, não viemos à terra para mais nada, senão para nos prepararmos para entrar no Céu, utilizando para isso as graças que Deus continuamente nos dá e o trabalho que pertence aos nossos deveres de cristãos, no nosso dever de estado e no dever profissional. É nesses deveres que nos teremos de santificar. É nesses deveres que teremos de empregar o nosso precioso tesouro do tempo da nossa vida na terra. Por causa da nossa natureza decaída, naturalmente inclinada ao pecado, isso é uma missão difícil, missão onde se encerra também o dever da caridade, que envolve todas as virtudes que podemos adquirir durante a vida. Sem esse invólucro, todas as outras virtudes cairão no chão, ficarão emporcalhadas e não poderão ser apresentadas no nosso julgamento. Lembremo-nos das palavras de Jesus em Mat 25, 41-46 “Todas as vezes que não o fizestes a um destes pequeninos foi a Mim que não o fizestes”. Jesus fala e descreve em Mat 25, 1-46 as obras de caridade corporais. Por isso, muita gente confunde as coisas e pensa que dando algumas esmolas está tudo feito, mas esquece as obras de caridade espirituais, as quais, embora Jesus não refira nesta passagem, refere em muitas outras passagens dos Evangelhos. A maior parte das pessoas nem sequer as conhece, como é que as poderá praticar? Vejamos: 1 – Dar bom conselho 2 – Ensinar os ignorantes 3 – Corrigir os que erram 4 – Consolar os tristes 5 – Perdoar as injúrias 6 – Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo 7 – Rogar a Deus pelos vivos e defuntos As obras de caridade espirituais, certamente custam muito mais que as obras de caridade corporais, que a maior parte das pessoas conhece bem, as quais são para nós muito fáceis de iludir com simples esmolas, na medida das nossas possibilidades e com a desculpa de que não podemos fazer mais, por falta de tempo, por isto ou por aquilo… de desculpa tudo serve. Para as obras de caridade espirituais não há desculpa possível. É sempre possível dar bons conselhos, ou melhor ainda, dar bons exemplos, porque bons conselhos sem bons exemplos não resultam grande coisa. É sempre possível perdoar, consolar alguém que está triste… é sempre possível sofrer com paciência alguma coisa que nos vão fazendo e de que não gostamos. E é sempre possível rezar pelos irmãos vivos e pelos defuntos, mesmo durante o nosso trabalho. Para a falta de oração não há desculpas. Por isso, o nosso dever do apostolado através da oração de todos os momentos, permanece inalterado e inalterável. O mundo mudaria certamente, se todos permanecêssemos fiéis a esses deveres de oração e de caridade. Todos nós falhamos, saibamos reconhecê-lo, porque somos fracos, porque sem a graça de Deus não somos capazes de fazer seja qual for a obra boa, sem lhe metermos dentro a nossa miséria pessoal, traduzida em palavras ou em pensamentos de vanglória, de irritação ou outros. Precisamos muito de pedir a graça de Deus, a graça especial para estes tempos confusos, em que muitos de nós já não sabem bem o que é que está bem e o que é que está mal… e se sabem, têm medo de o dizer. Temos de pedir o dom da fortaleza e do discernimento, para não nos deixarmos enganar com as lavagens cerebrais que toda a informação social nos está fazendo diariamente, a ponto de muitas pessoas, que sempre vimos serem decentes e católicas, já dizerem que os problemas morais são apenas de opção pessoal e nada temos com isso. É doloroso ouvi-lo aos nossos familiares, mas… costumamos nós rezar por eles? Costumamos nós fazer sacrifícios por eles, como faziam aquelas três criancinhas de Fátima, duas das quais já estão beatificadas? Reconheçamos a nossa fraqueza e peçamos muito a ajuda da Mãe que levou os pequenos pastores à mais alta santidade em pouco tempo. O mesmo Ela poderá fazer a nós, se soubermos pedir-lhe e não fugirmos aos nossos deveres de apostolado cristão, se não dermos ouvidos às tentações de fugir ao altar do nosso próprio holocausto, esse altar do dever, onde nos teremos de santificar, em união com o perpétuo sacrifício de Jesus. Estejamos atentos e preocupados com tudo aquilo que se passa ocultamente ou mesmo diante dos nossos narizes. Sim, preocupemo-nos com isso e tratemos de rezar e de oferecer o que sofremos por essas intenções tão graves, por esses irmãos que correm tão grave perigo de condenação. Ponhamos os olhos na Jacinta que dizia que sofreria tudo para que não fossem mais almas para o inferno. Ponhamos os olhos no Francisco que dizia que queria consolar Jesus por conta de tantos pecados que se praticavam pelo mundo. Deixemos a nossa cómoda rotina e abramos bem os olhos para o que acontece em todo o mundo. Não fujamos às notícias, mas procuremos interessar-nos por esses pobres irmãos que estão caminhando para o precipício e façamos o possível para que se salvem, através da nossa oração, do nosso trabalho oferecido, da nossa mortificação pessoal e, principalmente pela aceitação de tudo o que tivermos de sofrer. Assim o aconselhou o Anjo em Fátima às três crianças. Quando elas brincavam e ele lhes apareceu e lhes perguntou: “Que fazeis? Orai, Orai muito (…) Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios”. À pergunta da Lúcia: “como nos havemos de sacrificar?” o Anjo respondeu: “Em tudo o que puderdes oferecei um sacrifício a Deus em reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores (…) Sobretudo aceitai e suportai com submissão o sofrimento que o Senhor vos enviar”. Eles eram crianças, brincavam, simplesmente. O Anjo também a nós, certamente lá do Céu, pergunta: “Que fazeis?” Sim, que fazemos nós que não nos preocupamos com as almas dos milhares de irmãos que todos os dias morrem em pecado? Que almas tão duras nós temos, que não nos apiedamos dessa grande desgraça! As crianças brincavam, como era natural em crianças, mas nós adormecemos na rotina, na moleza do “deixa correr”. Temos severas contas a prestar das nossas vidas mornas, dos nossos corações frios, que tomam tão grande parte no esfriar da caridade pelo mundo todo! Jesus avisou-nos em Mat 24, 12 que “Multiplicando-se a iniquidade, a caridade de muitos esfriará”. Vede como no mundo a iniquidade cresce e se multiplica. Vede como esta profecia está nos nossos dias. Vede como o mundo já está tão frio. Não estaremos nós contribuindo pelo nosso lado para aumentar esse esfriamento? Temamos que isso esteja a acontecer, que também nós estejamos a contribuir para tão grande mal, com a nossa indiferença! Não nos convençamos de que se nada aconteceu, nada acontecerá também, porque quando menos esperarmos, tudo se precipitará e então será muito tarde para fazer o que omitimos e podemos até nem ter tempo para nos arrependermos. Se nada aconteceu é certamente porque o Pai quer salvar mais almas. Mas para isso conta conosco, com a nossa oração, sacrifício e boas obras. Não O desiludamos! É sempre muito triste desiludir um pai… e muito mais triste desiludir este Pai! Não arranjemos desculpas esfarrapadas para as nossas omissões, para nada fazer. Não nos desculpemos com a falta de tempo ou de disposição nem sequer com a falta de saúde, porque os doentes são muitas vezes os melhores trabalhadores desta seara, pois podem trabalhar com a importante e eficaz ferramenta que é a sua doença, oferecendo as suas dores, todos os seus dolorosos sofrimentos. A falta de tempo também não é desculpa válida, porque dentro das nossas almas muito poderemos oferecer, se tivermos realmente vontade disso. As nossas almas são campos de batalha, onde temos uma guerra para vencer, mas são também vinhas que devemos cultivar, para oferecermos saborosos cachos de uvas mais doces e sumarentas, quanto maior for o amor que empreguemos no seu cultivo. E esses cachos transformar-se-ão em vinho com o esmagar das uvas, no sacrifício diário, em todos os trabalhos, sofrimentos diversos e as dores que vão aparecendo e que aproveitaremos para oferecer no altar que também aí se eleva. Não façamos rapinas nesse altar da nossa alma. Não tiremos seja o que for nas nossas horas para o nosso conforto e consolação. Saibamos dar tudo, na certeza de que, dada a nossa miséria, aquilo que damos será sempre pouco, mas que, purificado pelas mãos da Mãe e em união com os méritos de Jesus, chegará para fazer muito por este mundo que passa por problemas tão grandes. Mesmo que não tenhamos consolação alguma, mesmo que não vejamos resultados satisfatórios, nem mudanças mundiais ou familiares, saibamos ter sempre esperança, saibamos dizer a Deus que confiamos nEle, saibamos continuar a dar tudo, a dar tudo de nós, tudo o que podemos e somos, porque na realidade nada nos pertence, não temos o direito de reclamar coisa alguma, nem de querer ver os frutos do nosso apostolado… nem nós próprios nos pertencemos, mas ao Senhor do Céu e da Terra que nos criou, nos remiu e nos quer dar a suprema felicidade do Céu. Mas para isso, para lá chegar, é preciso que colaboremos com Ele e nada Lhe recusemos, sentindo-nos sempre como indignos servos, que não fazem mais do que aquilo que lhes compete, e que, mesmo assim, muitas vezes o fazem mal. O momento é grave, não tenhamos dúvidas nem ilusões. É tempo de trabalhar pelo Reino de Deus e de não fazer exigências. É tempo de silenciar e de rezar mais. É tempo de aceitar a Vontade de Deus. É tempo de viver com mais amor a Deus e ao próximo. É tempo de nos prepararmos para tempos piores! É tempo fora de tempo! É tempo de agir no silêncio da alma!...

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