Nesta madrugada tive um sonho que terminou numa espécie de torpor, entre o sonho e a realidade. Durante o sonho eu viajava com minha camionete antiga, por diferentes lugares, até chegar e estacionar em um grande pátio – como de um colégio – calçado com pedras de granito. Estávamos em três pessoas ali, mas no carro estava eu sozinho. E os dois outros desconhecidos, chutavam bola, um para o outro, ali mesmo no calçamento.
Mas, sem falar nada entre nós, nos dirigimos a uma capela que ficava naquele pátio, e entramos por uma porta lateral, porque a porta de frente estava fechada. Estranhei isso, porque ali se celebrava uma “missa”. E realmente nós entramos por aquela lateral, que parecia – com toda a parede – de vidro, porque de fora podíamos ver tudo como era dentro.
E até tive uma certa vergonha de entrar assim, com todo mundo olhando para a gente, que na verdade estava chegando atrasado para a celebração, e me parecia que aquele povo, através daquele vitral, estivera observando a gente bater bola no pátio, mesmo tendo – a tal missa – já começado. Isso dava uma demonstração de extremo pouco caso, e por isso entramos meio envergonhados.
Dentro, o espaço era assim dividido. Havia na frente um elevado, de apenas um degrau, onde não havia altar, apenas algumas cadeiras em semicírculo. Ali estavam sentados, o padre – no centro e próximo à parede – e os ministros e acólitos nos lados. De frente para este altar, havia mais um elevado também de um degrau, que formava como que uma caixa de britas, de brita média, e nela estavam espetados alguns bancos, não em linha, mas de forma relaxada e aleatória.
Constava de duas tabuas fincadas no solo, e uma seca por cima, com bancos para duas ou três pessoas apenas, sem encosto. Algo muito rústico, que parecia ser assim de propósito para blasfemar contra Deus, não para ser um local de oração. Era isso que eu sentia naquele ambiente. Não havia muitos bancos, mas largos espaços vazios para transitar ali. O sentido da brita era exatamente para evitar que qualquer pessoa ali viesse a se ajoelhar, pois seria extremamente dolorido o fazer sobre as pedras cortantes.
Nas laterais e no fundo, um espaço de piso de concreto, de uns cinco metros de largura, rodeava todo o resto do recinto, por todos os lados da caixa de britas. Por ali transitavam pessoas, como turistas, e eram os que não assistiam a celebração, e estavam ali apenas como para um encontro social, quem sabe uma ceia ou coisa assim. Apenas os que estavam sentados na caixa de britas, num quadro de 10 metros, por 10 metros, prestavam alguma atenção no que ali acontecia, os outros, das laterais, faziam rodinhas de conversa, e batiam papo animadamente, embora não em voz muito alta.
Em frente, o sacerdote e os ministros da comunhão e acólitos, permaneceram todos sentados, e isso durante toda a celebração. Na realidade, houve apenas leituras, parece que o padre disse algumas poucas coisas, tudo bem rápido, como se aquilo não fosse de fato importante. E também não houve a consagração, tudo como se fosse um simples culto, embora com a presença do sacerdote. Tudo era muito vazio, sem sentido, até angustiante estar ali em meio àquele burburinho, naquele ambiente super estranho.
Num dado momento o padre se levantou e era então o momento da ceia, que para mim era Eucaristia. Como vi um sacrário, na frente e às costas do padre, pensei que já havia ali espécies consagradas, e então começamos a formar fila para a comunhão. Neste momento, havíamos todos saído já da caixa de britas, pelos fundos, e retornávamos para formar filas pelas laterais. Ao meu lado, dois senhores de idade, destes velhos ricos e cheios de etiquetas, me fizeram gestos de passagem, pedindo que eu fosse na frente.
Vi que se formavam várias filas, pois havia os ministros, mas tomei a direção do padre, que se achava bem no centro da caixa de britas. Quando chegamos perto dele, vi que o padre havia esquecido de trazer o cálice, e fiquei parado na frente dele esperando. Ele estava tão alheado, tão por fora, que esquecera disso. Devo dizer que o padre não estava paramentado, mas vestindo roupa comum, e vendo que não tinha trazido o cálice, meio irritado e patético, colocou as mãos na cabeça, virou de costas e saiu correndo buscar.
Foi então ao “sacrário” e pegou dois cálices, como se fosse distribuir em duas espécies. Mas chegando perto de mim, pegou um dos cálices, e irritado colocou ele fincado aos meus pés, até com certa raiva. Do outro cálice retirou uma partícula e colocou na minha boca. Depois pegou também aquele cálice, fincou raivosamente no chão, apontou com a mão para cada um dos dois velhos que me seguiam como se dissesse: distribuam vocês!
Como eu já havia recebido a “comunhão”, e sabendo que sou eu Ministro e eles não eram, mas simples leigos – o que é proibido pela Igreja – juntei eu um dos cálices, o primeiro deles, me virei, e comecei a distribuir eu mesmo. Entretanto, estranhamente percebi que a partícula que o padre tinha me colocado na boca era algo duro, não pão, mas – pasmem – era como couro de boi, até sem gosto algum. Imagine, couro de boi! Algo difícil de mastigar, e vi que, com aquilo na boca, eu não conseguiria dizer a cada uma das pessoas: O Corpo de Cristo, como sempre o fazemos aqui. Fui então distribuindo aquilo, enquanto tentava mastigar e engolir a coisa que o padre colocara em minha boca.
Falo agora do cálice. O cálice que o sacerdote colocou fincado aos meus pés, era de um formato muito estranho. Constava de duas tabuinhas de madeirite envernizadas, cortadas em forma de cálice, e unidas entremeio por uma lata cor de ouro – era lata comum e vulgar, e não ouro – que formava não um cálice, mas uma espécie de cocho, tipo aqueles que o gado se alimenta, embora pequeno. Era um pequeno cocho!
Quando peguei aquele estranho objeto na mão, olhei para o pé do cálice e vi que ali, naquela lata, estava escrita em latim, uma certa frase, da qual entendi apenas uma palavra. Então uma voz me traduziu ao ouvido dizendo este horror de frase: se mandares buscar o boi, não o traga inteiro, e sim apenas uns pedaços! A frase literalmente era um deboche, uma blasfêmia contra o Corpo Santíssimo de Cristo.
E aqui voltou à minha mente, uma passagem de um padre formador de catequese, que fez palestras aqui em Santa Catarina, para formar os catequistas de dezenas de dioceses e paróquias, que disse algo assim: Hoje não é mais preciso consagrar para deixar no sacrário. Isso era antigamente, quando não havia a medicina avançada de hoje. Então, para o caso de uma Unção dos Enfermos, se precisava ter partículas consagradas. Mas, hoje, com a medicina moderna, pode-se consagrar apenas para a ocasião – e estão sim fazendo isso aqui, em algumas paróquias. E terminou dizendo: de qualquer forma, um freezer é para guardar um boi inteiro, não apenas uns pedaços.
Pasmem, já soube de outros sacerdotes, que estão usando a mesma expressão diabólica. Comparam o Santo Sacrário com um freezer, e o Corpo Santíssimo de Jesus com um boi, não só isso, mas boi morto, quando Jesus, na Eucaristia é vivo e real. Alguém, um dia, irá pagar muito caro por haver inventado esta monstruosa blasfêmia.
E continuando a visão, para meu horror, enquanto mantinha o cálice – ou cochinho – meio inclinado, vi cair no chão três rodelas – que para mim pareciam ser de couro – mas eram como esta bolacha “Maria” de pacote, que a gente compra no mercado. Na realidade, elas tinham sim a aparência, a cor, de couro de boi recém saído do curtume, e eram de diferentes formas e tamanhos. Também tinham desenhos e enfeites, como estes que se pintam nos doces.
Vi que, na realidade, para algumas pessoas aquilo as repugnava. Uns gostavam, e quando caíram aquelas três rodinhas no chão, vi que alguns correram juntar, como se estivessem com fome, e as disputaram entre si. Havia alguns tipos de bocados daqueles, que se pareciam com doces, com orelhinhas viradas e com recheio interno de goma, que pareciam deliciar a certos alguns, que as pegavam avidamente. Mas tudo sem um sentido de respeito profundo, mas de costas, de lado, eu é que ia andando no meio deles, como se fosse um garçom, esperando a boa vontade de clientes chatos.
Na realidade, eu distribuía a ceia para aquelas pessoas que não estavam em cima da caixa de britas, e sim para aquelas das laterais, os turistas, que pareciam ter vindo ali, somente para se alimentarem ou provarem das “iguarias”, digamos, daqueles “canapés”, dos mais diferentes tipos, que eu retirava daquele cochinho. Como disse, uns achavam bom, outros reclamavam da comida e na realidade tinham que reclamar, porque aquele couro que eu tinha na boca, eu não o consegui mastigar, e isso por todo o tempo em que estive a distribuir aquelas diferentes coisas. Nem lembro se o engoli, mas era muito ruim. Quem sabe por ser abominação e não o Corpo de Cristo, minha vontade era cuspir fora.
Quando terminei – a gente tinha que forçar as pessoas pegarem, era estranho aquilo mas era assim, forçado, tinha que ir oferecendo – fui ao “sacrário” da parede ao fundo para guardar o resto que sobrara. Porém, estranhamente, não havia farelos no fundo do tal cochinho, e sim um escuro azeite queimado, com restos de fritura, e havia ainda um pedaço de carne vermelha frita, que sobrou. Na verdade, não me parecia agora, de perto, que fosse um sacrário real, mas sim um de forno, para manter os comestíveis quentes.
Eu não sabia o que fazer com aquele “resto”, e tentei ver se alguém queria, pelo menos aquele ultimo pedaço de carne, mas ninguém o aceitou. Nem eu o quis comer, pois me repugnava, devido a aquele outro que eu mal conseguira engolir. Então fiquei ali, meio abobado, imaginando o que fazer com aquelas coisas e até pensei que se derramasse aquilo na pia era ruim, porque poluiria as águas. Também não havia como diluir o azeite sem detergente, para colocar nas plantas. Que fazer então?
E enquanto assim pensava, observando toda aquela multidão falante e completamente alheada, que rodeava aquele salão enorme, uma voz me disse ao ouvido três palavras em latim: Panem, homines, omnium! Que para mim significou assim: Pão dos homens, para todos os homens! E enquanto esta frase ecoava em minha mente, muitas e muitas vezes, a visão foi se esvaindo, até voltar ao estado de consciência normal.
E em verdade isso tem lógica, por tudo que se sabe, que ainda está por vir. Não será mais o Pão da Vida, o Pão dos Céus, o Corpo de Cristo – porque não houve consagração – mas sim um simples pão dos homens, para alimentar os homens fisicamente. Será uma ceia de confraternização, com diferentes comes e bebes, quem sabe cada um trazendo de casa, um prato feito para repartir entra os convivas.
E se o leitor duvida que isso acontecerá um dia, pode aguardar surpresa. Quando estive em Amsterdã, na Holanda, percebi que ao final as pessoas se reúnem para um café, com bolos e doces, que são trazidos pela comunidade. E havia um brasileiro, que estava lá com certa dificuldade, que não perdia uma só Missa – e Missa boa e santa e verdadeira, com muito ardor e fé, no lado polonês – por causa dos comes e bebes ao final. E assim começa: No fim, que mal trazer esta ceia para o salão principal? Entenderam o sentido?
Acreditem, levei mais de duas horas para voltar a dormir de novo, tanta tristeza me deu ao perceber que, sim, poderemos no futuro viver tais situações. Óbvio que nós – os que sabemos destas coisas – não iremos participar de uma tal abominação, mas alguém o fará, milhões os farão, e com a certeza de estarem agindo corretamente.
E jamais aceitarão que aquilo está tudo errado, que nada tem a ver com o Santo Sacrifício da Missa, antes com a abominação desoladora de que falou o Profeta Daniel. Uns virão realmente para comer, outros virão pelo social. Os famintos de pão ficarão felizes por terem o que colocar na boca. Os chatos de sempre se sentirão bem, por causa do social, do desfile de roupas e modas, das fofocas e futilidades de tais encontros.
Servirá então para todos os que não acreditam mais na presença de Cristo na Santa Eucaristia, e servirá para todo este dilúvio de católicos desavisados, que não mais compreendem a imensa vastidão deste Sacrossanto Mistério. E quem quiser se alimentar – e ai de quem não se alimentar deste Corpo Santo – terá de procurar as novas catacumbas, onde alguns padres santos, escondidos, continuarão a celebrar validamente.
Porque se anuncia uma feroz perseguição aos adoradores da Eucaristia. Na semana que passou, uma senhora me telefonou escandalizada com um debate que teve, na saída da Igreja, onde apontou para as pessoas os erros cometidos pelo bispo durante aquela celebração, erros que contradizem aos últimos documentos do Santo Padre. Então, um “seminarista”, todo ufano e “repleto de sabedoria” interveio e lascou esta: por acaso você sabe que é uma canibal? Que é isso, menino, retrucou, ela! Sim – disse o jovem – todo mundo que come hóstia é canibal! O leitor, que ama a Eucaristia, escutou? Canibal!
Se agora, ainda, alguém me perguntar o que se ensina em alguns seminários deste país, eu perguntarei, se acaso, este seminário tem por reitor um demônio, ou por mestres os corruptores do inferno? Esta situação aconteceu no mesmo local onde ao final da Missa a ministra convidou o pessoal para ir ao terreiro do saravá, para prestar uma homenagem à consciência negra. Também ali, ecumenicamente, ensinam a abraçar o diabo, em nome da grande e falsa igreja da Nova Era, na realidade o sepulcro de satanás.
E se ensinam isso nos seminários, e se estes seminaristas são formados por padres que de forma blasfema, comparam o Sacrário com um freezer de guardar corpos mortos, e se de forma ainda mais blasfema, comparam o Corpo Santíssimo de Cristo com um boi morto, então não falta mais nada. Aí, não acharia que estava louca a mãe que, tendo enviado seu filho ao seminário, aos 19 anos – um jovem que rezava o rosário de joelhos todos os dias – recebeu de volta quatro anos depois – segundo ela – um demônio, cuja primeira tarefa do dia, era cuspir no Crucifixo. Ela deu este depoimento em um curso da Renovação Carismática, onde era palestrante. Este jovem passou dos anos nos EUA.
O grande problema então, está nas escolas de formação. Muitos padres jovens, saem dos seminários com a cabeça completamente confusa. Porque, ardilosamente, satanás conseguiu colocar nas casas de formação, formadores hereges, dignos do trono de Lúcifer, jamais de uma cadeira de ensino religioso católico, gente que, ao invés de ensinar a boa Doutrina do Catecismo da Igreja, ensina pela cartilha de Belzebu.
Como já disse em outros textos, eu não me conformo que os formadores de padres, nos tais cursos de teologia, ao invés de ensinarem os futuros padres a amar a Deus sobre todas as coisas, os ensinam e voltam a ensinar as heresias, novas e antigas. Eles fazem ressuscitar as elucubrações dos hereges, já sepultados pelo urro do inferno – coisas que a Santa Igreja Católica já condenou e fez sepultar com pá de esterco – e mandam que eles estudem de novo as blasfêmias, que o diabo ensinava antigamente para destruir a Igreja.
Então, ao invés de nunca mais sequer falarem, nem naqueles hereges nem em seus erros, voltam a trazer a tona seus vômitos, para confundir a cabeça dos pobres e futuros padres. E ao trazerem de volta tais antigos vômitos de satã, acabam alimentando novas e seguidas heresias, que turbilhonam sempre mais a cabeça dos novos padres. Com tais atos, destroem a doutrina do purgatório e do inferno, derrubam os dogmas mais sagrados da nossa fé, e mudam passagens das Escrituras, explicando-as pela língua dos hereges.
E ninguém mais toma medida para corrigir isso na raiz, na verdadeira raiz que é a primeira Catequese, a da Eucaristia. Sim, desde o berço, pelos pais que nada mais conhecem sobre as verdades da nossa fé, nem sobre os 10 mandamentos da Lei de Deus e os 05 da santa da Igreja, nem sobre 07 os Sacramentos, nem sobre as 07 Virtudes que devem ser cultivadas desde a mais tenra infância, e também sobre os 07 vícios capitais e pecados graves, que devem ser combatidos com toda tenacidade. Aí começa a raiz primária, a geratriz de todos os males da Santa Igreja, já não tão santa.
Seguindo, na catequese para a primeira Eucaristia, já não mais aos seis anos quando a criança ainda pertence a Deus de corpo e alma, mas sim cada vez mais tarde para que sua alminha já seja uma pequena lixeira de torpezas, a criança cai nas mãos de algumas catequistas, que embora desprendidas e esforçadas, na realidade sabem menos da Cruz que o diabo. E este engana a todos, fazendo-os crer que não existe nem Cruz nem pecado.
Na verdade, mesmo, são poucas as paróquias e capelas, que ainda têm as antigas e boas catequistas, aquelas do antigo Meu Pequeno Catecismo, que ensinavam Jesus, não ecologia. Que ensinavam Maria e não moral e cívica. Que ensinavam Eucaristia, e não cesta básica e fome zero. Que ensinam a ganhar o Céu não o mundo, e ensinam que quem ganhar apenas este mundo, pode ganhar de quebra o inferno.
Que chegam nos seminários, senão uma maioria de pequenas lixeiras? Jovens que não sabem, nem querem mais saber de rezar. Jovens que foram sempre mal ensinados desde pequenos e que não aprenderam sequer a mais singela das lições, o amar a Deus sobre tudo e sobre todas as coisas, como amarão eles a Sagrada Eucaristia, se para muitos deles, a Santa Missa é um suplício tremendo? Esbaldam-se então, junto com seus maus formadores, e fazem coro com eles, e gritam seu canto de morte a Jesus Eucarístico. E se caem os sacrários em seus corações, como não os derrubarão nas igrejas e capelas?
Aprendem ali – nos maus seminários – todas as heresias, todas as teologias mundanas, menos o sagrado princípio da amar a Deus e conduzir almas a Ele. Aprendem todas as formas de seguir ao mundo, menos as santas normas da obediência ao Santo Padre, e a seguir com fidelidade aos documentos da Igreja. Aprendem todas as catequeses dos antigos hereges, menos a seguir com fidelidade ao Catecismo da nossa sã Doutrina. Aprendem todas formas de ganhar o mundo, menos os caminhos que levam ao Eterno.
Enfim, por uma via satânica de falso ecumenismo, não têm pejo em se banquetear com espíritas e macumbeiros, também com outras religiões – acaso não conhecem as Escrituras quando afirmam que os deuses de outras religiões são demônios? Claro, não isso não aprendem! – como se houvesse espaço nas almas para acolher a Deus e ao diabo ao mesmo tempo. Das almas haverá um só senhor e a briga é por elas. Quando o banquete mundano desta ceia maldita enche apenas estômagos, mantém as almas vazias de Deus e prepara os corações para o futuro trono de Lúcifer. É isso que se aprende, ou se deixa de aprender em muitos seminários de hoje. Mas qual o bispo que toma atenção quanto a isso, e realmente emplaca um Reitor santo nestas casas de formação?
Enquanto isso, os sacerdotes, que deveriam estar eles à frente de toda a catequese, como prioridade absoluta, quem sabe como função única de seu ministério santo, acabam embarafustados em mil pastorais vãs, que não servem para outra coisa, que não seja tumultuar a vida da Igreja e prejudicar o essencial. Também são envolvidos em questões de finanças, com burocracia e com papéis, coisas que deveriam ser exclusivas de leigos. Então não sobra tempo para gravitar em torno do Sacrário, diante do Santíssimo – como O amarão? – campo imantado, do qual devem receber e beber com avidez todo o influxo da Divina Graça, envolvendo-se com cestas básicas nas periferias. Também não sobra mais tempo para o confessionário, justo o local onde santificam outros, e se fazem santos.
Enquanto isso as almas que Deus lhes confiou gritam com fome de espírito, e quantas assim morrem, famélicas e ressequidas, pois suas paróquias se tornaram em desertos escaldantes, do qual se retirou toda a água da Vida, do qual se expulsou o Pão da Vida Eterna. Aí, não será por coincidência que no lugar do Sacrário – como na visão acima – se coloque, este bem no centro da capela, um grande forno para manter iguarias quentes, porque lhes interessa apenas a ceia de convivas terrenos, jamais o banquete Eterno. O pão dos homens, para a morte em vida. Não mais o Pão dos Céus, para a Vida em Deus.
Há sim, um tenebroso objetivo em movimento, e dele se anunciam já os primeiros e satânicos vestígios. Quando os sacrários são retirados do centro das igrejas, e postos nos lados, nos fundos, nos cantos escondidos, e cada vez mais escondidos e nos cantos, já se prepara um lugar para o grande forno de manutenção de comes e bebes. Um freezer então, para a bebida gelada, quem sabe o vinho da farra, complementará a ceia maldita. E se confraternizarão ali, entre gritinhos e chiliques, tais infelizes convivas do banquete infernal. E Daniel verá cumprido seu veredicto de 2500 anos: abominação da desolação!
De fato, quando das Igrejas se retiram os genuflexórios e se proíbe ajoelhar-se diante do Rei do Universo ali presente, e Vivo, e Real, abre-se nos corações um rasgo em largo talho, para dar caminho de entrada ao anjo negro. Quando se coloca brita grossa neste espaço, para evitar com fúria, que alguém se curve diante do Deus Altíssimo, preservam-se joelhos para o dia da Justiça, que vem a passos rápidos.
E enquanto este espaço de brita se reserva para os últimos convivas, nas laterais de turistas, já dançam os demônios, e no palco, sem altar, a morte ronda, e na falsa missa sem consagração, ergue-se altíssono e ufano o grito de satã: morte a Deus! Fim da Eucaristia! Ó sim, prepara-se uma ceia infernal para substituir o Santo Sacrifício da Cruz, da Nova e da Eterna Aliança de Deus com os homens. Ai dos homens quando quebrarem esta aliança, ai dos que levaram a Igreja a este estado de coisas. Consultem os profetas antigos sobre o que acontecerá com os violadores da aliança.
Porque Daniel o previu que, num dia mui longínquo – hoje, passados 2.500 anos – viria um devastador. E tropas sob sua ordem virão profanar o santuário, a fortaleza; farão cessar o holocausto perpétuo e instalarão a abominação do devastador. Submeterá com suas lisonjas aos violadores da aliança, mas a multidão dos que conhecem a seu Deus se manterá firme e resistirá (11, 31-32). Eis aqui um apelo à constância dos santos que ainda seguem a Deus. Virá sim um devastador – já veio – que violará a eterna aliança – já está violando – porque com frases e palavras cheias de engano, ludibriou – já enganou redondamente – a padres e leigos, filósofos e doutores, mas eles não vencerão porque um povo fiel e atento, se manterá firme e resistirá.
A Santa Missa é este Holocausto Perpétuo, que se renova do nascer ao por do sol, nos diferentes fusos horários da terra, e que é celebrada milhares de vezes ao dia. Quando isso deixar de acontecer, quando este pacto, esta aliança com Deus for quebrada pelo homem, então se rasgará o tênue véu que hoje proíbe aos demônios de adentrarem em massa na terra. Eles já pairam sobre nossas cabeças, já perto, e já vem. A Missa os detém – por hora – mas este escudo invisível cessará, quando cessar a celebração do Sacrifício da Aliança. Já ouço o ruído sibilante, deste véu que se rompe, de alto baixo...
E ouço, também, o grito dos convivas, em sua orgia, em sua ceia maldita. Um súbito gargalhar de mil demônios os fará perceber a imensidão do desatino, já tarde para tantos, já noite para alguns, já eternidade de suplicio para os que inventaram esta malsinada ceia. Porque então a graça cessará, e virá, enfim, o grande Dia do Senhor. Dia de trevas e de nuvens espessas, para exterminar os pecadores da terra, e os violadores da aliança. Rezemos pelos padres, pelos seminaristas, pelos bispos. Eles precisarão muito! Nós também!
Aarão
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